Coluna do Corvo

Novembro

Eis que chegamos ao penúltimo mês do ano, quando muitas casas já estão piscando coloridas para o Natal e celebrar a entrada do ano novo. “Nossa, esperava viver no máximo até o ano 2000 e já estamos praticamente em 2025, estou fazendo hora extra”, disse o “quase” centenário Olav Frierdrich Henzel, se exercitando ao ar livre, na manhã do sábado. Está com a saúde em dia, mais até que muita gente com a metade da idade e que corre o risco de não ver o Papai Noel, que barbaridade!

 

E se for o Trump?

Se o galego vencer nos E.U.A, “temo lascado”, diz o Zé da Gaita, considerando que o norte-americano não é lá muito chegado em governos latinos. Se amigo do Bolsonaro, sobretaxou os produtos brasileiros e não deu folga, o que será com o Lula? Mas como é imprevisível, nem cartomante ousa dar palpite. O fato é que o Brasil é um país muito importante na produção das matérias primas mais necessárias aos moradores de lá: proteína animal, cereais, café, e claro, celulose, aeronaves, óleos, etc. É uma balança comercial robusta e boa para os dois países. Se o Trump vencer a eleição não olhará muito para a ideologia presidencial.

 

Outra coisa

Os norte-americanos são bastante diferentes dos brasileiros no campo das relações com parceiros. Em geral, os embaixadores são escolhidos lá, mais pela capacidade de fazer negócios comerciais do que pela diplomacia em si. São hábeis vendedores e compradores. Dizem que em certos aspectos, o Brasil sempre se relaciona bem com Republicanos e Democratas. É possível que hoje tenhamos uma ideia um pouco mais clara do resultado, se dará Trump ou Kamala. O resultado final do pleito levará dias. Segundo as pesquisas está mais para o Republicano.

 

E como será?

Se der a Kamala o mundo corre o risco de permanecer como está; se for o Trump haverá mudanças e ajustes muito rápidos. É por isso que a eleição nos E.U.A sacode o Planeta. Os belicistas acreditam que Trump beneficiará a Rússia na guerra contra a Ucrânia e Israel em seus confrontos. Mas é preciso abrir os olhos e colocar os pés no chão: com Donald Trump no governo, não houve tantas encrencas no mundo. Ele pelo menos impediu vários conflitos, mesmo falando alto frases como “América em primeiro lugar!”.

 

O mundo da direita

Quem analisa a política mundial até estranha o comportamento de alguns líderes de direita. Em suas plataformas eleitorais falavam de um jeito, mas agora governam de outro. Na Itália, como exemplo, Giorgia Meloni é criticada por se comportar tanto ao “centro”, que chega a pender para a esquerda. Uma coisa é a teoria, outra é a prática.

 

O que assusta?

O mundo terá pela frente outra plataforma de ações a começar pela agenda climática, o que será da Venezuela, e pessoas como Elon Musk, sempre articulando de um jeito esquisito; é uma figura muito ligada ao Trump e que de um jeito ou de outro, acaba influenciando outros países. Mas olhando bem, o governo Biden também não avançou como esperavam nas encrencas climáticas, porque como presidente, precisa pensar com a cabeça da população. O único que soube elevar o tom em favor da natureza foi Barack Obama e Kamala faz bem o estilo, o caso é ela chegar lá, algo que as pessoas começaram a duvidar na reta final eleitoral.

 

O mundo iguaçuense

É isso mesmo, às vezes nos distanciamos do que acontece lá fora e ficamos cultivando as nossas cenouras. Se fossemos uma sociedade de coelhos poderia resultar, o caso é que não somos. Faz uns dias, parece que bateu um vento de ficha caída depois de um mês das eleições. Finalmente o ambiente começou a se ajustar para os vencidos e vencedores. O chororô parece que aumentou. Se houvesse um muro das lamentações em Foz haveria uma porção de pessoas esfregando a cabeça.

