Itaipu celebra nova inclusão no Livro Guinness dos Recordes

Usina Hidrelétrica de Itaipu recebe reconhecimento internacional por sua produção recorde de energia acumulada, entrando mais uma vez para o Guinness World Records. A cerimônia de outorga ocorrerá no dia 1º de novembro, reunindo lideranças brasileiras e paraguaias.

 

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada no Rio Paraná e operada em conjunto por Brasil e Paraguai, foi reconhecida pelo Guinness World Records pela “Maior produção de energia elétrica acumulada” do mundo, somando mais de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh) desde o início de sua operação em 1984. Esse marco permite que a usina abasteça, hipoteticamente, o planeta por 43 dias, ou o Brasil por seis anos.

 

Em celebração ao feito, a cerimônia de premiação acontece nesta sexta-feira (1º), no Edifício da Produção da Itaipu, em Foz do Iguaçu. O evento terá a presença das diretorias de ambos os países, ministros de Minas e Energia, e representantes da Organização Latino-Americana de Energia (Olade). A juíza do Guinness também estará presente para entregar oficialmente o certificado.

 

Estrutura monumental e funcionalidade

Além de seu desempenho histórico, a estrutura colossal da Itaipu impressiona pelo volume de materiais empregados na construção. Para erguer a usina, foram utilizados 12,3 milhões de m³ de concreto, o que seria suficiente para levantar 210 estádios do tamanho do Maracanã. O ferro e aço empregados poderiam formar 380 Torres Eiffel. A barragem da usina se estende por 7,9 km e tem altura equivalente a um prédio de 65 andares (196 metros).

 

Composta por 20 unidades geradoras, Itaipu possui capacidade para fornecer energia a cidades de até 1,5 milhão de habitantes. Sua estrutura permite funcionamento contínuo, operando 24 horas por dia e contando com uma vazão de 62,2 milhões de litros de água por segundo, cerca de 40 vezes a média das famosas Cataratas do Iguaçu.

 

Mudanças no papel da Itaipu no setor energético

Nos anos 1990, Itaipu chegou a suprir 25% da energia consumida no Brasil. Hoje, representa entre 8% e 10%, uma redução atribuída ao avanço de novas fontes de energia no Brasil. A usina, contudo, segue sendo um recurso estratégico e operou como uma espécie de “bateria” para a matriz elétrica brasileira, atuando em situações emergenciais, como o apagão nacional de 2023.

 

Um marco para Brasil e Paraguai

Além do desempenho e infraestrutura, Itaipu é um símbolo de cooperação entre Brasil e Paraguai, reforçando laços diplomáticos e técnicos. A construção da usina, iniciada em 1974, envolveu cerca de 100 mil trabalhadores, com um pico de 40 mil operários ativos simultaneamente, em uma jornada que resultou em sua operação plena a partir de 1984.

 

Em 1995, a Associação Americana de Engenharia Civil (ASCE) incluiu Itaipu entre as Sete Maravilhas do Mundo Moderno, reconhecimento merecido pela magnitude e complexidade da construção. E agora, com a nova certificação do Guinness, a usina reafirma sua posição como referência mundial em produção de energia limpa e renovável.

 

  • Da redação com Itaipu /Foto: Rubens Fraulini/Itaipu

 

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