Foz está sob alerta de perigo para nova onda de calor nesta semana
Calor escaldante, ar seco e forte radiação. Um alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) foi emitido ontem (11), com atenção máxima para os extremos da temperatura em 32 cidades do Paraná. Foz do Iguaçu está sob a linha vermelha, a zona de maior risco.
O disparo do alerta visa deixar os iguaçuenses atentos para que intensifiquem a hidratação, o uso do protetor solar e de chapéus e, principalmente, para que evitem a exposição solar desnecessária. O alerta é válido até às 18h desta quarta-feira (12), mas o tempo deve seguir bastante quente até o final de semana, com temperatura na casa dos 40°C e sensação térmica ainda mais elevada.
As condições climáticas também foram confirmadas pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que explicou a diferença entre os números dos termômetros e a percepção da temperatura.
De acordo com o meteorologista Leonardo Furlan, a sensação térmica é um cálculo feito através de uma fórmula matemática, e demonstra o impacto do calor ou do frio no corpo humano.
“É uma medida física e subjetiva da percepção do ser humano com relação ao calor ou ao frio, baseada não somente na temperatura do ar como também no vento e na umidade. Já o desconforto térmico é a percepção individual da pessoa. Quanto maior a temperatura do ar estiver, especialmente acima dos 27ºC, e quanto maior estiver a umidade relativa do ar, especialmente acima dos 40%, maior será a sensação térmica e, consequentemente, maior será o desconforto térmico”, explicou.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça alguns cuidados a serem tomados em dias de muito calor e de umidade relativa do ar baixa. As medidas podem evitar a fadiga, desidratação ou ainda queda da pressão arterial. De acordo com a pasta, as recomendações valem para qualquer pessoa. Porém, o cuidado com idosos e crianças deve ser ainda maior, reforça a secretaria.
As recomendações incluem evitar o sol, principalmente entre as 10h e as 16h; consumir bastante água e outros líquidos, como sucos e chás; consumir frutas, verduras e alimentos leves, evitando ultraprocessados e com muito sódio em geral; tomar banhos gelados, evitar exercícios físicos em horários muito quentes e atividades de alto impacto; e estar atento aos sinais de mal estar em geral.
Recorde
Foz registrou o 4° janeiro mais quentes dos últimos 16 anos. Em dois anos, a temperatura média do mês aumentou 1,6°C, subindo de 25,3°C em 2023, para 26,9°C em 2025. Na série histórica, 2015 é o ano que registrou o janeiro mais quente na fronteira, com a média de 29,9°C.
Além disso, nos dez primeiros dias de fevereiro, A Terra das Cataratas ficou entre as oito cidades do Paraná que registraram a temperatura média pelo menos um grau mais alta do que a média histórica para o período. A lista também integra Baixo Iguaçu, Cândido de Abreu, Cruzeiro do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Palmas, Pato Branco, e Santa Helena.
Atenção à saúde e incêndios ambientais
O clima quente, aliado das queimadas ilegais, tem provocado um aumento alarmante de incêndios ambientais em Foz. Em janeiro, o Corpo de Bombeiros atendeu a 73 chamados em regiões distintas da cidade. O número cresceu mais de 200% em comparação ao mesmo mês de 2023, quando foram registradas 22 ocorrências.
Além da destruição e poluição gerada pelos incêndios ambientais, há também um grande impacto na saúde, favorecendo o agravamento em quadros de rinite alérgica, asma, bronquite e enfisema, por exemplo. É preciso estar atento aos sintomas de crise, buscando ajuda médica imediata.
As autoridades lembram ainda que causar incêndios é considerado crime e o infrator pode ser penalizado com reclusão de um a quatro anos. Em Foz, essa prática também é punida com multas caso a infração seja praticada em imóveis próprios, passeios, vias, terrenos públicos ou baldios. O valor imposto varia entre R$ 117,28 a R$ 3.518,40.
- Da redação / Foto: divulgação