General Silva e Luna promete união e governo técnico em Foz do Iguaçu

O general Joaquim Silva e Luna (PL) e Ricardinho (PSB) foram eleitos prefeito e vice-prefeito de Foz do Iguaçu neste domingo (6), vencendo a disputa no primeiro turno com 50,14% dos votos válidos. O resultado assegurou a Silva e Luna 73.522 votos, garantindo sua vitória sobre o segundo colocado, Paulo Mac Donald Ghisi (PP), que obteve 32,58% dos votos. A eleição de Silva e Luna marca o início de seu primeiro mandato à frente da prefeitura, com o apoio do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em seu primeiro discurso como prefeito eleito, Silva e Luna destacou a importância da união entre partidos e lideranças para trabalhar em prol da cidade. “É hora de a gente se reunir e somar esforços. Todos por uma mesma Foz”, declarou. Ele afirmou que seu governo será baseado em critérios técnicos para a escolha de secretários e que o foco inicial será agradecer à população pela confiança.

Logo após o anúncio oficial da vitória, Silva e Luna foi ao comitê de campanha, onde foi recebido por apoiadores na Avenida das Cataratas. Silva e Luna destacou a parceria com as lideranças e o compromisso de trabalhar em conjunto pelo desenvolvimento da cidade.

O novo prefeito também refletiu sobre a campanha, afirmando que a vitória foi resultado de um processo de aprendizado constante. “Eu tenho humildade para reconhecer que isso é um aprendizado. Vivemos em uma curva de aprendizado, e fomos aprendendo aos poucos com cada acerto e erro”, afirmou.

Silva e Luna enfrentou seis outros candidatos na disputa pela prefeitura. Além de Paulo Mac Donald, que ficou em segundo lugar com 47.775 votos, Airton José (PSB) conquistou a terceira posição com 11,03% dos votos (16.166 votos), seguido por Sâmis da Silva (PSDB), Zé Elias (União Brasil), Jurandir de Moura Latinha (Rede) e Sérgio Caimi (PMB), que tiveram desempenhos mais modestos.

 

Além da eleição para prefeito, o pleito também definiu os 15 vereadores que comporão a Câmara Municipal pelos próximos quatro anos. O PL, partido de Silva e Luna, foi o grande vencedor, conquistando cinco cadeiras. Os vereadores mais votados foram Adriano Rorato (PL), Paulo Debrito (PL) e Bosco Foz (PL). A eleição também registrou uma renovação significativa, com apenas quatro vereadores reeleitos.

Apesar da vitória expressiva de Silva e Luna, o pleito foi marcado por um alto índice de abstenção. Mais de 50 mil eleitores, cerca de 24,5% dos cadastrados, não compareceram às urnas. Esse número é superior ao das eleições de 2020, quando a abstenção foi de 23%. Além disso, quase 10 mil eleitores votaram em branco ou nulo, somando 7.678 votos para prefeito e 9.389 para vereador.

Silva e Luna, que é general da reserva do Exército e já foi ministro da Defesa e presidente da Petrobras, agora assume a responsabilidade de governar Foz do Iguaçu para o mandato de 2025 a 2028. Ele declarou que seu foco será a administração técnica e eficiente, em busca de uma gestão que atenda às expectativas da população e que entregue resultados concretos para o desenvolvimento da cidade.

Votos para prefeito em Foz do Iguaçu:

50,14% – General Silva e Luna (PL) – ELEITO
32,58% – Paulo Mac Donald (PP)
11,03% – Airton José (PSB)
4,68% – Samis da Silva (PSDB)
1,23% – Zé Elias (União)
0,19% – Jurandir de Moura Latinha (Rede)
0,15% – Sergio Caimi (PMB)

Votos válidos: 146.620.
Votos nulos: 3.956 (2,56%).
Votos em branco: 3.722 (2,41%).

 

 

A seguir, confira a entrevista exclusiva com o prefeito eleito general Silva e Luna:

 GDia -O senhor, que iniciou a caminhada com a proposta de ser um CEO, para inovar o jeito de fazer política e administrar uma cidade, foi aprovado no processo de seleção. Como iniciará o seu projeto na condição de “prefeito eleito”?

 Silva e Luna: Assumir o papel de prefeito eleito é a continuidade natural do trabalho árduo que fizemos até aqui. Desde o início, me propus a ser um gestor, com uma visão clara de governança eficiente e orientada para resultados. Iniciaremos a gestão com um diagnóstico preciso da realidade do município e, já nos primeiros dias, adotaremos medidas de austeridade para reforçar o caixa do município. Além disso, projetos estruturantes, como a construção do Centro Cívico e os investimentos em educação e saúde para extinguir as filas, serão imediatamente colocados em prática. Nossa missão é trazer soluções que realmente transformem Foz do Iguaçu, com planejamento, recursos e inovação.

 

GDia – O senhor já vinha tomando pé da situação da prefeitura? Como deverá iniciar a transição? Terá as portas abertas para aproveitar os três meses pela frente?

 Silva e Luna: Desde o início da campanha, mantive um olhar atento à situação do município, buscando entender os principais desafios enfrentados pela atual administração. A transição será iniciada assim que as formalidades forem cumpridas, e espero contar com o apoio da gestão atual para garantir um processo fluido e transparente. Acredito que, com diálogo, cooperação, evidências, dados e fatos, poderemos aproveitar os próximos meses para estruturar de forma organizada as prioridades do governo, assegurando que, em janeiro, possamos já estar com o pé no acelerador, prontos para entregar resultados rápidos e eficientes à população de Foz do Iguaçu.

