Comércio alimentício e reparação de veículos dominam a geração de empregos na fronteira
O crescimento expressivo nos empreendimentos ligados ao comércio alimentício e reparação de veículos vem dominando a geração de empregos em Foz do Iguaçu nos últimos meses. Em abril, por exemplo, a cidade contabilizou a abertura de 421 novas vagas, sendo a maioria concentrada nestas duas áreas.
Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nesta semana, apontam que do total de contratações efetuadas no mês passado, mais de 190 ocorreram no setor de serviços, com destaque para o ramo de alojamento (rede hoteleira) e alimentação (supermercados).
Outras 200 contrações foram registradas no setor de venda e reparação de veículos automotores e motocicletas, que surpreendeu ocupando a primeira colocação dentre os cinco grandes setores monitorados pelo MTE através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No último levantamento, também chamou a atenção o setor de indústria geral, tendo sido responsável pela oferta de 44 oportunidades diretas. Este segmento não costuma ter grande demanda em Foz, visto que a economia local não tem este ramo como foco.
Por outro lado, a construção civil, que vinha mostrando bom desemprenho desde janeiro, perdeu em abril 16 postos formais. No acumulado do ano a Terra das Cataratas registra um saldo de 1.297 empregos, fruto de 15,9 mil contratações, frente a 14,6 mil desligamentos. O estoque atual é de 69,6 mil empregados.
No Paraná, quase 80 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada foram criadas entre janeiro e abril de 2025. Todos os setores apresentam saldo positivo de vagas, com as empresas ligadas a prestação de serviços liderando a abertura de empregos, com mais de 41 mil vagas criadas.
No Brasil, são 922 mil novos postos de trabalho formais abertos no acumulado de 2025, sendo 257 mil destes em abril. O setor que mais contratou no ano no país foi o de serviços, com a criação de 504 mil vagas, seguido pela indústria (190 mil), construção civil (135 mil), agropecuária (55 mil) e comércio (36 mil).
Os salários tiveram crescimento, com o valor médio real de admissão chegando a R$ 2.251,81 em abril, aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em comparação com o valor de março (R$ 2.235,85). Se comparado com o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi de R$ 6,62 (+0,28%).
Evolução mensal
No comparativo dos meses, Foz registrou em janeiro o encerramento de 206 contratos. A ação também ocorreu em outras cidades do Paraná, sendo considerada comum em inícios de ano, devido ao fechamento de vagas temporárias, abertas apenas para as movimentações de Natal e Ano Novo.
Em fevereiro, a cidade reagiu com destaque no setor hoteleiro e alimentício, especialmente no ramo de supermercados. Foram contabilizados 896 empregos no intervalo, sendo a maioria nestes dois departamentos.
Em março, houve uma regressão e a fronteira teve saldo de 186 vagas, voltando a reagir em abril, último mês analisado. A expectativa é de que haja maiores avanços nos próximos meses, com a finalização de empreendimentos que ainda estão em construção e devem gerar diversas oportunidades diretas.
O lado mais positivo é que o setor que engloba os supermercados, por exemplo, vem ampliando a oferta de empregos sem necessidade de experiência, além de estender as contratações com carteira assinada também às pessoas com idade acima de 50 anos que buscam recolocação no mercado e estrangeiros que vivem na região da tríplice fronteira.
- Da redação
- Foto: divulgação