Prédio da antiga Câmara de Foz  será Centro de Cultura e Memória Popular

Inaugurado em 1972 e reformado ainda em 1979, a revitalização do antigo prédio da Câmara de Vereadores vai abrigar um centro de memória popular, espaço de exposição, um pequeno auditório de 60 lugares e salas para cursos de arte e cultura. “Vamos ter um centro de memória para contar a história de Foz do Iguaçu e os efeitos da intervenção militar. E também será usada para exposições temporárias”, disse o prefeito Chico Brasileiro (PSD).

“É preciso contar a história Foz do Iguaçu muito importante no contexto nacional desde a passagem de Santos Dumont, a formação da Coluna Prestes, o primeiro aeroporto no Gresfi, a construção da Ponte da Amizade, a intervenção militar, a construção da Itaipu, a construção da Ponte da Fraternidade, a formação dos bairros. Isso quando falamos do século 20”, listou Chico Brasileiro.

O prefeito adiantou que o espaço de memória e de exposição será aberto aos estudantes, à população e aos turistas. “Um centro de memória poderá ser um centro de documentação, como um arquivo público, e para pesquisas para escolas e universidades”, disse.

Chico Brasileiro que a entrega de revitalização será mais rápida porque será feita através de uma espécie de potencial construtivo, ou seja, em vez da empresa dispor de áreas técnicas em empreendimentos imobiliários ao Município, executa a obra para a prefeitura. “Isso é garantido através de lei municipal, não terá a burocracia de um processo licitatório e a obra será executada num prazo menor, com mais rapidez”. disse.

 

Patrimônio histórico

O espaço tem mais de 900 metros quadrados em dois pisos. O superior, terá um pé direito, para o centro de memória e de exposição. No piso de baixo será destinado às aulas de coral, apresentações mais intimistas, segundo o diretor-presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues.

A revitalização do prédio faz parte da criação de um centro histórico de Foz do Iguaçu integrando os prédios e casas construídas nas décadas de 50 e 60. “Serão edificações que serão tombadas pelo patrimônio histórico cultural e algumas revitalizadas”, disse Rodrigues

A lista inclui o casario ao lado da praça Getúlio Vargas, uma das primeiras escolas de Foz, a casa dos padres, a Igreja Matriz, as casas na Avenida Brasil, os prédios que foram ocupados pela Polícia Federal, Banco do Brasil, prefeitura (Palácio dos Cataratas), Fundação Cultural (antigo Fórum de Justiça), Cassino Iguaçu (atual Senac), o Colégio Bartolomeu Mitre, Escola Jorge Schimmelpfeng (na rua Quintino Bocaiúva) e a casa de Harry Schinke

Entre as propostas já definidas estão a implantação da Casa da Memória (no primeiro colégio) na Avenida JK e a compra da casa de Harry Schinke na rua Tiradentes. O prédio ocupado pela Fundação Cultural também será revitalizado, após doação do Estado neste ano.  “Já temos a lista de 11 imóveis para serem tombados como patrimônio histórico da cidade”, disse o presidente da Fundação Cultural Juca

 

Projeto

O projeto de reforma do prédio foi elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos e será executado através de um Termo de Conversão de Área (TCA). O procedimento administrativo, regulamentado em fevereiro deste ano, permite que loteadoras executem obras de interesse do Município em processos de parcelamento do solo para fins urbanos, agilizando projetos em benefício à população. A obra deve começar em até 60 dias e ser entregue até junho de 2024, para marcar o aniversário de 110 anos de Foz do Iguaçu.

  • Da redação com AMN / Foto: Thiago Dutra/PMFI

 

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