Coluna do Corvo

“Alagamentos históricos”

Eita que isso é algo bem esquisito em cidade cercada de córregos, arroios, riachos e dois baita rios. As pessoas perguntam, como pode haver alagamentos “históricos”, com tantos veios de escoamento. Não é em nada difícil responder pergunta assim e este colunista nem precisa entender de engenharia para responder. Começa pela impermeabilização mal calculada do solo, com canteiros pavimentados de concreto, e materiais que não permitem a passagem da água e a empurra em direção ao asfalto, cujas galerias vivem entupidas de lixo.

 

“Igual pia”

A diarista do Corvo deu uma lição de escoamento hídrico: “em frente de casa tem uma lagoa na rua, fizeram uma boca de lobo, mas a tubulação é muito fina. Fui falar com o empreiteiro e ele disse que era o suficiente. Era coisa nenhuma, é chover e ver a água empossada. É como a pia da casa da gente, com o sifão entupido de gordura”. Pois é mais ou menos isso. Muitas das pessoas que reclamam não cuidam dos resíduos e despejam o que querem nas galerias, que foram feitas apenas para receber a água que cai do céu. Mas em tempos de estiagem, até bichos mortos jogam lá. Há sim problemas com a engenharia, e como tudo fica embaixo da terra, é difícil até de fiscalizar.

 

Expedição urbana

Certa ocasião, o secretário de Obras, Carlos Budel, convidou a imprensa para investigar as tubulações do Rio Monjolo, entrando por um acesso no Batalhão do Exército, na Av. República Argentina. O povo se equipou de galocha, lanterna e a aventura foi claustrofóbica. Ao entrarem nas manilhas, dava para andar sem precisar se curvar, mas os dutos foram estreitando, afunilando e em menos de 100 metros, não dava para passar uma ratazana, de tão estreita a tubulação. Para resolver isso a prefeitura terá que rasgar metade do centro da cidade.

 

Santa Água

Cidades com equívocos na pavimentação e que são impermeabilizadas ainda ajudariam a natureza, caso apenas a água da chuva passasse pelas galerias, porque isso vai despejar nos rios e ajudá-los no processo de despoluição. Por essas e outras, existem soluções sustentáveis muito eficientes, como é o caso do pavimento poliédrico, que as pessoas não entendem e criticam. Bom, é um assunto muito vasto para a coluna, que abre espaço para quem quiser se manifestar.

 

2,2 bi

É muito dinheiro? Algumas pessoas juram que não. Mas é a grana que o General Silva e Luna e sua equipe contará para administrar o exercício de 2025. Há quem diga que isso necessitará muito remanejamento e nisso, o prefeito eleito parece não esquentar muito a cabeça, porque elegeu maioria expressiva na Câmara. Tomara os vereadores noviços entendam a mecânica e não compliquem, de maneiras que o General se pareça com o Chapeuzinho Vermelho atravessando a floresta. Este colunista já viu muito disso ao longo da história.

 

Sentido contrário

E quem diria, Foz do Iguaçu contratou com hospitais de cidades próximas, como São Miguel e Missal. É estranho? Não é não, sobretudo quando moradores da região trafegam pela BR 277 em busca de atendimento na área da Saúde. Agora, se perguntarem se seria mais barato equipar os hospitais da cidade e fazer a fila andar, aí são outros quinhentos. Saúde foi um assunto que não saiu da boca dos candidatos em campanha.

 

Operação militar

Alguém escreveu em redes sociais que as constantes operações militares em Foz e extremo Oeste, mexem com o imaginário de paraguaios e argentinos. Este colunista não investigou, mas em vários outros treinamentos, militares dos países vizinhos foram convidados como observadores. E qual o problema do Exército e outras forças, treinarem? Não dá para fazer isso dentro dos quartéis. Eles recebem equipamentos e precisam aprender a utilizá-los.

 

Outras gerações

O Brasil está investindo fortunas em caças de quarta geração, submarinos e possui propostas de doação de porta-aviões que serviram norte-americanos e ingleses por décadas. O caso é que essas potências utilizam equipamentos de quinta e sexta geração. Bom, os contribuintes querem entender melhor a utilização desses objetos bélicos, uma vez que o Brasil não possui vocação para conflito e os vizinhos também não. Submarino brasileiro serve mais para a pesquisa científica, do que outra coisa. Espaço de guardar torpedos é, em geral, convertido em laboratório. E não está errado. Os humanos buscam soluções em outros planetas e não conhecem o fundo do mar.

 

Flamenguinho e a escola

Não é em nada vergonhoso uma escola municipal embaixo da arquibancada de um estádio de futebol. Isso em cidades como o Rio de Janeiro é solução. O Sambódromo, que é utilizado apenas no Carnaval, abriga salas de aula. Muita gente faz uma leitura errada sobre a escola Lúcia Nieradka. É complicado até de explicar o imbróglio, cuja “doação”, será convertida em “locação”, com aluguel de R$ 15 mil ao mês, pela falta de construção de mais arquibancadas? Se a prefeitura desanuviar a escola nova e se mudar de lá, alguém disse que o clube planeja construir salas comerciais e claro, vai lucrar muito mais com o aluguel. Não deixa de ser uma solução, que não é em favor das crianças. Este colunista se lembra dos tempos em que a arquibancada era usada para vestiários e pelo saudoso Kid Chocolate, que realizava massagens nos atletas e em pessoas que o procuravam.

