Coluna do Corvo
Névoa do sábado
Há um cheiro de fumaça no ar e não é apenas por causa das queimadas. O cérebro de alguns candidatos é que anda fervendo e se não cuidarem a massa começará a vazar pelos orifícios. Por essas e outras, colocam o algodão no nariz dos defuntos. Foz aos poucos está se convertendo em “terra de zumbis”, uma vez que candidaturas andam morrendo antes do tempo.
Muito por nada
Eleição deveria ser mais simples, apenas o convencimento dos eleitores, no entanto o jogo é mais audaz, provocativo, lamuriante e, acaba sobrando para quem está quieto.
Não é uma boa…
O ditado já diz: “não mexa com quem está quietinho”, porque isso pode afetar a zona de conforto de pessoas que não estão interessadas nos candidatos e sim na cidade. Na mistureba eleitoral, uma parcela considerável da população quer mais que os candidatos vão chupar pregos. Se não houvesse a obrigatoriedade do voto, a abstenção seria gigante, elevado o desânimo em se ver mais bate-bocas do que propostas.
Impugnação?
Vamos deixar algo claro: a pesquisa contratada por este jornal, ao instituto Radar Inteligência não foi impugnada. Houve sim uma tentativa de impugnação, por parte da coligação do candidato General. Mas foram infelizes no embate, o jornal venceu a batalha na Justiça. A pesquisa foi liberada, mas como passaram-se alguns dias da colheita de informações, a divulgação foi prejudicada, uma vez que o cenário se altera muito rapidamente. Publicar algo assim, causaria danos ao processo e induziria eleitores ao erro e, como muitos são nossos leitores, a decisão foi descartar o trabalho e pedir desculpas. Mas a novidade é que estamos providenciando outra pesquisa, ainda sem data para ser publicada. Mas nisso não há segredo, no ambiente eleitoral há pessoas de plantão aguardando o registro de pesquisas.
Kossar explica
O professor e matemático Luiz Kossar enviou mensagem a este colunista e o seu modo de pensar, embasa a decisão do jornal: “campanha eleitoral ocorre e um tempo determinado. Pesquisa Eleitoral tem prazo de validade em função da dinâmica de campanha; os fatos e ações dos candidatos. Conforme o tempo decorre, musa a percepção do eleitor, as vezes de forma brusca ou de forma gradual. Portanto, se as coletas de dados forem como a mais recente, com o REGISTRO no TSE, a divulgação precisa ser logo após esta coleta. Se demorar, o que pode ocorrer, por exemplo, é realizarem uma outra pesquisa com dados posteriores e isso virar uma confusão, com uma pesquisa enfraquecendo a outra”.
A mão que afaga
É algo muito normal as coligações entrarem na Justiça contra pesquisas. Atos assim fazem parte do jogo. Surreal é tentarem impedir um levantamento, usando como um dos argumentos, o conteúdo de uma matéria inverídica (em vias de questionamento judicial), publicada em jornal sem periodicidade, com o objetivo de desacreditar um veículo de comunicação impresso e de tradição. Uma manobra dessas só poderia bater na trave. Mas o jornal aceita, mata no peito e toca a bola para a frente. Que venham outras confusões, coisa que adoramos! General: I love you! Aqui, quem faz humor, não faz a guerra!
Decisão
Segundo o Juiz Rodrigo Luiz Berti, “com efeito, não verifico a presença dos fundamentos autorizadores do deferimento liminar para que se obstar a divulgação da pesquisa”. Ponto para a Radar Inteligência, que mais uma vez realizou um bom trabalho e para o Darley Carneiro, que ficou juntando as moedas da venda de rua do jornal, por mais de dois meses, esperando pagar pela contratação dos serviços. Que barbaridade hein? Perderam os leitores, de saber o resultado contemporâneo às coletas. Mas isso é por pouco tempo.
Bombas!
O assunto da pesquisa é mamão com açúcar perto de dois petardos que estão para estourar a qualquer momento. Viveremos uma semana muito emocionante, ao que parece. Além do mais, teremos as entrevistas na Rádio Cultura e logo, mais um debate levado ao ar para toda a cidade, por áudio e vídeo.
Tomara sobrevivam
Como essa gente aguenta tantas encrencas, uma atrás da outra? Haja estômago para suportar! Se pegam de um jeito, que faltam rosnar ao se encontrarem nos debates. Daí ficam de briguinhas e esquecem de falar o que os eleitores gostariam de saber: como resolver os problemas da cidade.
E o Paulo?
Dizem que depois da homologação ela anda fazendo 100 flexões; antes fazia apenas 50. E isso está se tornando um meme de campanha, porque é ele chegar em algum lugar e alguém diz: paga 100 Paulo! E ele se atira no chão e dá-lhe o povo contar.
Caixinha de surpresas
O General Silva e Luna, decerto, não contava com os fetiches eleitorais e nem imagina que seriam tão intensos. Todos os dias aparecem situações que o envolvem e precisa passar sebo nas canelas para provar o contrário. O apelido mais recente é General Kinder Ovo, porque é cheio de surpresas!
Aírton “o cara da TV”
E isso acabou virando slogan. “Lá vem o cara da Tv” as pessoas dizem. E isso acontece tanto, que alguns correligionários pedem para o Aírton mudar o nome nas urnas.
Caimi na missa
Se precisasse escolher entre um comício e uma missa, Sérgio Caimi não pensaria suas vezes, estaria na fila na hóstia, sem hesitar. Ele tem visitado os bairros e alguém confidenciou, entra antes das igrejas. Pelo menos ainda não foi visto saindo de algum confessionário.
Zé Elias
O candidato descobriu que o Sérgio Moro é chegado em caminhar, mandou até comprarem um par de tênis confortável para o senador, em caso de se queixar, mas o calçado não saiu da caixa. Moro é prevenido. Um detalhe notado por muitos, era a quantidade de policiais federais de folga e aposentados seguindo Moro e Zé Elias; pelo visto Moro ainda é bem quisto na instituição.
Latinha
Quem acredita que as tiradas do candidato só acontecem nos debates, não imagina como ele trabalha os eleitores. O que pode parecer jocoso na telinha, é apreciado por muitas pessoas nas ruas. Ele se diz feliz com o resultado.
Sâmis
Alguém disse a este colunista que o ex-prefeito andou questionando candidatos à vereador de seu partido, pelo fato de não o colocarem nos materiais de publicidade. Há uma porção de bandeiras estampando fotos de tucanos em voo solo.
Sabadou!
Enfim chegamos ao final de semana e tomara o povo dê um descaso em matéria de susto eleitoral. Eita semana apurada! Mas como sempre, até os candidatos se aconchegarão