Dispara índice de mortos em acidentes com motocicletas em Ciudad del Este

Nos últimos anos disparou o número de mortos em acidentes envolvendo motocicletas nas ruas e avenidas de Ciudad del Este, município paraguaio unido à Foz do Iguaçu pela Ponte Internacional da Amizade. Em 2024, foram contabilizados 97 óbitos nesta situação, contribuindo para tornar o Departamento (Estado) de Alto Paraná o segundo do país em número de mortes relacionadas a veículos com duas ruas. Os dados são fo Observatório de Trânsito da Agência Nacional de Segurança Viária (ANSV).

Ciudad del Este, que é capital de Alto Paraná, tem uma condição atípica. As motocicletas são utilizadas diariamente por milhares de trabalhadores que atuam como mototaxistas enfrentando o trânsito caótico na Ponte da Amizade. Notícias sobre sinistros na região próxima a via são quase que rotineiras na imprensa do país vizinho. Segundo o Observatório de Trânsito, o Departamento registrou no ano passado, 194 mortes de pessoas que transitavam em motocicletas.

O índice que representa 13% dos casos em todo Paraguai, ficando atrás apenas do Departamento Central, que tem entre outros municípios a capital Assunção. A maioria dos mortos eram motociclistas jovens e trabalhadores que arriscam suas vidas todos os dias em estradas e ruas mal sinalizadas, sem os capacetes obrigatórios e sem medidas básicas de segurança, reportou o site da rádio La Clave

“Esta é uma pandemia silenciosa”, alertou a advogada Claudia Maldonado, diretora do Observatório, lembrando que quase 99% dos pacientes internados em UTI do Hospital Regional de Ciudad del Este, sofrem acidentes de motocicleta. “É uma crise que exige ação imediata”, afirmou a jurista.

 

Estatísticas alarmantes

Os números divulgados pelo órgão da ANSV trazem uma espécie de raio X dos municípios mais afetados de Alto Paraná. No topo de sinistros está a capital, Ciudad del Este, com 97 registros de óbitos de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024. Em segundo lugar aparece a vizinha Hernandarias com 18 registros seguida de Minga Guazú com 17 e Santa Rita  com 10 mortes no período.

De acordo com a imprensa da região, são municípios que estão longe da imunidade ao problema e convivem com uma realidade diária de hospitais lotados de pacientes em estado grave e ruas manchadas com o sangue das vítimas. No total, 1.160 pessoas morreram no local de um acidente em 2024, em todo o país, reportam os números do Observatório.

 

  • Da Redação
  • Foto: Gentileza/La Clave

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