Ministra das Mulheres visita Foz e elogia projeto apoiado por Itaipu
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, esteve em Foz do Iguaçu nesta terça-feira (29) para acompanhar de perto a construção da Casa da Mulher Brasileira, um dos mais ambiciosos projetos de acolhimento e proteção a mulheres em situação de violência no Sul do país. Viabilizada com financiamento integral da Itaipu Binacional, a unidade será entregue até o segundo semestre de 2026.
Antes da visita ao canteiro de obras, localizado na Avenida Gramado, na Vila A, Márcia Lopes se reuniu com a diretoria da Itaipu no Centro Executivo da usina para discutir o alinhamento de ações entre o Governo Federal e a empresa, com foco em políticas públicas para mulheres. A ministra destacou a importância da parceria: “Graças ao compromisso ético e político da Itaipu Binacional, essa obra está se tornando realidade. Quando ela estiver pronta, já teremos fila na porta, porque é isso que as mulheres precisam: acolhimento, segurança e dignidade”.
Localizada ao lado da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, a nova unidade abrigará, em um mesmo espaço, serviços jurídicos, psicossociais e de saúde, além de alojamento temporário, sala de acolhimento infantil e integração com a Patrulha Maria da Penha. O modelo, já adotado em outras capitais brasileiras, será adaptado às especificidades regionais da Tríplice Fronteira.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, afirmou que o empreendimento representa a ampliação do papel social da hidrelétrica. “Nós entendemos que a usina tem um papel muito maior do que, às vezes, as pessoas compreendem. Produzir energia limpa já é muito, mas nosso compromisso socioambiental também implica em dar qualidade de vida às pessoas. E essa Casa representa exatamente isso”, disse.
Projeto arquitetônico
Um dos diferenciais da obra em Foz é a aplicação da metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), que permite maior precisão na execução e redução de custos operacionais. “Refizemos todos os projetos complementares e, só no primeiro pente fino, eliminamos mais de 100 luminárias. Isso representa economia na implantação e na operação ao longo do tempo”, explicou Júlia Teixeira, arquiteta do Itaipu Parquetec.
Outro destaque é o sistema de energia solar fotovoltaica, incluído por exigência da própria Itaipu, mesmo não sendo obrigatório nos projetos do padrão nacional. A adoção do sistema reflete a busca por sustentabilidade também nas obras de impacto social.
A Casa da Mulher Brasileira de Foz será gerida, nos dois primeiros anos, com apoio técnico e operacional do Ministério das Mulheres. A partir daí, a responsabilidade pela gestão será assumida de forma compartilhada entre o governo estadual e a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu.
- Da redação com Itaipu
- Foto: Rafa Kondlatsch / Itaipu Binacional