Com 3 milhões de GWh gerados, Itaipu Binacional mira futuro com plano bilionário

A hidrelétrica Itaipu Binacional completou 41 anos de operação nesta segunda-feira (5) com um marco impressionante: a produção acumulada de 3.078.507 GWh desde 1984 — energia suficiente para abastecer todo o planeta por um mês e 14 dias, o Brasil por 4 anos e 9 meses ou o Paraguai por 139 anos e 5 meses.

Mais do que um feito numérico, esse volume consolida Itaipu como a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta, um pilar na matriz energética do Brasil e do Paraguai. Mesmo em um cenário de flutuações hidrológicas e de avanço de outras fontes renováveis, a usina continua desempenhando papel central na estabilidade do sistema elétrico dos dois países.

Hoje, Itaipu representa 6,69% da energia consumida no Brasil e 77,93% da energia do Paraguai. Sua capacidade de resposta rápida é estratégica para compensar oscilações nas fontes solar e eólica, especialmente em momentos de baixa radiação ou ausência de ventos. Com 20 unidades geradoras e potência instalada de 14 mil MW, a hidrelétrica é capaz de entrar em operação plena em questão de minutos.

O pico histórico de produção foi alcançado em 2016, com 103,09 milhões de MWh gerados em um único ano. Em 2024, a geração total chegou a 67.088.571 MWh — ainda uma das maiores entre usinas do tipo no mundo.

Fundada em meio à cooperação entre Brasil e Paraguai, Itaipu também consolidou sua atuação em sustentabilidade ambiental. Projetos de reflorestamento, proteção da biodiversidade e educação ambiental fazem parte da rotina institucional da empresa, que mantém vastas áreas preservadas em seu entorno.

Para assegurar que os números continuem relevantes nas próximas décadas, a empresa iniciou, em 2022, o Plano de Atualização Tecnológica (PAT), considerado o maior da história da usina. Com investimento já contratado de US$ 670 milhões e previsão de 14 anos de execução, o projeto prevê a substituição de todos os cabos de força e controle, modernização de sistemas centrais, unidades geradoras, subestações e o vertedouro.

Entre as principais mudanças previstas estão a renovação da Subestação da Margem Direita, responsável por conectar a usina ao sistema paraguaio e à rede de corrente contínua da estatal brasileira Furnas, responsável por levar a energia até centros consumidores no Sudeste.

Itaipu entra na quinta década de operação como símbolo de produtividade e de adaptação tecnológica, segurança energética e cooperação internacional.

  • Da redação com Itaipu
  • Foto: acervo pessoal

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