Foz com mais 1,1 mil casos confirmados e 3 óbitos por dengue no ano epidemiológico

Município está em situação de emergência e contabiliza mais de 16,8 mil notificações de casos suspeitos; Mulher de 42 anos é a terceira vítima fatal da doença

 

A Divisão de Vigilância Epidemiológica confirmou, nesta terça-feira (21), 1.103 casos de dengue em Foz do Iguaçu no ano epidemiológico de 2022/2023. No período, foram registradas 16.881 notificações de suspeitas da doença. A Secretaria de Saúde divulgou na segunda-feira (20) a terceira vítima fatal, a segunda só neste ano. O prefeito Chico Brasileiro (PSD) já decretou situação de emergência devido ao grande número de pacientes, muitos com sintomas graves nas unidades de saúde pública e privada.

A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e que se caracteriza por febre alta que se inicia de maneira abrupta, dores no corpo, dor de cabeça e surgimento de manchas vermelhas. A segunda infecção, segundo especialistas, eleva significativamente os riscos de desenvolver a doença na forma mais grave. O tratamento inclui ingestão de líquidos e analgésicos. Os casos graves exigem cuidados hospitalares.

Dos casos confirmados em Foz do Iguaçu, 1.002 são do estágio mais leve da doença (91% do total), 87 são de dengue com sinais de alarme (8%) e 14 de dengue grave (1%), com três óbitos. As mulheres são alvos principais da dengue com 618, ou 56%, dos casos confirmados no município, ante 485 (44%) de homens, segundo o boletim semanal da Vigilância Epidemiológica.

 

Idade e regiões

Os iguaçuenses com idade entre 15 e 29 anos são concentram o maior número de casos, com 328 registros e 30% do total de infectados no município.  Em seguida estão os cidadãos da faixa etária 30 a 44 anos com 267 registros e 24% do total e de 01 a 14 anos com 228 casos (21% do total). Moradores com idades de 45 a 59 anos somam 155 infectados (14%), acima de 60 anos são 115 (10%) e de zero a um ano com 10 casos (1%).

Os bairros que formam a região Sul (Porto Meira) concentram a maioria dos casos confirmados com 461, ou 42% do total de infectados em Foz do Iguaçu. Em segundo aparece o Distrito Sanitário Norte (Vila C, Cidade Nova, Porto Belo, Jardim Petrópolis, entre outros) com 231 casos (21% do total), seguido do Distrito Leste (Morumbi, Jardim São Paulo, Portal da Foz) com 160 (15%), do Distrito Oeste (Centro, Vila Portes) com 101 (9%) e Nordeste (Três Lagoas) com 7% dos casos. A cidade soma ainda 19 casos imputados de outras cidades e estados do Brasil e cinco do Paraguai.

 

Óbitos

A Vigilância Epidemiológica confirma nesta segunda-feira (20) o terceiro óbito por dengue em Foz do Iguaçu, considerando o ano epidemiológico 2022/2023, após resultados de exames que foram encaminhados ao Lacen (Laboratório Central do Estado). A vítima é uma mulher de 42 anos de idade que estava internada no Hospital Municipal Padre Germano Lauck devido ao quadro grave de dengue e evoluiu para óbito no dia 19 de fevereiro deste ano.

O primeiro óbito ocorreu em setembro de 2022, porém é contabilizado para o ano epidemiológico atual das arboviroses. O ano epidemiológico se inicia na semana epidemiológica 31 e encerra na semana 30. O segundo óbito ocorreu em fevereiro de 2023. O prefeito Chico Brasileiro decretou dia 15 de março a situação de emergência em Foz do Iguaçu, estabelecendo medidas mais rígidas para combater os vetores que causam doenças como dengue, chikungunya, vírus da zika e febre amarela urbana.

O decreto nº 31.240 considera que o município está em uma região endêmica para o vírus da dengue e que o período atual é o sazonal da doença. São quase 14 mil casos notificados e 873 confirmados no ano epidemiológico 2022/2023. Neste período já foram contabilizados três óbitos pela doença. Desde 27 de fevereiro, Foz do Iguaçu está em situação de epidemia. O Paraná, segundo memorando da Secretaria Estadual de Saúde, está em alerta da circulação do vírus da chikungunya.

 

  • Da Redação

 

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