 

Rejeitados

O “sonrisal” está dissolvendo no alivio das dores eleitorais e com a atual Legislatura chegando ao fim, muita gente anda pensando nos estragos da rejeição atribuída ao Chico Brasileiro a começar pelo seu “esquadrão”. Pessoas associadas ao prefeito foram vítimas, a começar pelo Ney Patrício, seu fiel escudeiro, secretário da Fazenda e vereador mais próximo ao por muitos anos; sendo indicado como possível sucessor. Não ficou na suplência sequer.

 

Kalito e Alex

Eles também pagaram o pato. Obtiveram votações muito ruins e perderam as vagas supostamente por essa associação ao Chico. Mesmo o Kalito mudando de partido e, se aproximando de pessoas distantes do governo, não conseguiu desgrudar a imagem. Alex Mayer, abandonou a canoa governista faz tempo e as marcas ficaram. É para ver como o eleitor é imperdoável. Bom, os dois foram líderes do Governo e coisa e tal e acabaram ladeira abaixo.

 

Sobrou até para a cachorrada

E a protetora Carol? Chega a doer o fato de lembrar que foi a vereadora mais votada em 2020, e não obteve nem a metades do resultado em 2024. Há quem garanta que isso, em partes, é culpa da vinculação com do Governo por conta do comando da Diretoria da Causa Animal. Se bem que a divisão dos votos na briga pela causa animal acabou causando o desastre. O segmento ficou sem representante.

 

Sofrimento

A ressaca eleitoral vai pesar mesmo na virada de ano, será festa para uns e tristeza para outros no mundo da política, a começar por quem abandona o gabinete, seja no Legislativo ou Executivo. Há servidor comprando cofrinho para guardar os vencimentos de final de ano, porque sabe que passará apuros caso não encontre emprego ou um jeito de se pendurar na teta pública.

 

E o General?

Ele trabalha nomes para compor as secretarias, autarquias e fundações. Dizem que escolhe com base em uma porção de critérios. Aqui entre nós, um critério apenas bastaria para ele riscar o nome de muita gente que assedia cargos. Parece que assim será. Já que é para carpir o lote, o bom mesmo é arrancar o mato nas raízes, porque erva daninha cresce rápido.

 

Como eu chamo?

Um comerciante amigo, pessoa generosa e humilde, disse que queria muito cumprimentar o vencedor da Eleição em Foz e por isso, ligou para este colunista para saber como se reportar ao prefeito-eleito. Ele já fez isso em outras ocasiões, diga-se, é um contribuinte sério e sempre torce pela cidade. “Ele será o General Prefeito, ou o Prefeito General?”, quis saber. Respondendo, o prefeito será o General Joaquim Silva e Luna, como outros foram engenheiros, advogados, odontólogos e afins.

 

Duas frentes

Um prefeito eleito enfrenta três situações no período antes de assumir, os pitacos, gente pedindo uma tetinha pública e reclamações. Pitacos e reclamações o Silva e Luna aceita “de boa”, como diz a piazada, logo, o Corvo publica as cartinhas dos comerciantes e moradores de diversos bairros. A esperança é que a atual gestão também ajude essa gente, porque no movimento das compras de final de ano não pode ser prejudicado.

 

Lagoa no Porto Meira

Um comércio muito bem frequentado na Avenida Morenitas sofre com a lagoa que se forma na calçada. Basta chover uns minutos que a loja de doces e embalagens fica ilhada. Nem o João do Pulo conseguiria saltar o riacho pluvial. Até mesmo quem utiliza o ponto de ônibus ao lado sofre com a situação. Vai lá Chico, ajuda o comerciante que mantém o seu negócio bem em frente ao Colégio Estadual Juscelino Kubitscheck de Oliveira.

 

Providências

A cidade conta ainda com os serviços públicos nos quase 60 dias até a mudança de governo. Chico disse que sairá pela porta da frente e, prepara um balanço de seu governo. Aliás, ao que parece, estão realizando um trabalho de sete anos e meio, descontando os meses em que a Inês da Saúde tapou o buraco e também ficou de fora da Câmara. Ela fez um pouco mais de mil votos, 1.043, com exatidão. Atender a população e mandar ver nas obras em andamento é encerrar com a chave certa. Uma grande terça-feira a todos!

 

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