Prefeito Chico Brasileiro apresenta pautas de economia e gestão em reunião do Codefoz
Pautas consideradas determinantes para o crescimento de Foz do Iguaçu foram apresentadas pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD), ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codefoz), durante reunião plenária realizada nessa quarta-feira, 7. Os temas abordaram a estrutura da economia e a sua diversificação, atração de investimentos e gestão.
A relevância dos assuntos reflete a importância da atuação institucional conjunta entre o governo municipal e a sociedade civil, representada pelo Codefoz. Aos conselheiros, Chico Brasileiro contextualizou o financiamento do Hospital Municipal e a reforma da Previdência, em trâmite, e apresentou em primeira mão uma proposta para somar ao desenvolvimento.
“O Codefoz é este fórum que permite discutir a cidade de forma ampla”, destacou o prefeito. “Fiz questão de trazer alguns pontos que nós entendemos que têm que ser pautados não apenas pela prefeitura. Temos que unir nossas forças para resolver alguns problemas crônicos que terminam por ser ameaças ao desenvolvimento”, frisou Chico Brasileiro.
Após introdução do gestor municipal, coube ao economista da prefeitura José Borges Filho apresentar algumas ações que estão sendo pensadas para diversificar a economia, hoje assentada no setor terciário, de serviços. Ele expôs o Programa Municipal de Incentivos a Empresas de Bases Tecnológicas (Protec) para captar empresas da área de inovação.
“São R$ 75 milhões de investimentos em um polo industrial de base tecnológica para atrair empresas e startups, dando continuidade ao centro de inovação”, pontuou. Isso com uso de lei municipal, estadual e federal de benefícios e incentivos ao investidor. “É uma proposta para discutir amplamente, inaugurando um novo tempo de atuação do Codefoz”, disse Borges.
Forças unidas
Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves enfatizou a representatividade da plenária, que reuniu agentes políticos, sociedade civil organizada, empresários e universidades. “Seguimos discutindo os temas trazidos pelo prefeito e as propostas para a ampliação do plano de desenvolvimento econômico, racionalização do gasto público e atração de investimentos de alto valor agregado”, elencou. “Com propósitos entrelaçados, vamos resolver os problemas e posicionar Foz do Iguaçu no lugar que ela merece”, realçou Fernando.
O presidente da Câmara Ney Patrício (PSD), referendou a união da sociedade e valorizou as várias reflexões surgidas na reunião. “O prefeito foi muito corajoso ao apresentar questões complexas. É importante esse diálogo, porque não se consegue avançar sem poder público e setor privado se juntar”, analisou.
Para o presidente da ACIFI, Danilo Vendruscolo, o papel do conselho é discutir grandes iniciativas, como as que foram apresentadas pela gestão. “O Codefoz foi criado exatamente para debater projetos de Estado, que são permanentes. É um dever da sociedade pensar esses assuntos e apresentar soluções”, salientou.
Vice-reitor da Unila, Luis Evelio Garcia Acevedo colocou a instituição à disposição. “Parabenizo a iniciativa da prefeitura em dar rumo diferenciado para o desenvolvimento e reforço a disponibilidade da universidade de contribuir com as iniciativas que vêm sendo propostas por este conselho.”
PRESENÇAS – Também participaram, entre outros presentes, o vice-presidente e o secretário do Codefoz, almirante Luiz Carlos Vieira e Carlos Silva; secretários municipais do Turismo e Projetos Estratégicos, Lourenço Kurten, e da Segurança Pública, tenente-coronel Marcos Jahnke; diretor-superintendente do PTI-BR, general Eduardo Garrido; presidentes do Conselho Superior da ACIFI, Rodiney Alamini, do Sindilojas, Itacir Mayer, da OAB/Foz, Victor Hugo Nachtygal, do Observatório Social, Jaime Nascimento, do Instituto Polo Iguassu, Faisal Ismail e do Comtur, Yuri Benites; diretor do Sinduscon, Renato Camargo; integrante da Capitania Fluvial em Foz do Iguaçu, Bruno Fernandes de Oliveira; e representante do Núcleo de Empresários da Avenida Brasil, Carlos Bordin.
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Hospital Municipal
O Hospital Municipal Padre Germano Lauck se tornou um modelo, uma referência na formação de profissionais de medicina dos cursos das universidades locais e na abrangência da 9ª Regional de Saúde e também do Paraguai. A estrutura, que atualmente está sob a gestão da Fundação Municipal de Saúde, consome uma grande demanda de recursos do município, destacou o prefeito. “Para janeiro do próximo ano, vamos apresentar um novo modelo de gestão, que não consuma tantos recursos dos cofres da Prefeitura”. Além de recursos municipais, a manutenção conta subsídios do governo estadual e dos repasses do SUS do governo federal, que estão defasados e não incluem pacientes vindos do Paraguai e municípios da região. A intenção é transformar o hospital de municipal para regional e também como um hospital-escola, aumentando o fluxo de entrada de recursos.
Captação de água
Deverá haver mudança na captação de água do rio Tamanduá, que hoje atende aproximadamente 30% das torneiras de Foz do Iguaçu – o restante é captado do Lago de Itaipu. A manutenção da captação de água impede a execução de obras estruturantes próximo às margens do rio e afluentes, como a Perimetral Leste (bancada pela Itaipu) e o futuro porto seco e o braço da Ferroeste.
Economia
O prefeito destacou ajustes no Plano Diretor, que serão discutidos com o Codefoz no decorrer de 2023 e uma mudança da área econômica, fundamental para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu. Há uma década, lembrou, o município era o terceiro do Paraná em recursos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), amparado principalmente na geração de energia elétrica da Itaipu. “Os recursos vinham basicamente do ICMS. Nos últimos anos, a Prefeitura e todo o poder público viveu um certo comodismo em função disto. Para se ter uma ideia, Chico Brasileiro destacou que, em novembro houve uma mudança que reduziu ICMS, feita pelo governo federal. “Não digo nem do combustível, que não impactou tanto, mas da energia, que reduziu de 29% para 17%. Como o Paraná é um dos maiores produtores de energia elétrica do Brasil pela Copel e Itaipu, só Foz do Iguaçu perdeu neste período R$ 7,5 milhões – 31% das receitas de ICMS.
Da redação com Codefoz e AMN / Foto: Assessoria