Eleição de 2024 em Foz deve reunir ex-prefeitos na sucessão de Chico Brasileiro
A 18 meses para as eleições municipais de outubro de 2024, Foz do Iguaçu já conta com pelo menos 14 pré-candidatos à sucessão do prefeito Chico Brasileiro (PSD). As articulações já envolvem nomes de ex-prefeitos, ex-vice-prefeitos, deputados e políticos de menor catadura, empresários, militares da reserva, líderes sindicais e comunicadores. Eles poderão integrar as frentes partidárias, federações e coligações.
Em 2024, Foz do Iguaçu pode ter pela primeira vez uma eleição em dois turnos. Isso porque, a cidade caminha para mais de 200 mil eleitores cadastrados no Tribunal Regional Eleitoral. No ano passado, 196.158 eleitores estavam aptos a votar para presidente, governador, senador e deputados federal e estadual. Os eleitores aumentaram 7,1% no comparativo aos 183 mil títulos de 2020. Foz se somará a Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel com possibilidade de segundo turno.
As articulações do grupo atual no governo municipal podem resultar em uma grande frente partidária envolvendo até nove legendas. As especulações giram em torno de PSD, MDB, PT, PCdoB, PSB, PSDB, PDT, Rede e PV.
O grupo poderá optar pelos pré-candiatos: secretário de Administração Nilton Bobato (MDB), vereador Ney Patrício (PSD), o ex-prefeito Sâmis da Silva (PSDB), o ex-vereador Dilto Vitorassi (PT) e o jornalista e apresentador Luciano Alves (PSD), entre outros. Bobato já foi vereador em duas legislaturas e vice-prefeito no primeiro mandato de Chico Brasileiro. Patrício está no segundo mandato na Câmara Municipal. Sâmis, além de vereador, já exerceu mandato como deputado estadual e foi prefeito de 2001 a 2004. Vitorassi já exerceu mandato como vereador, vice-prefeito e deputado federal. Luciano Alves foi o candidato a deputado federal com a maior votação na cidade em 2022.
Centro-direita
Uma ala mais ligada à centro-direita poderá reunir ao menos três legendas. União Brasil, PL e PP abriram conversas sobre uma possível aliança para 2024. Os pré-candidatos mais cotados para liderar a coligação são o deputado estadual Matheus Vermelho (União Brasil) e a vereadora Carol Dedonatti (PP). Dedonatti está no primeiro mandato e Matheus assume sua vaga em 1º de fevereiro na Assembleia Legislativa.
O ex-vereador Sérgio Beltrame (PL), que já foi candidato a prefeito em 2000, também tem inserção no grupo. O partido do presidente Jair Bolsonaro também conversa com o jornalista Airton José, ex-secretário de Turismo e chefe de gabinete de Sâmis da Silva.
Direita
O terceiro grupo que tem o Podemos, Republicanos, Pros, Avante e o Patriota pode formar uma frente da chamada direita. Os pré-candidatos são o ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (Podemos), o empresário Ranieri Marchiori (Avante), o atual deputado estadual Soldado Fruet (Pros) e os advogados Cássio Lobato (Patriota) e Sidnei Prestes (Republicanos).
Mac Donald já foi vereador, vice-prefeito e prefeito de 2005 a 2012. Em 2016 ele venceu a eleição, mas foi impedido de assumir por estar inelegível. Ranieri, Lobato e Prestes já participaram de vários pleitos para prefeito, deputado e vereador, porém não obtiveram sucesso nas urnas. Já o deputado Soldado Fruet deixa a ALEP no dia 31 e deve busca novo posicionamento político nas próximas eleições.
“É uma eleição aberta, sem favoritismo e vai depender muito das composições entre as forças políticas municipais, estaduais e nacionais e o desempenho dos governos nessas três esferas devem nortear as condições de disputa de cada candidato”, disse um analista político que conversou com GDia.
Da Redação