Foz 109 anos; ânimo que tudo vai dar certo

Revirando a história, a conclusão é que não existem muitos registros fotográficos dos tempos da emancipação. Os baús foram se perdendo com o tempo e o que há, está nos arquivos públicos; nos livros municipais administrativos e legislativos. Historiadores, acadêmicos e interessados na reconstituição dos fatos trabalham duro para iluminar muitas ocasiões.

Mas o que se sabe é que segundo depoimento de famílias e pioneiros, o dia 10 de junho de 1914 foi ensolarado, frio e as pessoas caminharam até a sede da prefeitura a pé, em carroças e nos poucos automóveis, para prestigiar o ato que fora assinado em 14 de março do mesmo ano, a Lei 1383, criando o município de Vila Iguaçu. Na ocasião empossaram o primeiro prefeito, Jorge Schimmelpfeng, e a primeira legislatura de Vereadores.

Mas o status de cidade, com a denominação de Foz do Iguaçu, pela Lei Estadual n.º 1.658, foi ocorrer apenas em 03 de março de 1917, uma data que praticamente não é lembrada, nem mesmo nos bancos escolares.

O fato é que entre 1914 e 17, muitas coisas aconteceram, entre elas, a visita de Santos Dumont, que culminou décadas depois, com a federalização da área que abriga as Cataratas do Iguaçu.

Em dias como estes, de festejos e lembranças, viajamos no tempo e graças à ciência, nos certificamos que havia “iguaçuenses” 6.000 anos antes, segundo vestígios arqueológicos. Isso faz da região onde está a Foz dos nossos dias, o “berço da nação guarani”, conforme dizem os cientistas.

Entre passado e futuro, nos resta acreditar que construímos uma bela cidade e ela segue sendo exemplo em muitos aspectos, a começar pela ousada proporção em que há de mais belo moldado pela natureza e o mais tecnológico, construído pelo homem. O importante é saber, que a esta altura, uma coisa tenta equilibrar a outra e que tudo vai dar certo.

Foz é uma cidade espetacular, congraça a união de povos e etnias e assim será, com modernidade, espírito de vanguarda e a busca pelo novo.