 

Detonação de rochas

Dá-lhe explosão na área Sul para ajudar a finalizar a Perimetral Leste. Aliás, o povo está acostumado, porque antes das obras o que havia era pedreira para todo o lado. Quem passa pelo trevo em obras, no encontro da Avenida das Cataratas com BR 469 consegue ver a pavimentação chegando nas alças de acesso. Isso por si é um avanço e mostra que a demanda está caminhando. Quem pesquisar em ferramentas como o Google Maps, terá fotos parcialmente atualizadas e entenderá como o trevo funcionará.

 

Receitas de um, para o outro

Eleição inspira muita gente. Disseram para este colunista que muitas das ideias dos candidatos que não se elegeram, foram anotadas no caderninho no vencedor. Se ele vai usar, isso não se sabe. Mas a esta altura, o processo de pacificação avançou e quem sabe, muitas coisas possam de fato serem aproveitadas. Campanhas eleitorais são uma fabulosa fábrica de ideias, solúveis e insolúveis e até insolentes, porque o ouvido da gente não é penico. Mas várias soluções de fato foram bem explanadas.

 

Camarão argentino

O povo compra porque é barato. Depois gasta a diferença na farmácia e atendimento médico, em razão da intoxicação e dores intestinais. Há quem goste tanto de camarão que engole até a casca. O mercado das iguarias contrabandeadas deve ser frequentado com cuidados, porque os produtos nem sempre são acondicionados com critérios básicos, como por exemplo, o congelamento. Segundo relatos, os camarões saem frescos do litoral brasileiro, chegam na Argentina onde são processados em Buenos Aires. Depois disso são espalhados e, boa parte é carregada até Puerto Iguazú. No percurso sofrem com a manipulação. No fim, segundo relatos, até restaurantes usam esses produtos. Por favor né?

 

Mobiliário made in cárcere

Olha aí os paraguaios ensinando boas lições, aproveitando a mão de obra dos presidiários na produção de carteiras, cadeiras, armários e equipamentos escolares! Muitas penitenciárias brasileiras possuem marcenarias e fábricas de utensílios; os detentos se tornam mestres em estofamento, por exemplo e recebem pelo trabalho. É uma ressocialização muito eficiente.

 

Plataformas de apostas

Antigamente os celulares eram invadidos pela pornografia e muitos marmanjos se viam em situação perigosa, toda a vez que as patroas davam uma espiadinha nos aparelhos. Hoje isso mudou para jogos e cassinos eletrônicos, uma praga incontrolável e que acaba seduzindo muita gente. Quem não quer nada com isso, acaba se tornando vítima, por meio de uma importunação sem precedentes. É a tal IA invadindo a privacidade, uma barbaridade!

 

Cartão saqueado

As pessoas precisam cuidar e muito ao fazerem compras na internet, até em coisas simples como chats de leitura, cinema, música e até pesquisa e ortografia. Ao efetuarem a contratação, precisam controlar bem as formas de pagamento, do contrário, os app’s ficam sacando pagamentos mensais das contas, sem a devida permissão.

 

Dona Cristina

Voltando para a política, a eleição em Curitiba está pegando fogo e, a população está entendendo que a Graeml candidata, parece ser diferente da jornalista. Anda muitíssimo afiada ao bater boca com o oponente e pessoas ligadas à área pública. Isso vai dar muito o que falar na reta final.

 

Seo Eduardo

O candidato Pimentel honra a tradição de família. Está sendo observado pelo avô, Paulo, no alto dos 96 anos e que ainda dá pitacos na eleição, garantem. Eduardo aceita e obedece, porque sabe que o ex-governador conhece o ofício. Diga-se, a eleição em Curitiba é um imenso laboratório para entender como será a política paranaense nos próximos anos. Saberemos bem mais o que acontecerá com figuras do porte de Rafael Greca, dentre outros. Entendam como “porte” intelectual e político. Greca até perdeu uns quilinhos pelo bem da saúde.

 

Bolsonaro evaporando

A extrema direita produz novas lideranças muito mais radicais que o ex-presidente. Isso faz o Jair Bolsonaro parecer “bonzinho e equilibrado” se comparado com algumas figuras em atividades. Os monstrinhos surgem e dão trabalho, à exemplo de Pablo Marçal, que surfa a onda da “anarquia desmedida”. Bom, se a anarquia já é um processo complicado, para os moldes republicanos, imagina se for “desmedida”.

 

Nobel ensina

Daron Acemoglu deu uma aula de política em prol do fortalecimento da democracia, mas o difícil é cumprirem as receitas, no processo de aprendizado. Uma delas é motivar as pessoas a deixarem de lado as redes sociais. Ele está certíssimo, mas, e, daí? Para finalizar, nunca o “Brazil” foi tão profetizado por vencedores do Nobel como na recente edição. Vencedores nas áreas da ciência e economia mencionaram o país. Quem não gosta dos comentários ironiza, como o Nobel fosse o “Oscar” do cinema. Não é. Vencedores de uma academia tão notável devem ser ouvidos com atenção, pois falam com propriedade. Bom dia! Boa quinta-feira!

 

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