Itaipu oferta casas das Vilas A e B cedidas à Unioeste aos atuais moradores
A Itaipu se reuniu nesta semana com um grupo de 21 moradores e moradoras das residências cedidas em regime oneroso à Unioeste para iniciar a negociação da venda dessas casas diretamente aos ocupantes. A medida faz parte da decisão da atual gestão da usina de priorizar a venda dos imóveis aos moradores em situação regular perante a Itaipu.
Até o final de 2026, a intenção é vender 923 casas que, nas décadas de 1970 e 1980, foram construídas como parte da infraestrutura necessária para abrigar os milhares de trabalhadores vindos de diversas regiões, atraídos pela oportunidade de emprego na construção da grande usina. Essas casas já serviram à finalidade, mas ainda permanecem sob a gestão da Itaipu.
Os moradores e moradoras receberam instruções sobre o processo e foram convidados a preencher um formulário contendo a manifestação da preferência da compra. Na ocasião, também foram prestados todos os esclarecimentos.
“Na sequência, faremos a oferta para outras instituições cujos empregados/servidores também ocupam casas da Itaipu. Vale destacar que, dentro do que a lei brasileira nos permite, as condições de oferta das casas são as melhores possíveis”, diz o diretor-administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha.
Para Márcia Correia de Sousa, servidora da Unioeste desde 2002 e moradora de uma das casas há dez anos, foi uma boa surpresa. “Esse é o fim de uma angústia, o fim de uma espera, de uma incerteza muito grande que a gente tinha. Apesar de a esperança ser grande, a gente não tinha a noção de quando seria”, afirmou.
Presente no evento, a vereadora Yasmin Hachem ressaltou a importância de iniciar essa negociação com os grupos menores de moradores para poder facilitar a organização das conversas. “A Unioeste seria um ótimo grupo para iniciar esse processo, porque de fato nem mesmo a Itaipu, que tem toda essa estrutura, conseguiria tocar um processo para todos os permissionários ao mesmo tempo, com todas as suas peculiaridades”.
A venda das casas das vilas A e B está diretamente ligada a um projeto maior. Os recursos provenientes dessas vendas serão destinados à construção de habitações de interesse social para pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa ação está alinhada à missão institucional da Itaipu e às diretrizes do governo federal, contribuindo com o combate ao déficit habitacional na cidade e promovendo um modelo construtivo sustentável e de inclusão social.
“Nós temos um déficit enorme e é de conhecimento da Itaipu a dificuldade para implementar novamente uma política habitacional séria e efetiva dentro do nosso município. E a Itaipu vem para ajudar, para compor esta produção de moradias”, destacou a diretora superintendente do Foz Habita, Elaine Anderle.
Todo o processo de venda ocorrerá por etapas, ou seja, não haverá ofertas a todos os imóveis de uma única vez. No devido tempo, todos os moradores receberão uma comunicação a respeito da oferta.
- Imprensa de Itaipu / Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional