Doença Hemolítica Perinatal: como identificar e prevenir enfermidade que pode prejudicar a gravidez

A compatibilidade sanguínea é indispensável não apenas para transfusões, mas também é essencial no período da gravidez. Conhecida como Eritroblastose Fetal, a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) se manifesta quando mãe e bebê possuem sangue incompatíveis. Nesses casos, se faz necessária a adoção de uma série de medidas para evitar complicações que vão desde a anemia até o aborto.

Membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal (SGOB), Ângelo Pereira explica que a doença envolve tanto o feto como o recém-nascido e é caracterizada pela produção de anticorpos do organismo da mãe, de Rh negativo, que luta contra o antígeno D, presente no sangue do filho.

O especialista destaca que em uma primeira gravidez de filho com sangue positivo, não há risco da doença. Isso porque o corpo da mulher vai produzir anticorpos do tipo IgM, que não alcança o bebê.

Ainda na gestação, é possível adotar uma série de medidas. O pré-natalista deve identificar se a mãe é Rh negativo e se o pai tem Rh positivo, para descobrir o perigo de se desenvolver a doença. Devido aos riscos, Ângelo destaca a importância do acompanhamento médico no pré-natal para a prevenção.

Depois do diagnóstico

O primeiro passo, quando se descobre a Doença Hemolítica Perinatal, é agendar consultas médicas com maior periodicidade, para monitorar a saúde do bebê. Nessas consultas, é possível verificar alterações na gestação.

Em casos graves, depois do parto, pode-se realizar a exsanguineotransfusão — método em que se retira todo o sangue do recém-nascido em que está presente os anticorpos da mãe e o substitui por um sangue compatível. O processo tem o objetivo de garantir a correção da anemia e evitar mais complicações.

Nos casos mais leves, os profissionais podem adotar a fototerapia, que controla os níveis de bilirrubina no sangue.

Prevenção

Administração da imunoglobulina anti-Rh ou Anti-D que bloqueia a produção de anticorpos da mãe. A administração deve ocorrer entre a 28ª semana e até em 72 horas após o nascimento do bebê Rh positivo

Sintomas

Anemia intensa;

Pele e mucosas amareladas (icterícia);

Acúmulo de líquido no abdômen (ascite);

Inchaço generalizado (edema);

Aumento do fígado (hepatomegalia);

Aumento do baço (esplenomegalia).

 

Fonte: Ministério da Saúde

Foto: Internet

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *