Coluna do Corvo
Cartinhas & mensagens
Como o leitor é o dono do espaço nada mais justo que ocupá-lo, em partes, por meio de mensagens e cartas dirigidas ao colunista. Com as devidas respostas. Vamos começar pela Victoria M. S. Gonzales: prezado, fiquei muito triste com a notícia e ao mesmo tempo preocupada com a saúde do professor Afonso e, sabendo da sua recuperação, desejo enviar os meus votos de esperança e fé. Mas olha, toda pessoa tem na memória a professorinha, lá dos tempos de antigamente. Eu guardo as lembranças do bom professor, gentil até quando dava uns puxões de orelha na turma. Posso garantir que a ele foi uma inspiração de sabedoria e ensinamentos até eu despedir da vida acadêmica. Hoje nem vivo mais em Foz, também ensino em universidade, mas acompanho as notícias pelos amigos que conservo desde os bancos escolares.
Afonso
Precisamos cuidar muito com o que escrevemos porque o professor emociona e no atual estágio, isso pode não ser muito bom. Todavia a medicina diz que emoção positiva ajuda a curar. Mas ele está escalando os degraus da recuperação e aos poucos vai dando os sinais do seu bom humor e se espalhando até mais do que os médicos querem. Se não cuidarem vai escapulir do hospital, correndo para casa, ao lado dos livros, jornais, televisão e computador, onde se atualiza o tempo todo. Está sendo muito bem cuidado pelos profissionais do HMCC, como a foto que pediu para fazer ontem, ao lado do cardiologista Rodrigo Souto, que foi aluno no Colégio Anglo Americano, em Foz. Rodrigo não está atendendo Afonso, “foi visitar e fazer carinho ao mestre”, revelou a esposa, dona Carminha. José Afonso de Oliveira é, antes de tudo, um brigador, antes de tudo e, não vai deixar barato para o susto. #fica bom Afonso!
Corvo 1
Moro free
As voltas que o mundo dá: o Ministério Público Eleitoral opinou contra a cassação do senador Sérgio Moro no TSE. O Vice-Procurador-Geral Eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, rejeitou os recursos do PL e do PT. Para ele, simplesmente, Moro não cometeu abuso de poder econômico, de caixa 2 ou no uso indevido dos meios de comunicação. Durmam com esse pesadelo, os que já estavam fazendo campanha para ocupar a vaga do ex-juiz. Bem feito! Contaram com o ovo na galinha.
A carruagem passa…
O julgamento do ex-juiz ainda não tem data, mas a cada dia o caldo vai sendo temperado em acordo com o seu paladar. O recurso, em verdade, foi motivado após a absolvição de Moro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, com arrasador placar de 5 a 2, no início do mês passado. Barbosa registrou argumentos muito convincentes ao processo. Para ele, a pré-campanha de Moro registrou gastos de R$ 424.778,01, um valor que é abaixo de 10% do limite estabelecido para a campanha ao Senado no Paraná. Ele também abordou a total falta de evidências de desvio ou simulação na campanha. A não violação do teto de gastos é um remédio poderoso frente aos ministros que julgarão o imbróglio.
Paulo publicou sim
Prezado colunista, você abordou na coluna que o ex-prefeito Paulo Mac Donald poderia não saber das publicações de sua certidão negativa nas redes sociais e que isso poderia ser obra de fãs e assessores desavisados. Pois antes de tudo, preciso enaltecer que sou eleitora do Paulo e que ele também publicou em suas redes, logo, não é assim um inocente. Assumiu. Também não concordo, mas é um direito que lhe assiste, para minimizar o dano causado pelos algozes, que vivem de tentar a todo o custo insistir que é culpado e que não poderá participar das eleições. Ele se defende com as armas que possui.
Helena V. B. Gonzaga
E publicou mesmo
Diante da manifestação da leitora e com as evidências por ela enviadas, a conclusão é que há sim uma certidão nas redes sociais do Paulo. No fim é bem isso mesmo, ele precisa brigar para se manter no jogo. O que este colunista escreveu, é que ficará um pouco complicado explicar a situação, caso apareça uma certidão positiva, com dada posterior. Mas entre umas e outras, isso tudo faz parte do jogo da política. Infelizmente essa “anulação” ou “cancelamento” de candidatos não faz bem ao processo de escolha. As pessoas precisam pensar bastante antes de formarem opinião.
Difícil aguentar
Um leitor e, filiado ao PT, entrou em contato com a coluna para dizer que não aguenta mais escutar os áudios do Dilto Vitorassi no grupo do partido. Aparentemente, nem os apoiadores do ex-vereador, ex-vice-prefeito, ex-deputado, estão contentes com o comportamento dele. Segundo a fonte, foram 134 áudios no final de semana que, somados, passam de 300 minutos. O leitor que pediu para não ter o nome revelado diz que é até amigo do político e chegou a enviar um “print” da situação no grupo petista.
