Forças públicas e sociedade civil apresentam ações integradas para segurança na Ponte da Amizade

Fluência do trânsito, fiscalização, liberação de veículos de carga, iluminação e segurança na Ponte Internacional da Amizade foram demandas discutidas na plenária da Câmara Técnica (CT) de Segurança Pública do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu). A reunião foi realizada, na sede da ACIFI.

Participaram integrantes de forças e instituições municipais, estaduais e federais da fronteira. A pactuação visa a definir, fortalecer e ampliar ações integradas e colaborativas entre os órgãos que atuam na região da ponte do Brasil e Paraguai, buscando aumentar a segurança para os usuários da via, utilizada diariamente pela comunidade e turistas.

Um grupo de trabalho binacional concentrará as iniciativas sobre o uso da ponte, sua seguridade e conservação. Ações práticas já estão sendo trabalhadas no lado brasileiro, a partir de um colegiado técnico e operacional. Outras soluções são construídas por meio do diálogo interagências de ambos os países.

“Já estamos definindo medidas para o lado brasileiro, com as forças de segurança e de fiscalização que operam na Ponte da Amizade”, ressaltou o presidente da CT do Codefoz, Fabiano Bordignon, delegado da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. “E, na reunião, ampliamos o inventário de problemas e soluções para atuarmos em conjunto com o Paraguai”, disse.

A chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Foz do Iguaçu, Luiza Lux Lock, detalhou algumas ações que estão sendo implantadas pela corporação, tanto operacionais quanto estruturais, e de comunicação direta com a Armada do Paraguai. “Em relação à Ponte da Amizade, nossa maior preocupação é contribuir para a segurança da população”, expôs.

 

Sociedade organizada

Vereador em Ciudad del Este, Víctor Torales informou as medidas adotadas no chamado microcentro da cidade, como a criação de uma polícia turística municipal,  uso de câmeras inteligentes e identificação de guias de compras. “Estamos à disposição para colaborar”.

Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI), Danilo Vendruscolo resgatou a atuação integrada das instituições nas obras de revitalização da ponte, destacando o papel da comunidade. “Temos uma integração que poucos lugares do mundo dispõem. Cabe a nós, sociedade, discutirmos soluções para os problemas e as demandarmos ao poder público”, asseverou.

Da Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este,  Ahmad Nagib Al Ghazzaoui afirmou que os  problemas na zona primária são comuns a Brasil e Paraguai, sendo os assaltos o que mais afeta. “A comunidade tem que se envolver, com todos os setores organizados, pois não é um problema só de efetivo [policial], mas também social”, frisou.

 

Fronteira unida

Representando o Conselho de Desenvolvimento de Ciudad del Este (Codeleste), Ariel Villar expressou o seu entendimento de que segurança pública é um desafio comum aos três países. “Estamos à disposição para apoiar e empregar todos os esforços para fazer uma segurança integrada”, sublinhou.

Membro do Conselho de Desenvolvimento de Porto Franco (Codefran), Iván Benítez inseriu no debate a preocupação quanto ao futuro fluxo de visitantes na cidade, que é ligada pela Ponte da Integração. “É preciso pensar em um projeto que traga segurança jurídica para o turista, que ele sinta-se seguro ao entrar em um país que não é seu”, propôs.

Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves solicitou que os integrantes das instituições presentes na reunião compartilhem os debates e decisões com suas equipes. “A partir do que foi discutido, é possível colocar ações em prática. Estamos demonstrando que a região trinacional está compromissada em trabalhar de forma integrada na segurança”, declarou.

 

  • AI Codefoz /  foto: Assessoria

 

 

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