Memorial virtual conta histórias de pioneiros sepultados nos cemitérios de Foz do Iguaçu

“Só morremos de verdade quando somos esquecidos”. Esta citação, parafraseada do personagem Miguel Rivera na famosa animação “Viva – A vida é uma festa”, traduz singelamente a importância das memórias, sempre presentes no íntimo de quem já perdeu um ente querido. Recordar traz, em meio à saudade eterna, um fio de conforto, ao mesmo passo que preservar as páginas escritas no livro da vida de quem já partiu desta dimensão.

Os floreios introdutórios não costumam fazer parte do jornalismo diário, mas nesta pauta se fazem necessários para contar com mais requinte um projeto desenvolvido nos cemitérios de Foz do Iguaçu para retratar a trajetória de personalidades que fizeram parte da construção e expansão da cidade e que hoje estão sepultadas nos espaços locais.

A iniciativa, intitulada de “Jazigos que contam histórias”, partiu da empresa Camis Assessoria, que é responsável pela administração dos cincos campos-santos do município. O objetivo é modernizar, identificar e homenagear ex-prefeitos, pioneiros, sacerdotes e outras pessoas que contribuíram de alguma forma para tonar a Terra das Cataratas um polo de destaque internacional.

Um memorial virtual foi criado para acomodar os registros. Para facilitar o acesso ao portal e instigar a curiosidade, QR Codes foram instalados em alguns túmulos. Ao encontrar as plaquinhas nos cemitérios, os visitantes podem utilizar o celular para  realizar a leitura, que irá direcioná-los ao portal, com detalhes sobre quem está sepultado ali.

Por enquanto, apenas alguns jazigos ganharam identificação, mas a ideia é de que aos poucos o projeto seja ampliado. Dentre as personalidades que o público poderá conhecer um pouco mais já neste sábado de Finados estão o primeiro prefeito de Foz, Jorge Schimmelpfeng; e José Maria de Brito, que foi integrante da Colônia Militar do Iguassu e professor.

“O projeto dos jazigos que contam histórias já existe em cemitérios de outros municípios do país e consideramos que é uma excelente ideia para que além dos parentes e amigos, outros visitantes possam conhecer um pouco mais da pessoa que está enterrada ali de uma maneira simples. Ao contar a história de quem já partiu, mantemos viva a sua essência”, destacou a gerente administrativa da Camis, Amanda Camargo.

Em breve, com a ampliação da digitação, será possível também consultar a localização dos túmulos, que são separados por números e quadras no labirinto de lápides que compõe os cemitérios.

 

Finados na fronteira

Neste sábado (2 de novembro) os cemitérios de Foz estarão abertos das 7h às 19h, oferecendo equipes de plantão para auxiliar na localização dos túmulos e para atender quem desejar realizar o pagamento anual da taxa de manutenção dos jazigos, fixada em R$ 123,60.

A previsão é de que juntos, os cincos cemitérios de Foz recebam em torno de 40 mil pessoas no Dia de Finados. Pensando nisso, serão ofertados nos espaços serviços gratuitos de saúde, como aferição de pressão arterial, exame de visão simples e medição de glicose. Haverá ainda destruição de água e espaço de descanso para os idosos.

Haverá missa no Cemitério do Jardim São Paulo, às 8h30 e às 15h. Na área central, a Paróquia São João Batista celebrará missa às 8h, seguida por procissão até o cemitério de mesmo nome e benção dos túmulos no local. A tarde, por volta das 16h, será realizada outra missa nas dependências do campo-santo.

Nos cemitérios Vila Miranda e Nossa Senhora de Fátima (Parque das Aves) serão celebradas missas às 7h e às 9h. Na Comunidade Santa Catarina (Lote Grande) e na Comunidade Aparecidinha as celebrações serão às 9h.

  • Da redação / Fotos: Camis Assessoria

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