Foz do Iguaçu registra o primeiro caso de Mpox

A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (9) o primeiro boletim epidemiológico de Mpox em 2024, com dados alarmantes para o estado. Entre as 21 confirmações da doença, Foz do Iguaçu registrou o primeiro caso, somando-se a outras cidades afetadas, como Curitiba, Londrina, Arapongas, Ivaiporã e Santo Antônio da Platina. Até o momento, não há registros de mortes causadas pela doença.

Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. O boletim, que será publicado semanalmente no site da Sesa, inclui informações detalhadas sobre a distribuição dos casos por município, perfil demográfico dos infectados, sintomas, meios de transmissão e medidas de prevenção.

 

Situação no Paraná

Os 21 casos confirmados em 2024 estão concentrados nas principais cidades do estado, além de Foz do Iguaçu, que registrou seu primeiro caso neste ano. Curitiba, Londrina, Arapongas, Ivaiporã e Santo Antônio da Platina também têm notificações. No Paraná, o ano de 2022 foi marcado por um pico de 296 casos, enquanto em 2023, o número caiu para 42.

A Mpox, que é causada por um vírus e transmitida principalmente por contato direto com lesões de pele de pessoas infectadas, ganhou notoriedade global em 2022, quando mais de 10 mil casos foram registrados no Brasil. O Paraná, à época, respondeu com ações de vigilância e imunização para grupos de risco.

 

Transmissão e prevenção

A transmissão da Mpox ocorre por meio de contato com lesões, objetos recentemente contaminados ou por vias como o toque, beijo, relações sexuais e compartilhamento de objetos pessoais, como lençóis e roupas.

Entre os sintomas mais comuns estão erupções cutâneas, febre, dores musculares e linfadenopatia (inchaço dos linfonodos). Essas erupções geralmente começam no rosto e se espalham para o resto do corpo. A doença pode ser confirmada por exames laboratoriais, realizados com amostras enviadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) aos laboratórios de referência.

 

Vacinação e público-alvo

Desde março de 2023, o Paraná recebeu 3.192 doses da vacina contra a Mpox. A vacinação, direcionada principalmente a grupos de risco, inclui pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais acima de 18 anos, além de profissionais que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus em laboratórios.

 

Emergência mundial

Em agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública em resposta a uma nova variante (1b) identificada na África, que elevou o número de casos e mortes globalmente. No Paraná, a Sesa reforçou o alerta para a adoção de medidas preventivas e de vigilância, incluindo o isolamento de casos confirmados e o monitoramento de contatos próximos dos pacientes.

 

Medidas de controle

A Sesa ressalta que, além da vacinação, o controle da doença passa por medidas como o isolamento dos doentes, o rastreamento de contatos próximos e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais de saúde e cuidadores. A notificação da Mpox é obrigatória e imediata, o que garante a implementação rápida de ações de combate à doença.

 

  • Da redação com AEN / Foto: Getty Images

 

 

 

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