Ex-funcionários do lado paraguaio da Itaipu voltam fechar Ponte da Amizade
Eles pedem indenizações que não teriam sido pagas e que somam US$ 940 milhões para aproximadamente 16 mil ex-trabalhadores
Um grupo de ex-funcionários do lado paraguaio da Itaipu Binacional voltou a fechar, na manhã desta terça-feira (18), o trânsito sobre a Ponte Internacional da Amizade, que une Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, na fronteira do Brasil com Paraguai, respectivamente. Eles reivindicam direitos trabalhistas que são discutidos há mais de 30 anos e que não teriam sido cumpridos até o momento pela margem direita da empresa. Entre as solicitações está o pagamento de indenização de ex-contratadas de Itaipu.
O fechamento da ponte ocorreu, assim como no início de março deste ano, em momentos alternados liberando veículos e motos para seguir sobre a via. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou toda a movimentação, que ocorreu do lado brasileiro da Ponte da Amizade. Os ex-barrageiros pedem pagamentos que somam US$ 940 milhões para aproximadamente 16 mil beneficiários.
A série de interrupções do tráfego, que exigiu muita paciência aos condutores, começou no início da manhã, provocando grandes filas de veículos de passeio e caminhões em ambos os lados da fronteira. Os ex-trabalhadores consideram “um pagamento justo” o reivindicado e prometem novas manifestações. Eles cobram a presença de um representante do Executivo com poder de decisão para acabar “resolver questão”, informaram as lideranças do ato, à imprensa paraguaia.
Não cumpriu
Na avaliação dos manifestantes, o lado paraguaio “violou o Tratado de Itaipu”, ao não pagar os benefícios previstos no “ato normativo do qual Paraguai e Brasil são signatários”. A luta dos ex-trabalhadores da usina está no Congresso Nacional do Paraguai, que recebeu em setembro do ano passado, um projeto de lei propondo a indenização, que na cotação atual pode somar aproximadamente R$ 4 bilhões.
No Paraguai, diferentes entidades recomendaram a rejeição da proposta, uma vez que o desembolso deste dinheiro “poderia ter consequências irreparáveis para a economia do país”. Em nota na última manifestação, a margem paraguaia de empresa binacional afirmou que o pedido “é ilegal e economicamente inviável” e que os direitos foram pagos com base na lei trabalhista do país.
- Da Redação / Foto: Reprodução Portal Cidade