Centenário da Coluna Prestes inspira ação acadêmica e cultural na UNILA

Estudantes da UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) realizaram uma visita ao Memorial da Coluna Prestes, em Santa Helena (PR), como parte das atividades comemorativas do centenário da marcha revolucionária, que será celebrado em 2025. A visita contou com a presença do cineasta Luís Carlos Prestes Filho, filho do líder revolucionário Luís Carlos Prestes, e reuniu alunos brasileiros, colombianos, cubanos, haitianos, hondurenhos e paraguaios.

A ação faz parte de um conjunto de iniciativas acadêmicas e culturais organizadas pela UNILA para refletir sobre o legado da Coluna Prestes. Entre as propostas estão seminários internacionais, publicações acadêmicas e atividades culturais que buscam ampliar o conhecimento sobre o movimento e sua relevância para a história do Brasil e da América Latina.

Segundo o professor José Renato Vieira Martins, idealizador da proposta, a iniciativa busca ir além da academia, integrando a comunidade local e regional nesse processo de resgate histórico. “A Coluna Prestes é um marco que dialoga com a luta pela democracia e justiça social, não só no Brasil, mas em toda a América Latina”, afirmou.

 

O Memorial e seu simbolismo histórico

O Memorial da Coluna Prestes, inaugurado em 1996, foi projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, amigo de Luís Carlos Prestes. Com 25 metros de altura, a estrutura simboliza os 25 mil quilômetros percorridos pela Coluna entre 1924 e 1927. O movimento, liderado pelo “Cavaleiro da Esperança”, atravessou 13 estados brasileiros e foi uma das principais expressões do tenentismo, defendendo causas como reforma agrária, educação pública e voto secreto.

“Estar aqui, neste memorial, é um momento de reafirmação da importância da memória histórica e da persistência na luta por um Brasil mais justo”, destacou Luís Carlos Prestes Filho durante a visita.

 

Integração e memória regional

A passagem da Coluna Prestes pelo Oeste do Paraná reforça a conexão histórica da região com o movimento. Em Foz do Iguaçu, tropas vindas de São Paulo uniram-se às forças de Prestes, marcando um momento estratégico da marcha. Henrique Buriti, estudante de Relações Internacionais, destacou: “Muitas pessoas não sabem que a Coluna passou por aqui. Resgatar essa memória é essencial para nossa identidade regional.”

O memorial, situado às margens da PR-488, entre Santa Helena e Diamante D’Oeste, mantém viva a história de um dos maiores movimentos político-militares do país, simbolizando a resistência contra a República Velha e o compromisso com a justiça social.

 

  • Da redação com UNILA / Fotos: Unila

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