Conteúdos
Nos áudios, há xingamentos, análises de conjuntura, saudosismos, ataques ao atual prefeito e até mesmo contra petistas próximos, além de opiniões “fortes” sobre a atual gestão de Itaipu e do PTI. Que barbaridade! Às vezes a pessoa vai falando, desabafando, e acaba saindo do corpo. Mas quem conhece o Dilto sabe que ele é assim mesmo e nem liga. Precisa cuidar para essas coisas não serem, usadas contra ele no futuro.
Não é daqui
Então caro colunista, deixa eu explanar a minha opinião sem que isso prejudique alguém ou cause raiva. Que política é essa de Foz, que precisa aparecer alguém de fora para melhorar o ambiente? Refiro-me ao General Silva e Luna e sem fazer torcida para ele. No dia que demonstrei a minha simpatia, bebericando a minha cervejinha no boteco, alguém saiu da mesa ao lado e veio dizer que “o homem só viveu dois anos na cidade”; “agora está dando uma de paraquedista”, “se alguém perguntar por ele no Porto Meira ninguém conhece”, além de outros absurdos a mim dirigidos e por uma pessoa que sequer conheço e nunca fui apresentado. Pensa nisso? Então, esse é o tipo de oposição que o General enfrentará em sua campanha. Além disso, ninguém vai dizer que “se ganhar não vai assumir”, ou apontará “erros do passado e problemas judiciais” e tudo o mais que faz parte da guerra eleitoral de foice no escuro. Penso que alguém como Silva e Luna está emprestando, doando a experiência à Foz, o que é algo que deveríamos nos orgulhar. Dá no mesmo alguém como o Paulo, um homem milionário, rico e que nem precisa da política, no entanto está sempre aí, tentando melhorar as coisas.
Raimundo R. S. Salles
O General e a cidade
Política tem dessas coisas. Vamos aqui fazer uma rápida análise sobre Silva e Luna. Ele veio para Foz para dirigir Itaipu Binacional e na curta estada, se comparado aos outros DGBs, deixou um legado enorme, fazendo de muitos sonhos comunitários uma realidade. Poderia muito bem dizer que cumpriria a missão da usina, no setor elétrico e nada mais. No entanto, olhou para as necessidades da cidade e se apaixonou por ela. É em geral o que acontece aos que bebem a água do Rio Boicy.
Outra missão
Se o General Silva e Luna permanecesse mais dois anos em Foz, como outros antecessores, teria realizado muito mais e certamente obras como a “transoceânica” estariam até em andamento. Mas ele atendeu ao chamado e foi dirigir a maior empresa brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo. Mesmo assim, resolveu voltar e, entendeu que poderia contribuir e o meu político é um caminho. Faz a mesma coisa que os adversários. Deveria saber que enfrentaria esses obstáculos.
Apenas remendando
Silva e Luna não é um paraquedista e sim um “Guerreiro de Selva”, assumiu os postos mais altos do Exército Brasileiro, uma força de quase 300 mil soldados; outros 45 mil servidores estiveram sob o seu comando na Petrobrás, logo, é um comandante organizado, responsável e que merece respeito. E pensar que um homem assim enfrenta a fila para comprar o franguinho assado no Porto Meira, nas manhãs de domingo. Puxa vida! O mínimo que os iguaçuenses devem fazer é receber bem os novos cidadãos e jamais subestimar as suas capacidades. Silva e Luna tem uma proposta nova, de enfrentar as eleições para assumir um cargo de CEO, na versão de prefeito. Isso é no mínimo elogiável, independentemente do bairrismo que nunca se manifesta quando é preciso.
Independência
Esta coluna não faz torcida para nenhum pré-candidato. No ponto de vista geral, todos são parelhos perante as leis e quem decidirá é o eleitor. O que que não se pode fazer é desqualificar alguém em favor de outro, o que seria um crime em período eleitoral. Tosos os candidatos possuem virtudes e defeitos, inclusive o General e ele não esconde isso. O que vai acontecer é que a cidade terá a oportunidade de analisar o perfil adequado para administrá-la nos próximos anos e fim de papo. Isso é a democracia!
Que mundão é esse?
Pois então, a gente escuta a canção do Louis Armstrong e acredita que tudo é assim, “What a Wonderful World”, que mundo maravilhoso! Mas olhando um telejornal começamos a pensar que bom seria, se dependesse da música. Aparecem as imagens e as histórias de famílias no Rio Grande do Sul, os acontecimentos na Faixa de Gaza, os bombardeios na Ucrânia, desastres em outros lugares, meu Deus! Que caminho hein?
Luiz Carlos B. Ribeiro
O melhor
A humanidade, apesar de predadora e destrutiva, ainda consegue manter a esperança e a fé. As canções nos dizem isso o tempo todo. O que precisamos é aprender a letalidade de nossas ações e de vez, diminuir a interferência. Ainda há tempo. Vamos encerrar a coluna de hoje com essa proposta de elevar o pensamento e acreditar que no fim, apesar da tristeza, tudo tem jeito. Como diz um amigo, há saída para tudo na vida.