Foz inicia encontros com famílias de crianças autistas para ampliar inclusão

A Prefeitura de Foz do Iguaçu deu início a uma nova política pública voltada às famílias de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O primeiro encontro foi realizado na noite desta terça-feira (08), no Centro Escola Bairro Leonel Brizola, no bairro Três Lagoas, marcando o começo de um ciclo formativo que será expandido para outras regiões da cidade.

A iniciativa integra as ações do recém-implantado Centro de Atendimento TEA, criado neste semestre para qualificar o atendimento educacional oferecido a estudantes com autismo na rede municipal. O objetivo é aproximar famílias e escolas por meio de escuta ativa, troca de experiências e formação continuada.

Durante o mês de julho, os encontros ocorrerão semanalmente em quatro regiões da cidade, com foco no diálogo com pais, mães e responsáveis. Os temas abordarão aspectos práticos do cuidado com crianças autistas, incluindo rotina familiar, desenvolvimento emocional, comunicação, estratégias de inclusão e manejo comportamental.

A proposta é que os encontros evoluam para uma espécie de escola de pais permanente, com conteúdos definidos em conjunto com os participantes. A cada mês, novos temas serão discutidos, com base nas necessidades reais das famílias.

No encontro inaugural, o tema escolhido foi “Cuidar, compreender e incluir”. A atividade também abriu espaço para que os participantes contribuíssem na escolha do nome oficial do projeto, entre duas sugestões: A Arte de Educar ou Educar Juntos. A definição será feita com base na escuta dos familiares e da comunidade escolar.

Segundo a diretora de Educação, Aline Bandeira, a iniciativa vai além da formação técnica e busca criar um ambiente acolhedor. “Mais do que um espaço de informação, queremos oferecer acolhimento e escuta ativa às famílias, que são parte essencial no processo de inclusão e aprendizagem das crianças. A participação dos pais e responsáveis é fundamental para que as políticas públicas sejam eficazes e façam sentido na realidade de cada criança.”

Além de familiares, os encontros são abertos a professores, pedagogos, cuidadores e demais profissionais da rede municipal. A proposta é alinhar práticas pedagógicas, compartilhar vivências e construir uma rede de apoio sólida e territorializada.

O ciclo de encontros também é uma resposta à demanda por ações mais estruturadas voltadas à inclusão, não apenas no ambiente escolar, mas em toda a rede de serviços públicos. Ao reconhecer o papel da família como agente ativo no processo educacional, a prefeitura pretende consolidar um modelo de atendimento mais integrado e empático.

A programação dos próximos encontros será divulgada pelas escolas municipais e pelo Centro de Atendimento TEA. A expectativa é que, com o avanço da proposta, a cidade consolide um modelo de referência em acolhimento e inclusão de crianças com TEA na educação pública.

 

  • Da redação com PMFI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *