Foz do Iguaçu participa de levantamento epidemiológico nacional de saúde bucal
Foz do Iguaçu está entre as 17 cidades do Paraná escolhidas para integrar uma pesquisa epidemiológica nacional sobre saúde bucal. A terceira etapa do levantamento foi concluída na segunda-feira (21) e deve auxiliar na elaboração de políticas públicas que ajudem a melhorar o atendimento à população.
Avaliações e entrevistas foram realizadas pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde nas residências de voluntários cadastrados. Os grupos escolhidos integram as faixas etárias de 5 a 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos.
As pessoas selecionadas vivem em domicílios dentro de setores censitários definidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A escolha dos locais ocorreu por meio de sorteio. Na fronteira o levantamento ocorreu nas regiões dos bairros Jardim América e Vila C.
A equipe de pesquisadores de Foz foi composta por três servidoras públicas: a cirurgiã-dentista Juliana Motter (examinadora), a auxiliar em saúde bucal Ellen Vieira (anotadora), e a agente comunitária de saúde Vera Lúcia de Oliveira Silva (arroladora).
Após longo período de reuniões com o Ministério da Saúde, treinamento e calibração para a pesquisa, os profissionais visitaram mais de 100 domicílios cadastrados para o levantamento. Os dados foram coletados com sucesso e devem ser divulgados até o primeiro bimestre de 2023.
Realização
O estudo é coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e vem sendo realizado desde 2021. O trabalho conta com o a atenção da Coordenação-Geral de Saúde Bucal da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (CGSB/SAPS/MS). A parceria envolveu ainda o apoio de secretarias estaduais e municipais de saúde, além de instituições representativas da Odontologia em nível de Brasil.
O objetivo central da pesquisa é identificar doenças bucais mais prevalentes, como cárie dentária e doenças periodontais, uso e necessidade de próteses dentárias, condições de oclusão, traumatismo dentário, além do impacto desses males na qualidade de vida da população, entre outros aspectos.
O projeto SB Brasil deveria ter sido realizado em 2020, mas que teve a execução estendida em decorrência da emergência sanitária do coronavírus. O 5º levantamento proposto pelo Ministério da Saúde (2021-2022) acontece por meio de parceria com universidades federais e conta com mais de 50 mil pessoas avaliadas em várias regiões do país.
Histórico do levantamento
O projeto “SB Brasil 2021-2022” marca a continuidade de pesquisa feitas em 2003 e 2010, consolidando assim uma série histórica. A iniciativa contribui para o avanço de estratégias de avaliação e planejamento dos serviços ao mesmo tempo que fortalece um modelo metodológico e fixa um campo de atuação do componente de vigilância à saúde, como preconiza a PNSB – Brasil Sorridente.
Através desse componente, a partir de 2000 foram realizados dois importantes inquéritos nacionais que retratam a saúde bucal da população brasileira: o Projeto SB Brasil 2003 e o Projeto SB Brasil 2010.
O levantamento epidemiológico de 2003, por exemplo, subsidiou a concepção da Política Nacional de Saúde Bucal, reforçando a incorporação das Equipes de Saúde Bucal (ESB) na Estratégia Saúde da Família e a criação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).
Da redação / Foto: divulgação