Polícia Penal entrega amigurumis para ONG e Delegacia da Mulher de Foz

A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu III – Unidade de Progressão (PEF III-UP) recebeu a delegada Giovanna Antonucci Brito Oliveira, titular da Delegacia da Mulher no município, e a coordenadora pedagógica da ONG Criança de Valor, Josiane Voidginski. A reunião foi para apresentar o Projeto Amigurumi, desenvolvido pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) e que tem como foco a ressocialização de pessoas privadas de liberdade por meio do trabalho e da qualificação profissional.

Os apenados recebem treinamento e acompanhamento para confeccionarem amigurumis, destinados a entidades beneficentes e órgãos públicos relacionados ao cuidado e à educação materno-infantil. O Amigurumi é uma técnica que surgiu no Japão nos anos 1980 reunindo habilidades do crochê e do tricô. É utilizada para a confecção de bonecos dos mais variados formatos e tamanhos. A palavra “amigurimi” refere-se à combinação de outras duas japonesas: “ami”, que significa trançado e “migurumi”, boneco de pelúcia.

O trabalho de ressocialização desenvolvido pela PEF III-UP já foi responsável pela entrega de quase mil brinquedos, todos distribuídos no Dia das Crianças para várias instituições. Durante a reunião com a delegada e a coordenadora da ONG, a PPPR fez a doação de mais 50 amigurumis a serem utilizados nas brinquedotecas da Delegacia da Mulher e da entidade Criança de Valor.

“É uma satisfação imensa para nós, da Polícia Penal, realizarmos mais uma entrega de amigurumis. Cada vez mais sentimos que o projeto ganhou o coração da cidade. Muitas instituições e pessoas vêm nos procurar interessadas no trabalho, querendo estabelecer parcerias e nos apoiar”, afirma o idealizador e coordenador do projeto, o policial penal José Roberto de Morais.

“A parceria com outras instituições é um dos pontos mais relevantes do Projeto Amigurumi, pois há a construção de um senso coletivo de responsabilidade e comprometimento, uma troca entre saberes e habilidades que visam muito mais do que o processo de ressocialização. Há nesta equação um componente muito importante: a relevância para a sociedade”, diz o coordenador regional da Polícia Penal em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo.

Ele enfatiza a importância do projeto para impactar positivamente a sociedade. “Muitas coisas nos deixam orgulhosos enquanto policiais, mas este projeto prova ser algo especial. Ele impacta as pessoas de uma forma única, criando laços de amizade entre a instituição e a sociedade”, destaca.

“O projeto é uma ideia que contribui para a ressocialização. Tanto se fala em punir pessoas que cometem crimes mas pouco se fala em ressocializar, em inserir no mercado de trabalho”, destaca a delegada Giovanna Antonucci Brito Oliveira.

Outras atividades também são desenvolvidas na PEF III-UP, onde vários canteiros de trabalho são gerenciados pela Polícia Penal e alguns contam com parcerias com a iniciativa privada.

 

  • AEN / Foto: Polícia Penal do Paraná

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