Itaipu muda foco de investimentos em ações e projetos e vira alvo da imprensa militante

A nova gestão da Itaipu Binacional, que mudou o foco para investimentos em ações e projetos de grande alcance econômico e social para todos os municípios do Paraná  chamou a atenção da imprensa militante, que usa manipulações com a intenção mais de desinformar a população. Desde que retornou à Presidência da República no início de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou à empresa, que acabou este ano do pagamento de sua dívida histórica, apoiasse mais iniciativas sociais. A missão vem sendo conduzida cumprida pelo diretor-geral brasileiro, o economista Enio Verri.

Entre as novas diretivas da Itaipu está o fim do apoio financeiro a eventos criados e realizados apenas para atender aos interesses dos grandes conglomerados de comunicação. Em uma manchete veiculada esta semana, um dos maiores jornais do país deu demonstração de que não age à altura da responsabilidade que sua dimensão acarreta, ao afirmar que a Itaipu foi colocada para “fazer política para o PT”.

“Se o faz em busca de mais audiência e anúncios ou por ideologia política colocada à frente da missão de praticar bom jornalismo, não se sabe”, alertou em editorial o portal Diário do Centro do Mundo. Que ressaltou: “Mas fato é que uma reportagem com título e manchete mentirosos como a que foi colocada nesta quinta em seus veículos não pode ser explicada por mera incompetência. Com este benefício da dúvida a empresa não poderá contar”.

 

“Distorção”

O “gancho jornalístico” encontrado pelo grupo foi relacionado ao fato de no dia 11 de agosto, o governo federal ter lançado o programa “Itaipu Mais Energia”. Por meio dele, a empresa estatal passou a participar do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado na mesma data. Assim, desde então, a empresa passou a ajudar a compor os investimentos de R$ 104,2 bilhões previstos para o PAC no Estado do Paraná (em todo o país, o programa prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão nos próximos quatro anos).

A decisão governamental faz todo sentido dentro da lógica de crescimento sustentável social e ambientalmente que o governo federal busca imprimir ao país, segundo já reiterou diversas vezes o presidente Lula desde que tomou posse. Então, o programa “Itaipu Mais que Energia” prevê um repasse total de R$ 931,5 milhões aos municípios paranaenses em projetos que devem fazer parte de, pelo menos, um dos quatro eixos de atuação do PAC: Manejo de Água e Solo; Saneamento Ambiental; Energia Renovável e Obras Sociais, Comunitárias e de Infraestrutura.

 

Energia e desenvolvimento

A presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), explica o que motivou o governo a incluir a estatal binacional em seu programa de aceleração do crescimento. “Foi uma decisão do governo federal estender as ações da Itaipu para todo o estado”, revela. Quando a empresa  foi criada, para gerar energia, segundo ela, tinha uma missão, utilização dos recursos hídricos do Rio Paraná, até a foz do Rio Iguaçu, para o aproveitamento hidrelétrico.

“Isso vigorou até 2003 e  ela não fazia nenhum investimento, a não ser na geração de energia”, lembrou Gleisi. Quando o presidente Lula assumiu o primeiro mandato, em 2003, “deu uma orientação para que a gente mudasse a missão de Itaipu, que passou a ser, a partir de 2003, gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável do Brasil e do Paraguai, além de garantir a segurança hídrica”.

 

Transparência

O repasse bilionário que a estatal poderá realizar a partir de agora não contém, por óbvio, qualquer ilegalidade, mostra a diferença entre uma empresa pública e uma empresa privada. “É que a primeira pode direcionar parte de seus lucros para políticas públicas! Enquanto isso, o lucro das empresas privadas não têm outro destino que não seja o bolso de seus proprietários”, lembrou o Diário do Centro do Mundo.

O investimento da Itaipu em obras de interesse público só foi possível porque o governo Lula decidiu que, agora que foi finalmente encerrada a dívida adquirida pelos militares para construir a usina, que onerava mensalmente os cofres da estatal desde sua fundação (em 1975, quando tiveram inícios as obras, concluídas em 1982), o dinheiro sobressalente vai ser canalizado para obras de interesse social.

A AMP (Associação dos Municípios do Paraná) foi uma das organizações que mais comemorou a decisão. No Sul do Brasil, região de abrangência da usina, a maioria dos prefeitos eleitos são de partidos com discurso liberar e ferrenhos opositores do PT. Eles esqueceram seus posicionamentos e felicitaram a medida, visto que boa parte desses recursos ficará à disposição das administrações municipais que apresentarem projetos dentro de um dos eixos do PAC para Manejo de Água e Solo; Saneamento Ambiental; Energia Renovável e Obras Sociais, Comunitárias e de Infraestrutura.

  • Da Redação / Foto: Kiko Sierich/PTI

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