Foz registra mais de 300 casos e 22 mortes por síndromes respiratórias

A epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continua preocupar em Foz do Iguaçu e outras regiões. O último boletim divulgado na tarde de terça-feira (2), pela Secretaria de Estado da Saúde, mostra que a fronteira já soma 338 casos e 22 mortes neste ano por infecções causadas por vírus diversos neste ano.

Do total, foram identificados 97 casos e 14 óbitos por Influenza A (H1N1), 14 casos e três óbitos por Influenza A não subtipado, três casos de Influenza B sem óbitos, 18 casos e um óbito por Covid-19 e 206 casos com quatro óbitos por outros vírus respiratórios, como o sincicial.

Os idosos e as crianças são os mais atingidos. As unidades de internação e UTI pediátrica estão lotadas, pois as infecções evoluem rapidamente, causando complicações como bronquiolite e pneumonia grave.

Entre os principais sintomas das SRAGs estão febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, alterações no olfato ou paladar, falta de ar ou desconforto respiratório, dor ou pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio abaixo de 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou do rosto.

A prevenção é feita por meio das vacinas disponíveis de forma gratuita na rede pública, além de cuidados básicos, como a higiene constante das mãos, uso de álcool em gel, uso de máscara em locais com aglomeração de pessoas e ventilação adequada dos ambientes.

Em todo o Paraná já foram contabilizados 15.752 casos de síndromes respiratórias desde dezembro de 2024. Também foram registradas 829 mortes. Outras 14 mortes seguem em investigação. Também foram notificados 374 óbitos por outras causas, que não se enquadram nos critérios de SRAG.

 

Imunização

Atualmente, o imunizante contra Influenza A, um dos tipos mais comuns, está disponível para todas as faixas etárias, de forma gratuita, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A vacina não impede a infecção, mas reduz consideravelmente o agravamento dos sintomas.

O desinteresse da população, entretanto, é um dos fatores que tem contribuído para o avanço da epidemia de síndromes respiratórias. Os dados da Secretaria da Saúde mostram que 4.793 pessoas (77,3%) com fatores de risco internados por SRAG por vírus respiratórios não haviam tomado a vacina contra a gripe. Entre os que morreram, 273 também não estavam vacinados (70%).

“Pedimos à população que procure as unidades de saúde. Quanto maior a taxa de vacinação, menor será o número de internamentos, o que significa mais espaço e agilidade para atender casos graves como da bronquiolite”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, em visita a Foz no mês passado.

 

Julho Amarelo

Neste mês de julho, a Secretaria de Estado da Saúde reforça também a importância da prevenção, testagem e conscientização sobre as hepatites virais. Em 2024, um surto de hepatite foi registrado em algumas cidades do Paraná.  A Sesa, em parceria com os municípios, coordenou uma campanha de vacinação direcionada à população vulnerável, o que possibilitou o controle rápido da doença e o retorno à curva endêmica.

As hepatites A e E são transmitidas pelo consumo de água e alimentos contaminados por fezes, e estão ligadas às condições precárias de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. Já as hepatites B, C e D são transmitidas por contato com sangue ou fluidos corporais contaminados, por via parenteral, percutânea e vertical (de mãe para filho), por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de objetos perfurocortantes ou por exposição a material biológico contaminado.

 

  • Da redação
  • Foto: divulgação 

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