Operação Ágata Sul é encerrada com “prejuízo” de mais de R$ 38 milhões ao crime organizado

O Exército Brasileiro encerrou no último final de semana a Operação Ágata Sul, contabilizando um “prejuízo” de mais de R$ 38 milhões ao crime organizado. Ao todo, foram 15 dias de trabalho, com mobilização de aproximadamente quatro mil militares e abordagens em todas as áreas de fronteira do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Coordenada pelo Ministério da Defesa, a operação resultou na apreensão de 8,6 toneladas de entorpecentes, 68,3 toneladas de produtos agropecuários e de pesca ilegal, 12 veículos e oito embarcações. Um total de 24 pessoas foram presas por crimes diversos.

Em Foz do Iguaçu e região as ações foram realizadas pelo 34° Batalhão de Infantaria Mecanizado, com apoio da Marinha e das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, além da Força Nacional, Receita Federal e outros órgãos. Bloqueios foram montados nas aduanas das pontes da Amizade e Tancredo Neves, além da BR-277.

Grandes cargas de maconha, cigarros e outros produtos foram retirados de circulação no Oeste. Não há um valor exato das apreensões na região porque, segundo o Exército, os números foram contabilizados em conjunto nos três estados onde a operação ocorreu.

Um dos focos da operação foram os portos clandestinos, frequentemente usados por criminosos para a passagem, armazenamento e transporte de produtos lícitos e ilícitos do Paraguai e Argentina para o Brasil, com destaque para maconha, cigarros, vinhos e eletrônicos.

Frente a isso, a Operação Ágata contou de forma inédita neste ano com a participação simultânea das Forças Armadas do Paraguai (onde a operação levou o nome de Basalto) e Uruguai, fortalecendo a integração entre os países e garantindo a eficiência do trabalho.

“O importante foi a mistura de uniformes. Em 15 dias de operação conjunta, combatemos ilícitos transfronteiriços e ambientais em toda a faixa de fronteira terrestre e marítima da Região Sul”, destacou o comandante do Comando Conjunto da Operação, General de Exército Hertz Pires do Nascimento.

No Paraguai, em ações realizadas entre os departamentos de Amambay e Concepción, foram destruídos 114 hectares de plantações de maconha (totalizando mais de 300 toneladas), 43 acampamentos usados para prensagem e separação da droga e 17 mil quilos da erva pronta para exportação.

Em termos financeiros, a operação resultou em um prejuízo de cerca de 10,7 milhões de dólares ao narcotráfico. “Espera-se que este tipo de aliança se torne cada vez mais frequente, de forma a aumentar a dinâmica de trabalho das forças nacionais em resposta à ameaça constante do crime organizado em áreas maioritariamente de cultivos ilícitos”, ressaltou a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que comandou as atividades no país vizinho.

 

Integração

A Operação Ágata integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) do Governo Federal, criado para prevenir e reprimir a ação de criminosos na divisa do Brasil com dez países sul-americanos. Além da Defesa, a Ágata envolve a participação de 12 ministérios e 20 agências governamentais.

 

  • Da redação / Foto: divulgação Exército

 

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