Justiça deve decidir sobre aumento de custos de obra da Perimetral Leste, diz governador

A retomada por completo da construção da Perimetral Leste, via de 15 quilômetros que está em construção em Foz do Iguaçu ligando a nova ponte com o Paraguai à BR-277, depende de uma decisão da Justiça que deve ser anunciada nos próximos dias. A informação é do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) ao responder sobre o tema em agenda no município no último final de semana. Segundo ele, a empresa responsável pela obra está questionando um “aumento das exigências no projeto”.

Os ajustes no plano original, destacou Ratinho Junior, foram feitos com bases nas exigências dos órgãos do Governo Federal – Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. “Por isso tivemos um adicional no valor da obra, e estamos à espera da justiça, que está fazendo a intermediação, para ver até onde a lei nos deixa fazer esse pagamento, dessas ampliações que os órgãos do Governo Federal nos pediram”, afirmou o governador.

As obras da Perimetral Leste, que vai ligar as aduanas das pontes da Integração (Paraguai) e Tancredo Neves (Argentina) até a BR-277, impedido o tráfego de veículos com cargas pela área urbana de Foz do Iguaçu, tiveram início em 2019. A previsão era que a infraestrutura, feita com recursos da Itaipu Binacional sob a coordenação do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagens), seria concluída junto com a nova ponte ligando Foz do Iguaçu ao município paraguaio de Presidente Franco.

“A obra está andando, não no ritmo que gostaríamos, mas acredito que nos próximos dias a Justiça Federal deve dar uma determinação para que a obra continue”, destacou Ratinho Junior. Que completou: “Estamos bem alinhados com a Itaipu, com os órgãos ambientais e acredito que o cronograma será cumprido”. O governador visitou Foz do Iguaçu no último dia 1º de setembro para a solenidade de inauguração da sede do Corpo de Bombeiros.

 

Andamento

As obras da Perimetral Leste, até agora, avançaram apenas em um pequeno trecho próximo ao marco das Três Fronteiras, mesmo assim, diferente do que foi anunciado. A via que deveria ser dupla virou pista simples, e o acesso a ponte ainda depende da construção das estruturas dos órgãos de fiscalização aduaneira – aduanas para abrigar as equipes da RF, PRF e PF. O número de trabalhadores no canteiro de obras é mínimo, conforme amplamente registrado pela imprensa.

O DER confirmou que o acesso à Ponte da Integração Brasil-Paraguai terá 15 quilômetros com seis interseções em desnível nos entroncamentos com a Avenida General Meira, no acesso para a Ponte Tancredo Neves, na Avenida das Cataratas (BR-469), na avenida Felipe Wandscheer, na Avenida República Argentina, e, finalmente, na BR-277; e duas novas aduanas para atender as demandas nas fronteiras com a Argentina e o Paraguai.

  • Da Redação

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