Coluna do Corvo
A idade pesa
Quando Joe Biden se lançou candidato, para derrotar Donald Trump, diziam que estava abaixo do peso e acima da idade. Isso é um problemão, a saúde, os efeitos causados pelo exercício do cargo, além dos problemas familiares que não são poucos. A vice Kamala Harris era muito cotada para a disputa depois de quatro anos, mas acabou ficando quietinha na convenção partidária. Agora, para o deleite dos Republicanos, Biden se arrasta nos debates, divaga, esquece, mostra total falta de força para encarar mais um mandato de xerife do mundo. É o cargo mais importante exercido por um humano, afinal. Olha a responsabilidade!
Influi?
Sim, dependendo, o presidente norte-americano tudo muda no planeta e se for o Trump, por exemplo, haverá impactos econômicos para os emergentes, porque é um político muito protecionista. “America First” é e continua sendo o seu lema. Quem substituirá Biden é a incógnita dos Democratas. Dizem que Michelle Obama é quem corre por fora e com grandes chances de sacramentar o placar.
E no Brasil?
Francamente, Lula está bem melhor que o Biden (81 anos) e pode até pensar em concorrer de novo. Aos 78, ainda dá para arriscar. O problema é a leva de oponentes, bem mais novos e com o vigor político euforicamente dividido por extremos. Há muitos esforços para o renascimento de uma nova configuração ideológica, e, segundo a opinião de estudiosos, seria a melhor maneira de descadeirar a direita. Quem será?
No Paraná
O projeto de 2026 passa antes pela escolha de prefeitos e vereadores. Ao que parece o governador Ratinho não encontrará dificuldades para se eleger senador, mas ao que parece, ele pode alçar um voo mais arriscado, de concorrer à presidência ou no mínimo sair vice, o que seria um trampolim eficiente. E qual o nome do sucessor? Há muitas apostas em Ricardo Barros e, Sérgio Moro. Claro, outros nomes surgirão.
Em Foz
Parece que a política local entrou numa espécie de vácuo, pelo menos até o próximo dia 06, prazo final de desincompatibilização. Alguns nomes estão em dúvida se deixam os cargos ou desistem de candidatura. Isso por si, dependendo a bolsa de decisões, poderá arejar um pouco mais o ambiente e facilitar a negociação de uns e outros. A briga maior é pela vice.
O vácuo
Todos os pré-candidatos estão fervendo os miolos em busca de uma fórmula perfeita de composição, mas isso não é tarefa fácil. É o período das “grandes conversas”, de olhos nos olhos e muita gente prefere adiar ao máximo esse tipo de coisa. É bom irem preparando o espírito, porque isso será inevitável. Nem todos os acordos estarão ao gosto dos fregueses. Em outras palavras, vários políticos terão que se aliar à contragosto, não haverá saídas.
Novo panorama
Um político experiente e que conhece muito bem o ambiente, disse que aposta em três candidaturas. Ele pediu para não ter o nome revelado, porque ainda participa das articulações. Diz que o espírito de disputa está empacando nos custos de campanha, em nada baratos. Há falta de ânimo dos “investidores”, uma vez que o ambiente está ainda nebuloso.
Laranjas
Outro ponto interessante é a dificuldade que os “laranjas” estão encontrando para lançar candidaturas e depois, se beneficiarem com cargos e indicações. Isso seria uma roleta russa considerando os cálculos de um virtual segundo turno. O fenômeno, segundo uma informação, é que essas podem surgem com tom de ameaça, do tipo: “se você não me garantir isso, eu lanço candidatura e esculhambo o jogo”. Pensa? Se bem que dependendo o político isso não causará absolutamente nada. Mas dá para medir a ousadia.
Mesários
Para muita gente o dia de eleições é um feriado comum. É votar e acender a churrasqueira. Logo, é uma dificuldade escalar mesários e pessoas com a responsabilidade de encarar os recintos de votação. Mas no fim há os devotados à causa democrática e até acaba sobrando gente, confidenciou um cartorário. A Justiça Eleitoral precisa se antecipar, afinal. O civismo fala mais alto que os benefícios, garantem.
