Coluna do Corvo

Chão liso?

Vai saber? Pode ter escorregado no sabonete, perdido o equilíbrio, é por essas e outras que os banheiros precisam de barras de segurança. Para o presidente Lula, assim como a todas as pessoas com uma idade um pouco avançada, um tombo pode causar muitas complicações. Ele bateu a cabeça, levou pontos e precisa de observação médica e, por isso, não viajou até a Rússia. Não é desta vez que apertará a mão do Putin, para alívio geral de meio mundo.

 

Correu solto

A notícia do tombo saiu em todos os grandes jornais e canais de Tv. Até emissoras japonesas informaram o ocorrido, impressionante. Isso quer dizer que o mundo está atento aos acontecimentos no “Brazil”. Lula, lá fora, é muito carismático em razão das causas ambientais, discursos de paz, e afins. Aqui também, embora a divisão ideológica e polarização. O escorregão do sábado não deve atrapalhar os planos da reeleição, que engatam a primeira marcha um dia após o resultado do segundo turno eleitoral.

 

A eleição

Curitiba, Londrina e Ponta Grossa estão em ritmo de reta final para a escolha de prefeitos. Não foi desta vez que Foz, experimentou o gostinho do segundo turno, contrariando todas as expectativas. Pensa a confusão que estaríamos vivendo por esses dias, com as ruas empoleiradas de cabos eleitorais, tensão, carreatas, pesquisas, enfim, os elementos da festa democrática. O que há é uma calmaria, isso sim. Parece até que o povo já se esqueceu da política. Bom, só o Latinha continua peregrinando para quitar as contas.

 

Guerra nas telinhas

A candidata Cristina Graelm foi ao debate e fez um comentário deselegante sobre o governador Ratinho Jr. pelo fato de ocupar a cadeira de sonoplasta, ajudando ao pai, em época muito difícil. E qual o problema em ser um sonoplasta, ou programador, radialista e outras funções na área da comunicação? Seria mais motivo de orgulho do que outra coisa. O passado das pessoas às vezes é julgado com soberba e desconhecimento. Olha quem é o Ratinho hoje, governador do Paraná e uma figura proeminente na política. E o Ratinho, o pai? Provavelmente o mais importante empresário da comunicação. Possivelmente o governador agregou muitos conhecimentos e humildade no ramo da sonoplastia.

 

Mudanças?

Todas as áreas em Foz são prioritárias, mas há quem diga que o General Silva e Luna está matutando uma reforma administrativa. Para realizar qualquer mudança ele precisará da Câmara Municipal e é provável que os vereadores precisem trabalhar já nos primeiros dias do ano, votando os arranjos e tudo o mais. O prefeito eleito tem pressa, mas segundo diz, não dará passo em falso.

 

Mudando antes

A eleição acontece em outubro, logo, há três meses para descobrir o terreno, decifrar o campo minado, e é bem possível, com a ajuda da sociedade, organizar um bom plano de governo. Taí uma palavra mágica: Sociedade Civil Organizada. Se escolher as pessoas certas, o General poderá governar e economizar. Longe de usar este espaço para a indução, Deus livre e guarde de uma coisa dessas, mas a experiência na observação fala alto. Por exemplo: para o que serve uma secretaria de Indústria e Comércio, se existe uma ACIFI, totalmente aparelhada e atuante, conversando com todos os segmentos produtivos? E nessa trilha, certamente aparecerão outras estruturas governamentais que só existem para acomodar cabos eleitorais e comprometer os recursos. A secretaria custará aos cofres públicos R$ 16.096.000,00, órgãos como a ACIFI fazem chover com um recurso assim.

 

Rebuliço

Para variar, o chão começou a tremer na área de Turismo e Eventos. Como sabemos, existem vários órgãos operando, como o Comtur, que possui inclusive o poder deliberativo. E há o Visit buscando eventos nacionais e internacionais, bem como uma pá de associações, todas muito atuantes e fazendo valer no segmento, em geral, convertido em Torre de Babel toda a vez que muda o prefeito. Aí, alguém aparece e diz: “vamos entregar uma lista tríplice para o General escolher”. Barbaridade hein? O homem encara uma batalha eleitoral e depois será emparedado pelos setores, com listas tríplices e indicações? Ele é que deve gerenciar e ao seu modo, sem pressão. Vai que numa dessas entrega o setor para o Comtur? Só aí economizará R$ 16.096.000,00. Pensa essa grana toda revertida em divulgação?

 

E assim caminha a humanidade

Se Foz espera benfeitorias, terá que apertar e fortemente a cintura orçamentária, até porque não há corduras e calorias para queimar. Há sim, dinheiro usado para o pagamento de servidores e nomeados e isso ainda sofre medidas de remanejamento. Outro exemplo é essa tal Autarquia Municipal de Saúde, com um orçamento de R$ 81.600.000,00, levando em conta que a Secretaria do setor possui R$ 438.336.606,00. Na soma das previsões, Saúde ganha de longe da Educação. Essa autarquia no mínimo precisa ser melhor explicada, sobretudo se o Hospital for repassado para o Estado ou União.

