Vandalismo destruiu 42 pontos de ônibus em Foz do Iguaçu; 12 equipamentos só este ano
As ações de vândalos criminosos em Foz do Iguaçu já resultaram na destruição de 42 pontos de ônibus, um quarto destes casos foi registrado somente nos primeiros dias de 2024, especialmente em áreas de grande movimento de usuários do transporte coletivo. A informação consta de um levantamento do Instituto de Transporte e Trânsito (Foztrans), sobre os ataques aos equipamentos de uso público. A maioria dos alvos está em locais específicos às margens das ruas e avenidas do município.
Os dados compilados pelo Foztrans revelam que, somente este ano, já foram registrados 12 casos de depredação de pontos de ônibus. Os casos ocorreram nas avenidas JK, Felipe Wandscheer, Paraná, Costa e Silva e José Maria de Brito, importantes vias de ligações especialmente para moradores em deslocamento para o local de trabalho ou estudo.
“Serão arrumados primeiro os pontos que estão com as estruturas de ferro danificadas, como aqueles em que os bancos foram arrancados”, informou Fernando Maraninchi, superintendente do Instituto de Trânsito de Foz. O serviço em questão, ainda segundo ele, é feito por uma equipe interna do Foztrans.
Já os pontos que tiveram os vidros quebrados, a princípio está sendo realizada apenas a limpeza do local. “A substituição já está no cronograma de serviços e será feita em breve. Cada vidro custa em torno de R$ 600,00 (um abrigo novo, completo, custa em média R$ 20 mil). Em 2023, mais de 30 pontos foram depredados”, ressalta o comunicado do órgão.
Que ressalta com um apelo: “Caso presencie alguém vandalizando pontos de ônibus, denuncie para a Guarda Municipal, pelo 153”. Na avaliação de Maraninchi, infelizmente casos assim ocorrem por toda a cidade, prejudicando quem realmente precisa, que são os usuários do Transporte Coletivo. Câmeras de segurança podem ajudar a identificar quem praticou o vandalismo. Se alguém perceber atos de vandalizando em pontos de ônibus, pode denunciar, reforçou.
Contexto
Os equipamentos são muito utilizados especialmente em dias de chuva e sol. Os atos de vandalismos provocam a revolta dos usuários, como é o caso de Pedrinho da Silva, que aguardava o ônibus no ponto em frente ao INSS, na Avenida Paraná, após passar por consulta médica nas proximidades, e viu o local cheio de cacos de vidro espalhados. “Isso é muito errado. É coisa de quem não tem o que fazer”, disse ele para o Jornal da Rádio Cultura.
De acordo com o Foztrans, existem dois tipos de ônibus no transporte coletivo, o de metal, na cor verde, é o mais caro e custa em média R$ 20 mil. O amarelo é mais barato, e tem custo médio de R$ 2,5 mil. “Recuperamos (os pontos) com o que temos, compramos madeira do amarelinho e construímos bancos. Os ferros (ferragens) são substituídos por peças de outros desativados”.
“Não tem previsão de compra de novos”, frisou Maraninchi. Os 30 equipamentos danificados no ano passado, daqueles da versão mais cara, uns foram deixados sem vidros, outros foram colocados vidros, outros só os bancos. “Ao roubar, arrancar, os bancos, muitos equipamentos ficam com pontas para fora do suporte dos para sentar e oferecem riscos de acidentes aos usuários”, concluiu.
- Da Redação / Foto: Ely Silva Rádio Cultura