Coluna do Corvo

Como será?

É a pergunta feita pela maioria quando o assunto é a expectativa de governo do General Silva e Luna. E é de certa forma normal perguntarem, porque Foz experimentará uma mudança de ares, possivelmente a maior em toda a sua história. O perfil do prefeito eleito não é o da acomodação, por meio de um longo suspiro aliviado da vitória nas urnas, que levaria quatro ou cinco meses dependendo o político, ou de alguém que ficará meses matutando antes de fazer. Silva e Luna é rápido, “chega chegando”, quer realizar as mudanças e, neste exato momento, vive algo também novo em sua vida, a função eletiva, diferente de tudo com o que lidou em sua excepcional carreira.

 

Como é isso?

É necessário entrar no túnel do tempo e, explicar os moldes desta reflexão. Quando o ex-presidente Bolsonaro venceu a eleição, em 2018, a primeira coisa que cutucou os iguaçuenses foi quem assumiria Itaipu. Este colunista conversou com o Bolsonaro e ele disse que Itaipu era uma das maiores obras dos governos militares e por isso, iria honrá-los com alguém das Forças Armadas, mas com conhecimento no setor energético. Não disse o nome, mas a dica foi eficiente para iniciar uma pesquisa. E como fazer uma pesquisa assim? Foi conversando com os militares, entre eles, oficiais da área tecnológica. Coincidentemente ou não, para a pergunta: “quem nas Forças Armadas ou na reserva, possuiria condições de assumir a Binacional?”. Dos cinco entrevistados, entre generais, almirantes e brigadeiros, quatro disseram: “Acho que o Silva e Luna é a pessoa certa”.

 

Dona Patrícia

Bem antes da posse de Bolsonaro, conversando informalmente com a jornalista Patrícia Iunovich, este colunista se antecipou, informando o resultado da pesquisa. Ela, discreta, nada disse e nos cumprimentos de festas de final de ano (2018), fez um pequeno comentário: “acho que você descobriu quem é o cara”. E “batata”, Silva e Luna ocupava o cargo de Ministro da Defesa, em 17 de janeiro (2019) foi anunciado como diretor-geral de Itaipu. Este colunista, aliás, foi convidado para a primeira reunião com a imprensa e deu para ter uma ideia de como o General se moveria na Binacional. Tudo o que ele anunciou, se concretizou e em tempo bem menor até que o esperado.

 

Itaipu e Prefeitura

De fato, as pessoas não estão erradas quando fazem comparação entre o exercício de DGB e prefeito de uma cidade como Foz. Em geral, desafiam: “quero ver um cara como o General lidar com a Câmara”. Não é muito mais difícil do que lidar com os sócios paraguaios e o conselho da Binacional. Vários ex-diretores revelaram que é algo entre pisar em ovos e pisar em fio de navalha. Em certos aspectos a Câmara é bem mais tranquila, sobretudo se há maioria alinhada ao governo estreante.

 

Sensibilidades

O General, por exemplo, não terá os recursos da Binacional, mas com um bom plano de remanejamento, dentro das possibilidades, e da legalidade, poderá realizar a plataforma. Ou alguém acredita que antes, ele não avaliou as possibilidades? É exatamente aí o diferencial que será colocado à prova: com dinheiro todo mundo faz as coisas, com limitações de recursos e história é outra. Mas o General quatro estrelas, em geral saudado pelos oficiais, hoje é quem bate continência aos superiores, o contribuinte.

 

Bola de cristal

Não existe adivinhação. A palavra “acho” é inclusive inapropriada no serviço público. Achismo não existe. Um executivo municipal, escolhido pelo voto, “pensa”, para encontrar ao seu modo e, responsabilidade, a solução mais eficaz, criativa e econômica, que venha a atender as comunidades. É simples e descomplicado.

 

Mais uma nomeação

Thais Escobar será a secretária de Obras de Foz do Iguaçu! O anúncio foi nesta terça-feira (29). É muito versada na engenharia e direito da construção civil. É, portanto engenheira e advogada, com boa experiência em perícia e avaliação, predicados importantíssimo para a gestão no setor, além do mais, Thais possui especialização em Direito Aplicado pela Escola de Magistratura do Paraná. É a presidente da Associação dos Arquitetos, Engenheiros e Agrônomos de Foz do Iguaçu (gestão 2023-2024) e coordena o Colégio de Entidades de Classe do CREA-PR na regional Cascavel. Até o fechamento da edição, foi o segundo anúncio a compor o escalão de secretários. O povo da área de construção recebeu bem a notícia.

