Proposta de concessão do Passeio Macuco prevê investimento inicial de R$ 46,8 milhões
Uma audiência realizada em Foz do Iguaçu apresentou à população o modelo de concessão dos serviços de apoio à visitação no Passeio do Macuco, dentro do Parque Nacional do Iguaçu. O encontro, promovido pelo ICMBio e pelo BNDES, reuniu cidadãos, especialistas e entidades para debater a estrutura, os investimentos e o impacto socioambiental do projeto.
O investimento inicial estimado é de R$ 46,8 milhões, destinados à modernização da frota de transporte terrestre e embarcado, à reestruturação da infraestrutura existente e à ampliação do centro de acolhida dos visitantes. A proposta inclui a construção de uma sala expositiva com experiência de interpretação ambiental, espaço de alimentação com sanitários acessíveis, área de educação ambiental, locais de descanso e sinalização inclusiva — tudo em consonância com o plano de manejo do parque.
A consulta pública, que segue aberta até 8 de agosto de 2025, está recebendo contribuições pelo site oficial do projeto. As sugestões serão avaliadas pela equipe técnica do ICMBio, do BNDES e dos parceiros, podendo ser incorporadas à formatação final da licitação.
O modelo de delegação abrange o passeio terrestre, o passeio de barco, rafting e cachoeirismo, com obrigação de garantir acessibilidade universal, reduzir o impacto ambiental e oferecer serviços modernos — sem comprometer a conservação da biodiversidade.
O chefe do Parque Nacional do Iguaçu Ulisses Santos, afirmou que a iniciativa fortalece a missão de conservação da natureza do ICMBio. “O nosso desejo é que o parque continue sendo referência, como a visão de futuro do nosso Plano de Uso Público, na qual temos o objetivo de ser um dos cinco melhores parques do mundo para se visitar. Queremos que a nova modelagem proteja nossa biodiversidade e gere benefícios socioambientais para toda a população dos 14 municípios no entorno. Queremos ouvir sugestões e aperfeiçoar o projeto”, explicou.
A diretora substituta de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio Carla Guaitanele, ressaltou que o processo é um marco de transparência nas políticas públicas. “A audiência pública representa um marco na transparência do processo e na valorização da escuta qualificada. Tivemos contribuições importantes de diversos setores da sociedade, que certamente ajudarão a aprimorar o projeto e reafirmar o compromisso com o uso sustentável do Parque Nacional do Iguaçu”, afirmou.
Para gerente de estruturação de projetos do BNDES Ludmilla Costa, a proposta equilibra visitação e preservação. “A Trilha do Macuco é um exemplo de como podemos somar conservação, educação ambiental e gestão eficiente. Estamos aqui para escutar e sair com uma proposta ainda melhor. Esse é o momento mais importante, quando a gente consegue colher as principais percepções e necessidades de quem está no dia a dia do parque”, declarou.
Já o secretário adjunto do PPI na Casa Civil Andrey Goldner, destacou que o projeto é prioridade para o governo federal. “Este é um projeto prioritário do Governo Federal, que reúne aprendizados anteriores e incorpora melhorias para atender ao objetivo primordial do ICMBio: a conservação da unidade.”
O coordenador geral de Parcerias e Concessões do Ministério do Turismo Rafael Morgado, reforçou o propósito de promover o turismo sustentável: “Neste momento, estamos chamando a sociedade para dentro do projeto, para contribuir com percepções valiosas. A missão do Ministério do Turismo, junto ao ICMBio, é que o parque esteja entre os cinco melhores do mundo. O nosso foco é a promoção do turismo como vetor de desenvolvimento econômico, social e ambiental.”
Consulta pública está recebendo contribuições pelo site oficial do projeto até o dia 08 de agosto no endereço: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/editais-diversos/editais-diversos-2025-1/consultamacuco
- Da redação com Gov. Federal
- Foto: Marcelo Viotto