Operação do Paraguai combate crimes ambientais na Tríplice Fronteira

Uma força-tarefa internacional envolvendo autoridades policiais e militares está em curso na região da Tríplice Fronteira, no Alto Paraná, para combater crimes ambientais e atividades ilegais relacionadas. A Operação Panthera Onca (onça-pintada) , coordenada pela Interpol e com a participação de diversas instituições, busca desmantelar redes criminosas envolvidas em desmatamento, mineração ilegal e tráfico de madeira, ações que ameaçam a Mata Atlântica da região.

A operação, que começou após semanas de planejamento e mentorias, é uma resposta ao aumento de atividades ilícitas na área, especialmente a extração ilegal de madeira e o garimpo. Os trabalhos estão sendo realizados em pontos estratégicos, como fronteiras terrestres e fluviais, além de portos e aeroportos. O objetivo é não apenas identificar as redes criminosas, mas também promover a troca de informações entre agências nacionais e internacionais para frear esses crimes ambientais.

A fase operacional teve início em Ciudad del Este, na sede da Área Naval Leste, onde as forças se reuniram para coordenar as ações. Além da Interpol, a operação envolve o Ministério Público, o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (MADES) e a Comissão Nacional de Defesa dos Recursos Naturais (CONADERNA).

Durante as fiscalizações, as forças de segurança estão percorrendo o rio Paraná com o apoio logístico da base naval Leste, focando em áreas críticas de desmatamento e crimes correlatos, como o tráfico de drogas e o contrabando, que frequentemente caminham junto com o tráfico de madeira. Segundo a Interpol, os impactos desses crimes são profundos, ameaçando tanto os recursos naturais quanto a biodiversidade da região.

A operação Panthera Onca faz parte de um esforço maior para proteger as florestas tropicais da destruição. Solicitação da Comissão Nacional de Defesa dos Recursos Naturais ao Programa de Segurança Ambiental da Interpol, a ação reforça o controle nas áreas mais vulneráveis da Tríplice Fronteira e está prevista para durar até o dia 15 de novembro.

O trabalho em campo envolve cooperação entre várias entidades, incluindo a Diretoria de Polícia do Alto Paraná e diversas divisões táticas especializadas. Com a liderança da Interpol e do Escritório Central Nacional (OCN) em Assunção, as instituições discutiram estratégias e ações conjuntas para garantir a eficiência da operação, que busca mitigar os danos causados por crimes ambientais e preservar a Mata Atlântica.

  • Da redação com AIP / Foto: AIP

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