 

Quem vem lá?

Os anúncios de composição do primeiro escalão do General estão criando o ambiente de abertura de envelope do Oscar… “o nomeado é…”. No final da manhã desta terça havia um zum-zum dando conta do provável secretário de Saúde! É mentira, não será o Drauzio Varella. Mas se fosse convidado até arriscaria aceitar, porque declarou em várias oportunidades que gostaria de colocar em prática experiências em atendimento coletivo, em cidades. Outro nome que estava na boca do povo era o do Mágico de Oz, porque só mesmo a magia resolveria o drama das filas de cirurgias. Se não é o Dr. Drauzio e nem o mago, só pode ser algum milagreiro do tipo São Lucas, padroeiro dos médicos, com proteção garantida ao anunciado. E quem disse que o secretário de Saúde precisa ser médico? Pode ser um administrador, enfermeiro (a), professor, qualquer pessoa com senso de organização e humanidade. Calma que logo saberemos o nome do vivente, caso o General não resolva acumular a função.

 

Mudando de assunto…

Barraco no PT: depois do resultado das eleições, a “presidenta” nacional da sigla, dona Gleisi, trocou farpas com o Ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Isso foi depois que ele falou que o partido melhorou, mas seguia na “Zona de Rebaixamento”. Não deu outra, a deputada foi pra cima e mandou ele cuidar da pasta dele no governo. Briga de gente grande, para não usar expressões zoológicas, com os tamanhos dos cães e gatos.

 

Outro barraco no PT

A situação não é menos tensa em Foz: o partido em Foz continua rachado e há quem diga que um novo presidente municipal está sendo construído. Uma das apostas é a vereadora eleita, a Valentina. A moça é aguerrida e, possui a valentia até no nome. Além do mais está cheia de moral e pode oxigenar a sigla. Outro nome no páreo é o suplente de vereador, Luiz Henrique, que ficou sem mandato e, até onde apuramos, sem emprego. “Está com tempo livre”, explicou uma fonte. Bom, uma coisa é a pessoa na condição de não possuir um emprego, outra é ser um desocupado, o que não é de jeito algum o caso do Luiz, um dedicado urbanista. E pensando nele, este colunista vai “exigir” uma participação mais efetiva do Luiz, escrevendo pelo menos um artigo por semana aqui neste espaço. Ele é brilhante ao analisar o ambiente, a começar pela imparcialidade e ética.

 

O PT e os barracos…

O clima não é apenas de brigas, dissabores, arranca-rabos, os petistas estão comemorando a anulação das condenações sobre o ex-ministro José Dirceu, uma vez que o STF desconsiderou os processos julgados pelo ex-juiz Sério Moro e, assim, abriu caminho para a volta de Dirceu à vida pública e quem sabe na política. Há quem diga que ele será candidato a deputado federal em 2026.

 

Paulo à beira mar

Passada a eleição, o ex-prefeito e candidato Paulo Mac Lanche Feliz resolveu ir molhar a retaguarda nas águas salgadas do litoral Sul de São Paulo, precisamente em Ilha Grande, onde possui investimentos no setor da Construção Civil e imobiliário. Iguaçuenses formaram uma sociedade e estão criando uma coisa que Foz sempre sonhou: uma saída para o mar.

 

Só falta isso

É comum entre os iguaçuenses e visitantes ilustres repetirem a frase: “Foz tem tudo e só faltava uma praia de água salgada”. Bom, para isso acontecer, precisariam inundar o Paraná para fazer as ondas do Atlântico baterem em Foz, ou afundar um pedaço do Chile, Paraguai e Argentina. Pelo amor de Deus não peçam isso ao General! O Ratinho Jr, não apreciaria tanto assim as profundezas! O Paulo Mac está criando essa possibilidade da gente fronteiriça adquirir um imóvel de frente para o oceano, mudando a rota, porque sabemos que muita gente investe no litoral de Santa Catarina e Paraná.

 

O Paulo e a Eleição

Antes de viajar e depois de ligar para o General Silva e Luna, desejando-lhe sorte e sucesso, Paulo confidenciou que por onde ia, as pessoas diziam: “ah, que pena, votei em você”, fazendo carinha de tristeza… Uma pessoa chegou a aconselhar: “então aproveita a vida e esquece essa política, vai se divertir e gastar um pouco da grana”. Esse tipo de comentário dá no mesmo que chamar o Mac para a briga. “A única coisa que eu não tiro férias é na política, esqueçam…”, disse como estivesse se preparando para outra. Uma boa quarta-feira a todos!

 

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