Mais da metade dos iguaçuenses se declara católica; evangélicos representam 29,4%
O perfil religioso em Foz do Iguaçu, assim como a pluralidade cultural, é bastante vasto. Contudo, o catolicismo apostólico romano ainda predomina entre os moradores, representando 51,7% das crenças (pouco mais de 127,8 mil pessoas). Os dados são Censo de 2022, divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora ainda seja bastante expressivo, o número de católicos na fronteira sofreu uma queda de pouco mais de 11% em relação ao Censo de 2010, quando quase 60% da população declarou professar esta fé.
Em segundo lugar, destacam-se os membros de igrejas evangélicas, em suas múltiplas vertentes, que representam atualmente 29,4% dos iguaçuenses (cerca de 72,7 mil moradores). Religiões de base espírita somam 1,4%, já as de matriz africana, como Candomblé, Quimbanda e Umbanda, são minoria, com apenas 0,9%.
Foz possui ainda membros do Islamismo, Budismo, Wicca, Seicho No Ie, Igreja Messiânica, Luciferianismo, dentre outras práticas. Juntas essas religiões somam pouco mais de 17 mil pessoas, representando 6,9% da população. Por sua vez, o grupo dos agnósticos, ateus e espiritualistas sem religião definida soma 21,3 mil pessoas (8,6%).
Na análise estadual, o Paraná também mantém o catolicismo como religião predominante. O número de católicos chega a 6,3 milhões de pessoas, o equivalente a 63% da população com 10 anos ou mais. O número de evangélicos representa 2,6 milhões de fiéis (26,1%).
Entre os segmentos religiosos menos expressivos, o Censo registrou 104 mil espíritas (1% da população paranaense), número próximo ao levantamento de 2010. Já os adeptos das religiões de matriz africana passaram de 7,6 mil para 58,5 mil. As demais crenças somaram 319 mil pessoas (3,2%), incluindo 3,6 mil indivíduos que se identificam com tradições indígenas.
A cada cinco brasileiros, um é evangélico
A proporção de brasileiros que se declaram católicos caiu e chegou ao menor nível já registrado desde 1872 segundo o IBGE. Apesar da queda, o catolicismo segue sendo a maior religião no país, com 56,7% da população.
No cenário, o percentual de evangélicos no Brasil bateu recorde e chegou a 26,9% da população, revelaram dados do Censo 2022. No Censo de 2010, 21,6% dos brasileiros (1 a cada 5) se declaravam evangélicos, o que mostra um aumento de 5,2 pontos percentuais.
Quando se olha por faixa etária, o percentual de evangélicos sobe entre os mais jovens. Entre os brasileiros de 10 a 14 anos, 31,6% se declaram evangélicos. Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, são 28,9%.
Além dos católicos, também caiu a parcela daqueles que seguem o espiritismo no país: de 2,2% em 2010 para 1,8% em 2022. Em contrapartida, a parcela de seguidores da umbanda e do candomblé triplicou no mesmo período, de 0,3% para 1%.
Intolerância
Um país laico (sem religião oficial), mas que ao invés de abraçar e mostrar exemplo das pluralidade religiosa, exclui e carrega violência. Segundo dados do canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Disque 100, o Brasil registrou 3.853 violações motivadas por intolerância religiosa em 2024, um aumento de mais de 80% em relação a 2023, que teve 2.128 casos.
- Da redação
- Foto: divulgação