 

GDia – Passado o clamor eleitoral, o senhor acredita que a coalizão é um caminho para remover as dificuldades? Como pretende fazer isso?

 Silva e Luna: Acredito que o caminho para uma administração de sucesso passa pela união de forças. A coalizão, desde que seja feita com base em valores e princípios sólidos, pode sim ser uma ferramenta para superar dificuldades. A gestão pública exige, acima de tudo, compromisso com a população. Por isso, buscarei diálogo constante com todos os segmentos políticos e sociais, sempre com foco no que é melhor para a cidade. Acredito que uma gestão transparente e participativa será fundamental para superar os desafios de Foz, e estarei sempre disposto a ouvir e dialogar com todos que queiram somar.

 

GDia – Como o senhor se prepara para conciliar e conversar com órgãos importantes no governo federal e Itaipu, que possuem compromissos com a cidade?

 Silva e Luna: Minha experiência como gestor de uma instituição como Itaipu me deu uma visão clara da importância de manter uma boa relação com os órgãos federais e entidades estratégicas. Itaipu, por exemplo, é um parceiro fundamental para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu. Pretendo manter um diálogo próximo e constante com esses órgãos, garantindo que seus compromissos com a cidade sejam ampliados e cumpridos. Estarei preparado para buscar soluções conjuntas, construídas pelo consenso, para viabilizar projetos que impulsionem o desenvolvimento econômico, a infraestrutura e o bem-estar da população de Foz.

 

GDia – O senhor conta com o apoio do Governo do Estado e com o governador Ratinho. Quais são as pautas mais emergentes que devem estar em foco?

 Silva e Luna: A relação com o governo do Estado, especialmente com o governador Ratinho, sempre foi pautada pela colaboração e respeito mútuo. Entre as pautas emergentes que devem estar em foco, destaco a segurança pública, com investimentos na Polícia Militar e Guarda Municipal, e em tecnologias de monitoramento. Também destaco a ampliação de programas de saúde, como o mutirão de cirurgias eletivas, e a construção de novos equipamentos educacionais, como os 10 CMEIs. Além disso, trabalharemos na revitalização da infraestrutura viária, com destaque para o grande trevo do Charrua. Estamos alinhados e, juntos, vamos trabalhar para garantir que as demandas de Foz sejam atendidas com celeridade e eficiência.

 

GDia – O senhor pretende aumentar os impostos para financiar os novos projetos de infraestrutura?

 Silva e Luna: Não, a proposta do nosso governo não passa pelo aumento de impostos. Acredito que é possível fazer mais com o que já temos, utilizando os recursos de forma eficiente e austera. Economizaremos muito com as medidas de austeridade que adotaremos, e poderemos investir em projetos prioritários sem sobrecarregar o cidadão. Nossa gestão será marcada pelo compromisso com a eficiência e pela busca constante de parcerias e fontes alternativas de financiamento, sem que isso signifique aumentar a carga tributária sobre a população.

 

GDia – Como o senhor vê o papel do turismo no desenvolvimento econômico de Foz do Iguaçu?

 Silva e Luna: O turismo é uma das principais fontes de desenvolvimento econômico de Foz do Iguaçu, e tem um potencial ainda maior a ser explorado. Pretendo trabalhar em parceria com o setor privado para criar condições que atraiam mais turistas para nossa cidade, investindo em infraestrutura, segurança e em eventos que coloquem Foz no calendário nacional e internacional. O fortalecimento da nossa rede hoteleira, gastronômica e de serviços será uma prioridade, e buscaremos aumentar o tempo de permanência dos turistas, oferecendo novas atrações e melhorando a experiência daqueles que nos visitam.

 

GDia – Em relação à mobilidade urbana, quais serão as suas prioridades?

 Silva e Luna: A mobilidade urbana é um dos grandes desafios de Foz do Iguaçu, e temos propostas concretas para resolver esse problema. Entre as principais ações estão a construção do grande trevo do Charrua, a construção de mais TTUs e a implementação de um sistema de transporte mais eficiente e acessível. Também estamos focados em melhorar a infraestrutura viária, com obras de revitalização e pavimentação, além de buscar alternativas tecnológicas que facilitem o deslocamento das pessoas, como a ampliação de ciclovias e a integração dos diversos modais de transporte. Nosso objetivo é garantir uma cidade mais acessível e conectada para todos.

 

GDia – Qual será o papel da educação na sua gestão e quais são as prioridades na área?

 Silva e Luna: A educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento de qualquer cidade, e em Foz do Iguaçu não será diferente. Vamos construir 10 novos CMEIs para atender à demanda por vagas na educação infantil e ampliar o acesso à educação de qualidade, com investimentos em tecnologia. Também vamos investir na qualificação dos profissionais da área, garantindo que nossos professores e servidores tenham condições de oferecer o melhor ensino para nossas crianças e jovens. A construção de um Instituto Municipal de Planejamento também será uma prioridade, para que possamos desenvolver uma política educacional de excelência.

Da redação /Foto: divulgação

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