Lista dos suspeitos de financiar os atos golpistas tem nomes de Foz e do Paraná
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu na última segunda-feira (13) que a Justiça Federal em Brasília condene 54 pessoas, uma associação, um sindicato e três empresas a ressarcirem os cofres públicos em R$ 20,7 milhões pelos atos de vandalismo que depredaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. A lista, de denunciados por suposta participação e financiamento das ações, inclui os nomes de três moradores de Foz do Iguaçu, Missal e Cascavel, na região Oeste e outros nove de diferentes regiões do Paraná.
Os atos de vandalismo em Brasília ocorreram no dia 8 de janeiro de 2023, logo após a posso de Lula (PT) para o terceiro mandato. Na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento numa trama golpista apontada pela Polícia Federal. Ele é acusado de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes para impedir a posse do novo presidente.
Segundo a AGU, a ação que pede a devolução de recursos pelos danos ao patrimônio público envolve pessoas que participaram e empresas que teriam financiaram os atos criminosos. O valor do prejuízo foi calculado a partir de dados apresentados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal, que foram alvos dos bolsonaristas radicais. Esse é o primeiro pedido de condenação definitiva após investigação dos atos. A AGU já acionou 178 pessoas na Justiça.
Preto no branco
A lista de citados inclui 12 nomes do Paraná – 9 pessoas, uma associação, uma empresa e um sindicato. Três são de moradores do Oeste do Estado – Marcelo Panho, de Foz do Iguaçu, Ademir Luis Graeff, de Missal e Adriano Luis Cansi, de Cascavel. De outras regiões aparecem na relação José Roberto Bacarin (Cianorte), Leomar Schinemann (Guarapuava), Pedro Luis Kurunczi (Londrina), Ruti Machado da Silva (Nova Londrina), Stefanus Alexssandro Franca Nogueira (Ponta Grossa) e Vanderson Alves Nunes, de Francisco Beltrão.
Das quatro entidades classistas e empresas citadas pela AGU no pedido de condenação, três são do Paraná: Associação Direita Cornélio Procópio, sediada em Cornélio Procópio, RV da Silva Serviços Florestais LTDA, sediada em Piraí do Sul e Sindicato Rural de Castro, sediado em Castro, na região dos Campos Gerais.
- Da Redação / Foto: Marcelo Camargo/ABr