Guias de turismo bloqueiam Rodovia das Cataratas em protesto contra impactos das obras

Guias de turismo de Foz do Iguaçu interromperam o trânsito na Rodovia das Cataratas (BR-469), na tarde de domingo, 20, em protesto contra os transtornos causados pela obra de duplicação da via. A mobilização buscou chamar atenção para as dificuldades enfrentadas por trabalhadores do turismo, moradores e comerciantes localizados ao longo do trecho que vai do Hotel Carimã até o Parque Nacional do Iguaçu, área de grande fluxo de veículos.

Com faixas e cartazes, os manifestantes fecharam a rodovia em diferentes momentos, denunciando a falta de planejamento nas intervenções e cobrando melhorias de acesso a hotéis, lojas e bairros. Eles destacaram que o comércio local sofre perdas significativas por causa das alterações no tráfego, que obrigam motoristas a fazer longos retornos para chegar a determinados pontos.

Um dos estabelecimentos mais prejudicados é a tradicional loja Chocolate Caseiro, situada às margens da rodovia. O acesso, que já era restrito, ficou ainda mais complicado há cerca de um mês, resultando em uma queda de 70% no movimento. Além das dificuldades para estacionar, a obra de uma adutora da Sanepar abriu uma valeta no local há mais de três meses, sem conclusão por falta de peças. O atraso gerou mais transtornos para clientes e trabalhadores.

Os guias ressaltaram que o Chocolate Caseiro funciona como ponto estratégico de apoio, parada e organização de grupos turísticos, o que intensifica a preocupação com a sobrevivência do estabelecimento. Também criticaram os constantes bloqueios sem aviso prévio, que ampliam congestionamentos e aumentam o tempo de deslocamento.

Outro ponto levantado no protesto foi a insegurança no trecho em obras, marcada por frequentes acidentes, engavetamentos e falta de estrutura adequada para ciclistas e pedestres. Atualmente, o acesso aos bairros Carimã, Cataratas e Novo Horizonte está limitado a um único ponto, o que agrava os congestionamentos.

A duplicação da Rodovia das Cataratas começou em setembro de 2022, com previsão inicial de 18 meses para conclusão. No entanto, o novo prazo foi estendido para meados de 2026, o que gera incerteza entre trabalhadores e comerciantes que dependem do fluxo turístico para manter seus negócios.

 

  • Da redação
  • Foto: divulgação

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