Surto de doenças respiratórias lota Hospital Municipal e Foz registra 14 óbitos em 2025

Um surto de doenças respiratórias provocou a superlotação dos leitos do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, o único que atende 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Foz do Iguaçu. Além dos infectados, um salta no número de acidentes também contribui para este cenário. Em boletim, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde confirmou a morte de 14 pacientes por complicações da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre janeiro e maio deste ano.

A ocupação do Padre Germano está crítica. No sábado (31), chegou a 127% dos leitos hospitalares, com 277 internados para uma capacidade de 218, o que obrigou a direção a suspender a admissão de novos pacientes. O hospital informou em nota que todos os leitos de emergência e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) estavam ocupados, com pacientes sendo atendidos em áreas de circulação.

Enquanto isto, dezenas de outros pacientes aguardam transferência para os leitos de UTI. A unidade de saúde informou que já foram adotadas medidas emergenciais, como revisão de processos e monitoramento contínuo de altas e transferência. No entanto, a admissão de novos pacientes vai permanecer suspensa até a liberação de leitos.

 

Óbitos

O último boletim da Vigilância Epidemiológica, referente aos casos de SRAG em Foz do Iguaçu entre janeiro e maio divulgado na sexta-feira (30), confirmou a morte de 14 pessoas por complicações da doença. De acordo com os dados, o município contabilizou 649 notificações no período. Do total, 269 casos foram classificados como não especificados, após exames laboratoriais darem resultado negativo para os principais agentes etiológicos.

Outros 130 casos seguem em investigação. O boletim aponta ainda 140 casos de SRAG causados por outros vírus respiratórios, 87 por vírus Influenza, 21 relacionados à Covid-19 e 2 casos atribuídos a outros agentes etiológicos não virais. A Vigilância Epidemiológica também informou a ocorrência de 15 óbitos com agente etiológico confirmado. Dez mortes foram causadas pelo vírus Influenza A, acometendo pacientes com idades entre 52 e 102 anos.

Além disso, foi registrado um óbito por Covid-19, de um paciente de 66 anos, e três mortes de crianças e adolescente — com idades de 11 meses, 4 anos e 15 anos — associadas à infecção por Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O informe destaca ainda um óbito em investigação, de uma criança de 3 meses, que apresentou sintomas respiratórios graves.

 

Medidas de prevenção

A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância das medidas preventivas para conter a disseminação de vírus respiratórios, especialmente durante os meses de outono e inverno, quando há maior circulação desses agentes. Entre as principais orientações estão:

– Etiqueta respiratória: cobrir o nariz e a boca com o antebraço ou lenço descartável ao espirrar ou tossir;

– Higienização das mãos: lavar frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel;

– Evitar aglomerações e ambientes fechados ou mal ventilados;

– Uso de máscara: especialmente por pessoas com sintomas respiratórios ou em ambientes de maior risco.

A Secretaria destaca ainda que é fundamental procurar atendimento médico logo nos primeiros sintomas respiratórios para garantir o diagnóstico adequado e o início precoce do tratamento. A automedicação deve ser evitada, pois pode agravar o quadro clínico e dificultar a recuperação.

 

  • Da Redação

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