Mesmo com investimentos, Foz registra retração de 12,7% na geração de empregos
Contrariando os múltiplos investimentos, com promessa da expansão de empregos em Foz do Iguaçu, a oferta de vagas formais sofreu uma retração de 12,7% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2024.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na tarde de segunda-feira (4), pelo Ministério do Trabalho, revelam que a Terra das Cataratas concretizou os seis primeiros meses de 2025 com um saldo de 1.677 contratos com carteira assinada. No ano passado, o intervalo contabilizou 1.922 postos.
O montante atual é fruto de 23.164 contratações, frente a 21.487 demissões. De todos os novos contratados, a maioria corresponde a jovens entre 18 e 24 anos. Ao todo, foram 911 pessoas efetivadas para novas vagas de trabalho nesta faixa etária, o que corresponde a 54,3% de todo o saldo de contratações em Foz.
Há destaque também para os aprendizes e estagiários até 17 anos. Nesta categoria o saldo é de 531 contratados. Na divisão geral por gêneros, as mulheres se destacam por pequena porcentagem. No saldo, 886 dos efetivados são do sexo feminino, enquanto 791 são homens.
Quanto aos setores, a prestação de serviços é o que detém o maior número de empregados, com referência nos departamentos de administração, defesa, educação, saúde, alojamento, alimentação e outros. Nestes segmentos estão contidas as escolas, rede hoteleira, bares, supermercados e outros. No acumulado do semestre, o setor acumula 908 contratações.
Em segundo lugar está o setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, que foi responsável por 662 efetivações neste ano. A terceira colocação, bem mais retraída, é ocupada pela indústria, que contratou 64 pessoas. No quarto lugar, com grande queda em comparação a períodos anteriores, a construção civil soma apenas 52 empregados.
Análise dos meses
No comparativo dos meses, Foz começou o ano no negativo, com o encerramento de 206 contratos em janeiro. Em fevereiro, a cidade reagiu com destaque no setor hoteleiro e alimentício, especialmente no ramo de supermercados. Foram contabilizados 895 empregos no intervalo, sendo a maioria nestes dois departamentos.
A evolução, entretanto, não se sustentou. Em março, houve uma regressão e a fronteira teve saldo de 186 vagas, voltando a reagir em abril um pouco em abril, com 365 empregos criados. Em maio foram abertos 233 postos formais e em junho, último mês analisado, foram 204 contratações.
Estrutura de empregos no Paraná
No inverso de Foz, em nível de estado a situação é mais positiva. O Paraná registrou no primeiro semestre o terceiro melhor saldo do país, com 94,2 mil vagas abertas no período.
Nos seis primeiros meses deste ano no Paraná, o setor de serviços foi o que mais contratou, com 50.434 novos postos de trabalho gerados. Com 21.610 vagas, a indústria teve o segundo melhor resultado, seguida pelo comércio (10.902 vagas), a construção civil (9.034) e a agropecuária (2.219).
Na análise dos municípios, Curitiba obteve com melhor saldo entre contratações e desligamentos em 2025 até agora, com 24.540 novas vagas. Londrina, com 6.656 postos de trabalho, Cascavel (4.081), Maringá (3.929) e São José dos Pinhais (3.783) completam o ranking das cinco cidades com melhores resultados no Paraná.
No total, 327 dos 399 municípios tiveram saldo positivo de empregos no 1º semestre de 2025, o equivalente a quase 82% das localidades do Estado.
Caged nacional
O Brasil abriu 1,22 milhão de vagas de emprego formal no primeiro semestre. O saldo do acumulado de janeiro a junho é decorrente de 13.903.526 de contratações e 12.680.935 de demissões.
Em relação ao mesmo período de 2024, quando criou 1,31 milhão de novas vagas, o número do semestre representa um recuo de 6,8%. Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com destaque para os setores de serviços, comércio e indústria.
- Da redação
- Foto:PMFI