 

Enxugamento geral

Este colunista conversou com professores e gestores competentes (aposentados ou não) e eles concordaram que o número de secretarias pode diminuir e muito, causando uma relevante possibilidade de remanejamento de recursos em várias áreas. Exemplo: Transparência e Governança, Tecnologia da Informação, podem compor a Secretaria de Administração. A área de Segurança Pública pode se juntar com o Foztrans. Trabalho, Juventude e Capacitação, Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, podem se juntar com a Ação Social. A Secretaria Municipal de Obras poderia aportar Planejamento e Captação de Recursos. E por fim, Turismo e Projetos Estratégicos + Meio Ambiente + Esporte e Lazer + Cultura, dariam plenamente conta do recado. O governo não precisaria fechar a Fundação Cultural, mas adaptá-la para a gestão do Teatro Municipal e trazer de volta a Banda, Coral, Orquestra Sinfônica e todas as suas formações de cameratas e conjuntos, que foram literalmente assassinadas em governos passados. Mas o General e seus colaboradores decidirão.

 

Autarquias e fundações

A administração indireta existe, porque muitos acreditam que é uma maneira de economizar e buscar recursos. O tempo passa e as fontes mudam a entrega desses recursos, muitas vezes inviabilizados pelo conjunto de aparatos que foram criados. Até hoje há uma discussão muito grande na área da Cultura por exemplo, em saber qual modelo se ajusta mais aos recursos disponíveis no Governo Federal, Leis de Incentivo e até mesmo em premiações no setor. Não é em errado estudar essas mudanças. Foz, por exemplo, já atuou no modelo de “fundação” no Turismo e rendeu resultados. Como isso seria no atual tecido do segmento, aí são outros quinhentos, o povo que “queime o fosfato” em busca de solução.

 

Recursos

O que uma cidade como Foz precisa fazer é organizar um setor que trabalhe na origem dos recursos, pois dizem que para cada “bilhão” no orçamento, há o mesmo valor sendo oferecido no setor público, privado e ONGs. Não vamos longe, magnatas investem bilhões em projetos para salvar o Meio Ambiente, ou no desenvolvimento de novos combustíveis, ou em saneamento e Foz, com todo esse aparato, não entra na lista de contemplados? Alô, alô, seo Bill Gates, Elon Musk… Jeff Bezos, dá um dinheiro aí!

 

Pulando de galho

É normal que existam arranjos do tipo vereador assumir secretaria e o suplente assumir a cadeira. Diz a lenda que dois vereadores já se ofereceram a isso. Querem tomar posse e no dia seguinte mudarem de mala e cuia para uma secretaria. Fontes no governo eleito asseguram que isso não existe e é apenas fruto da imaginação do ambiente político. Em tempos de Halloween, eis que surge o pensamento sobre bruxas. “No las creo, pero que las hay, las hay” como no ditado popular espanhol.

 

Falar em Halloween…

Cresceu e bastante o comércio de fantasias, aparatos, máscaras e outros itens que são utilizados na dada, comemorara na quinta-feira, 31 de outubro. Se alguém espera fazer um cozinho de abóbora que se antecipe, porque o produto desaparece do mercado. Apesar da tradição ainda se converter em carnaval fora de época do Brasil, doces e balas também entram na lista de compras. Em Foz a moda pode pegar no setor PET, com cães e gatos fantasiados.

 

E os cassinos?

O mundo dá as suas voltas e o assunto não amadurece como deveria, dependendo única e exclusivamente do setor político. O setor privado está no plantão, reservando recursos para os investimentos. O deputado Federal Vermelho conversa a todo o momento com os pares na Câmara e Senado e assim, o tema pelo menos se mantém em movimento. Empreendimentos assim iriam gerar empregos e movimentar a economia em cidades sedes, como pode ser Foz do Iguaçu, sempre em desvantagens com os cassinos funcionando nos vinhos. Muita gente viaja, se hospeda em Foz e deixa grana no pano verde do outro lado da fronteira.

 

Impedimentos

Não é possível crer que no mundo moderno, as religiões ditam as normas de funcionamento de cassinos? As bancadas cristãs, evangélicas e católicas, devem esticar pelo menos um olho na lambança dos jogos virtuais, em boa parte arapucas que estão se disseminando, isso sim é um pecado sem indulgência. Ver que turistas atravessam as pontes para jogas as fichas nas roletas e caça-níqueis no Paraguai e Argentina chega a dar desânimo na ala empresarial, que por tudo tenta expandir.

 

Uma boa quarta-feira à todos!

 

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