Superlotação é resultado das internações da microrregião, diz Hospital Municipal de Foz

Com taxa de ocupação hospitalar que chegou a 116% nesta semama, o Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL), em Foz do Iguaçu, anunciou restrições temporárias no acolhimento de novos pacientes graves via regulação estadual. O cenário de superlotação é atribuído ao aumento de internações vindas da microrregião da 9ª Regional de Saúde, além de turistas e pacientes do Paraguai e da Argentina.

A situação foi detalhada em um comunicado interno da unidade, classificado como um procedimento técnico do Sistema Único de Saúde (SUS), dentro da Rede de Atenção às Urgências e Emergências do Paraná. “Trata-se de um informe técnico que visa comunicar, de forma transparente, a indisponibilidade temporária de leitos em situações de sobrecarga, com o objetivo de preservar a assistência segura aos pacientes já internados e garantir condições adequadas de trabalho às equipes de saúde”, informou a direção do hospital, em nota ao jornal GDia.

No auge da ocupação, o hospital contabilizava 236 pacientes internados, sendo que 40 leitos de UTIs disponíveis estavam completamente ocupados. Em paralelo, outras 37 pessoas aguardavam vaga nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Foz do Iguaçu, aguardando transferência para o HMPGL.

A direção da unidade explica que a demanda é flutuante, mas destaca que esses números não são inéditos. No mesmo período de 2024, a taxa de ocupação hospitalar já havia alcançado 121%. O relatório atual foi elaborado pelo Núcleo Interno de Regulação do hospital, responsável pelo monitoramento da ocupação em tempo real.

Além dos moradores de Foz, o HMPGL atende pacientes de oito municípios da microrregião: Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia, Ramilândia, Itaipulândia e Missal. Também é comum o atendimento a brasileiros que vivem no Paraguai e Argentina, além de turistas em passagem pela Tríplice Fronteira.

Apesar da gravidade da situação, o hospital informa que já há sinais de estabilização. “Atualmente (ontem as 12h), o cenário já apresenta melhora, com a taxa reduzida para cerca de 108%, permitindo o restabelecimento gradual do fluxo de pacientes regulados pela macrorregião”, diz o comunicado.

A unidade reforça que, enquanto a situação não for completamente normalizada, está promovendo ajustes internos para ampliar sua capacidade assistencial. Ao mesmo tempo, solicitou à regulação estadual que novos pacientes só sejam encaminhados após a diminuição da sobrecarga.

O Hospital Municipal Padre Germano Lauck é referência em urgência e emergência na região e atende exclusivamente pelo SUS. A superlotação tem obrigado a acomodação de pacientes em leitos improvisados, incluindo casos vindos do pronto-socorro, da UTI e do centro cirúrgico.

 

  • Da Redação
  • Foto: Roger Meireles

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