Coluna do Corvo

General e o secretariado

Eita, que o povo não tem paciência. Calma! Deixem o homem pensar, analisar, avaliar cada um dos setores. É assim que os comandantes escolhem os guerreiros. Acontece desse jeito das tribos aos exércitos, e não seria diferente na administração pública. As redes sociais estão infestadas de nomes para isso, aquilo, enfim, gente assumindo pastas de secretarias que sequer existem em Foz, um absurdo. Cada maledicência publicada, é enviada depois a este colunista, seguindo da pergunta: “isso é verdade”? Barbaridade!

 

É mentira!

É chato, a esta altura da vida, precisar contornar a “fuxicolândia”, mas se faz necessário para bagunçar essa boataria medonha. Ao que se sabe, o General Silva e Luna não escolheu ninguém, não prometeu cargos, não sofre influência de terceiros e, irá planejar o staff com muita segurança, ouvindo as pessoas, analisando cada palmo de chão. Logo, qualquer nome veiculado nas redes, blogues, sites, ou se auto proclamando servidor nomeado, pode estar longe da verdade. A frase “Keep Calm And Carry On”, teria sido pessoalmente soletrada pelo Winston Churchill quando nem era o primeiro ministro, em 1939, alertando sobre os bombardeios em Londres. “Tenha a calma e siga em frente”.

 

Câmara

Já ensaiam os primeiros passos do baile para a mesa diretora. Com a renovação, dificilmente um vereador remanescente será ungido ao poder. A força eleitoral do General deve influenciar a escolha do presidente e na composição da mesa e todos os cargos disponíveis, as mais diversas comissões inclusive. É aí que vamos entender o mapa da diplomacia. Mas entre os eleitos, há vários nomes centrados para o exercício da presidência, que requer muita articulação e trato com as prestações de contas. O Orçamento da câmara é maior que muitas secretarias, mais de R$ 57 milhões, o que para muitos é um dinheiro muito acima do necessário. Bom, se depender da população e o ânimo com a política, qualquer valor será criticado.

 

Previsões

É bom lembrar que qualquer valor anunciado ainda está longe de ser o resultado no cofre. Os números são apenas projetados, dependem da arrecadação, mas a população faz as comparações, e a Câmara terá mais recursos previstos que setores como Obras, Planejamento, Esporte e Lazer, Trabalho e Juventude, Comércio Indústria e Agropecuária, Assistência Social, Habitação e de longe, muito mais dinheiro que a Cultura. É muito mais grana destinada ao Legislativo do que na área do Turismo, cuja secretaria deve aportar cerca de R$ 16 milhões. Logo, no meio dessa briga de foices é preciso fazer valer. Os vereadores devem ter em mente que a renovação significa descontentamento.

 

Circo dos horrores

A política é mesmo uma baita confusão, dependendo a cabeça de algumas pessoas. Um vereador recém-eleito confidenciou que precisa desligar o celular, tamanha a insistência por uma “boquinha na Câmara ou em alguma secretaria”. Segundo ele, isso beira aberração, com a quantidade de pessoas esperando se pendurar na coisa pública. Ele disse que já perdeu a paciência em uma ou duas oportunidades, porque além de enviar mensagem e ligar, pessoas o aguardam em frente ao local onde mora. “Puxa vida, e a gente diz para o povo que o critério precisa ser técnico e fazem cara feia”. Pois é bem assim, a política e está com cara de mudanças e algumas pessoas deveriam pensar em arranjar emprego de verdade, do tipo pegar no batente logo cedo, cumprir o horário e se contentar com o salário. A moleza no setor público está em vias de extinção.

 

Duas caras

É impressionante a vocação mutante de algumas pessoas. Há quem estivesse militando abertamente na esquerda e que agora se diz de “direita”. No sábado pela manhã, alguém foi desmascarado no boteco. “Mas você se dizia ‘Paulo desde criancinha, estava andando com ele para todo lado, até uma semana antes da eleição e agora mudou, diz que trabalhou para o General? Acorda, és um cara de pau”, disse um comensal em roda de amigos. A pessoa em questão desabafou: “acontece que eu estava infiltrado”. Claro, o povo desabou em gargalhadas, com o cabo eleitoral do tipo lagartixa.

 

Pega leve

O nobre colunista conhecedor dos cintos de inutilidades dos super-heróis escreveu que os submarinos da Marinha brasileira são equipados com laboratórios nos espaços em que deveriam levar armas, torpedos entre outras. Isso não é verdade. Os navios ajudam a patrulhar o território e o submarino é muito importante em missões de combate ao contrabando e também crimes ambientais.