Falar em placar…
O futebol brasileiro não é mais aquelas coisas, definitivamente. Dois empates em fase inicial e com seleções sem o mesmo peso e tradição é demonstração de decadência. O técnico Dorival Júnior já queimou metade da vela só nesta primeira fase da Copa América. Sábado a seleção canarinho, encara o Uruguai, uma das equipes mais cotadas para o título. Bom, até a audiência nas transmissões não é mais rentável, se comparada a outros tempos.
Mano
A torcida tricolor (Fluminense) festeja a contratação do técnico Mano Menezes, mas isso pode ser por pouco tempo. Dizem que é o nome mais cotado para a substituição do Dorival, em caso de fiasco na Copa América. A CBF quer prestigiar um treinador brasileiro, mas se não for possível, há dois espanhóis e um argentino na lista. Pensa? O escrete brasileiro regido por um argentino?
Olimpíadas
Os Jogos Olímpicos de Paris estão em contagem regressiva. Tudo leva a crer que haverá mais protestos que competições. Os franceses querem aproveitar o momento para revelar a insatisfação ao mundo. Que barbaridade. Mas vamos combinar: de um lado superatletas, exemplares perfeitos da raça humana e de outro, problemas com a fome, pobreza, doenças, imigração, guerras imbecis, falta de teto e ainda uma outra ponta sinistra, a obesidade! Esse mundão véio anda bem perdido. Em todos os casos vamos manter o otimismo!
Revitalização
A Avenida Tancredo Neves é uma BR, precisa de revitalização total, como já foi anunciado em várias oportunidades. O trecho pertence ao chamado “eixo turístico” e precisa estar sempre em dia, sobretudo quando Itaipu comemora êxito na visitação. Sempre lembrando, Foz possui duas BRs que iniciam e terminam no perímetro urbano. Elas estão em lados opostos, a BR 469, que vai do trevo do Carimã até as Cataratas do Iguaçu e a BR 600, do viaduto da BR 277 até Itaipu. E, a cidade, ainda é cortada ao meio pela principal estrada paranaense. Foz é uma ilha, cercada e fatiada por rodovias federais. O que faltava é colocarem pedágio, imagina?
Tá difícil
Impressionante o governo do Município sempre anunciar obras de pavimentação por todos os lados e o asfalto continuar esburacado. É um horror passar em várias avenidas; os mecânicos agradecem. Tomara a tal Perimetral resolva mesmo o problema, mas há quem garanta que o problema não é o tráfego pesado e sim a qualidade dos remendos e recapeamento. No mais o que se vê pelas ruas é restos de pneus e peças dos veículos paraguaios que vão ficando pelo caminho.
Falar em Turismo…
Um espetáculo a visitação semestral nas Cataratas do Iguaçu. Mais de 850 mil visitantes estiveram por lá desde o início de 2024. Essa quantidade de turistas foi o máximo atingido durante décadas. Os números devem dobrar até o final do ano e olhado para os feriados, é bem possível atingir a marca dos 2 milhões. Com o dólar valorizado, aumentam as chances de visitas de estrangeiros.
O fantasma da Dengue
O caso é que ele deveria apavorar mais as pessoas, pois a maioria ainda não dá bola para a endemia, o que se consuma em uma tragédia. Teremos uma breve estiagem e é aí que mora o perigo, pois falta de chuva não alivia a situação, o mosquito só se esconde do frio e depois, volta com tudo, com o bico afiado! Com a Dengue não se pode relaxar. O ideal seria aproveitar as temperaturas mais baixas e fazer uma varredura completa nos imóveis e partir para a erradicação desse bicho maledeto.
Fogo no mato
Eita que o povo não aprende mesmo! Algo que afeta muita gente em época de frio é problema respiratório. O ar fica seco e, para variar, as pessoas limpam os lotes e tacam fogo nas folhas e galhos secos. Essa prática, considerada cultural, é na verdade criminosa, manda um monte de idosos e crianças, principalmente, para a fila da nebulização nos postos de Saúde. No mais, é normal o fogaréu se espalhar e colocar residências em risco.