M.J.R.V (O leitor pediu para o nome não ser publicado)

 

“Sem torpedos”

A linguagem figurativa deste colunista às vezes deixa algumas pessoas preocupadas. Como armas poderosas os submarinos são usados em favor da ciência? Sim. É inegável os serviços da valiosa Marinha de Guerra em favor da pesquisa. Há navios hidrográficos destacados mundialmente diga-se. E é verdade que o homem provavelmente conheça mais o que há nas estrelas ao fundo dos oceanos. Outra coisa: somente o Batman possui um cinto de utilidades, se isso significa alguma importância na cultura inútil.

 

Curitiba saia justa

Não faz muito tempo, fora de épocas eleitorais, realizaram uma pesquisa de valorização da capital paranaense. Abordaram costumes, onde os moradores gostam de ir e quais os patrimônios que eles consideram. E, não seria surpresa despontarem locais como a Pedreira Paulo Leminski, o Parque Tingui, Jardim Botânico, Barigui, com grande destaque para o Passeio Público; houve até a choradeira com a falta do espaço Pasquale. Na galeria das pessoas, o saudoso Jaime Lerner aparece no topo da lista de lembranças; Roberto Requião foi mencionado com carinho, bem como outras figuras expoentes. A maioria dos curitibanos pesquisados diz que “ama” Rafael Greca. Pensa um cara que é querido?

 

Ele apita

Levando em consideração essa paixão de pesquisa, que surpreendeu até mesmo o prefeito, não é difícil imaginar a influência do Greca em favor do seu preferido, o vice que poderá ocupar o seu lugar nos próximos anos, Eduardo Pimentel. O que pode dar errado? A campanha de Cristina Graeml divide muito os eleitores e ocupa a zona de empate. Faz tempo uma eleição em Curitiba não despejava tantos argumentos até no almoço das famílias, com gente puxando para os dois lados.

 

Dona Radar

O instituto que mais acertou no primeiro turno, realizou um levantamento no final de semana. Segundo os dados da Radar Inteligência, Eduardo Pimentel segue na frente com 45,6% das intenções de voto dos eleitores e a jornalista Cristina, 43,5%. Não sabem 4,0% e nulos e brancos orbitam a casa dos 6,9%. O registro no T.R.E. obedece ao número, 09056/2024. O levantamento foi realizado entre 15, 16 e 17 de outubro, ouvindo 816 eleitores e com uma margem de erro apertada, 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.

 

Por falar em Radar…

…o instituto chegou ao “ano 30” como um dos mais consagrados positivamente em todo o território brasileiro, com uma boa média de avaliação. A Radar bateu um recorde de registro de pesquisa em 2024, com mais de 50 levantamentos registrados no Tribunal Regional Eleitoral. A empresa mantém um sério compromisso com a precisão e isso é devolvido em confiança e credibilidade. Se alguém quer saber como o povo pensa, tanto em questões eleitorais como comportamentais, pergunte para a Radar. Jargão inventado agora por este colunista, igual propaganda de almanaque antigo: “quem contrata a Radar, não tem medo de errar!”. Vai aqui uma abraço para o Tony Topanotti e à Queli Rebelatto.

 

Pitaco de artesanato

Este colunista soube que no sábado pela manhã, a gloriosa COART organizou uma mostra de belos trabalhos realizados pelas artesãs, inspirados em pássaros da região. O nome da exposição é mais do que sugestivo, “Voe Coart”. O que chama a atenção é o espaço que utilizaram: a estrutura na Praça Getúlio Vargas, um das que foi construída para a Copa do Mundo do Brasil. Lá já funcionou a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, dentre outras. Em verdade são dois espaços, gêmeos e idênticos, o que fica ao lado da prefeitura, atrás do edifício onde estava a Câmara e outro na Avenida das Cataratas. Os tais monstrengos são os CATs, Centros de Atendimento ao Turista, a obra mais mirabolante do governo Reni Pereira, e que apenas perdeu em importância para a casinha do Papai Noel.

 

Triste destino

Reni buscou o recurso para os postos de atendimento e não ficaram prontos para a Copa. Daí usaram o argumento que serviria para as Olimpíadas, dois anos depois e, também não conseguiram terminar. A bomba estourou nas mãos do Gilmar Piolla, secretário de Turismo (e várias outras coisas) na primeira gestão de Chico Brasileiro. Os Cat’s foram muito frequentados pelas moscas, pernilongos e mosquitos da dengue e não pelos turistas.

 

Bem que podiam…

O que falta em Foz é local para a grande quantidade de artesãos em atividades. Diga-se, a indústria do artesanato é uma realidade e perfeitamente adequada à demanda, produzindo peças maravilhosas e muito procuradas pelos moradores, visitantes e turistas. Isso é endossado pelos eventos que se espalham em todas as direções e ao longo do ano; há várias entidades concentrando a mão de obra. Pelo menos um dos Cat’s poderia abrigar uma bela loja em favorecimento aos produtores locais. O espaço que há na Avenida das Cataratas, no eixo turístico, com estacionamento serviria como uma luva.

 

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