Estudo técnico vai guiar modernização do transporte coletivo em Foz do Iguaçu

A Prefeitura de Foz do Iguaçu deu início ao processo que irá reformular o transporte coletivo urbano da cidade, com a meta de alinhar o serviço às atuais demandas da população. A primeira etapa, em fase de diagnóstico, começou a ser apresentada nesta quarta-feira (7) durante reunião com o prefeito, general Silva e Luna, a secretária de Transporte e Mobilidade Urbana, Aline Maicrovicz, técnicos da prefeitura e representantes da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (FEPESE), contratada para executar os estudos.

A partir de junho, a cidade receberá uma série de pesquisas de campo — nos ônibus, nas ruas e nas residências — que irão mapear como os moradores se deslocam, quais são os gargalos do sistema e de que maneira o transporte pode ser reorganizado para atender melhor a população.

“Nosso objetivo é entender como as pessoas se deslocam hoje e quais são as reais necessidades da população”, afirmou a secretária Aline Maicrovicz. As ações incluem entrevistas com usuários, pesquisa de embarque e desembarque para medir a ocupação das linhas e um levantamento origem-destino, que traçará os fluxos de deslocamento na cidade.

A FEPESE, responsável pela consultoria, foi contratada em dezembro de 2024 e terá 16 meses para concluir o projeto técnico que servirá de base para a nova licitação do transporte. A proposta prevê ainda seis meses de assessoria à prefeitura durante a fase de concessão. Ao final, o município terá um novo modelo de operação com edital estruturado, previsão de investimentos e parâmetros atualizados de qualidade e cobertura.

Atualmente, o transporte coletivo atende cerca de 1,2 milhão de passageiros por mês, com operação em todas as regiões da cidade, incluindo áreas rurais como Alto da Boa Vista, Remanso Grande e Arroio Dourado. No entanto, há registros de baixa frequência e longos intervalos em determinadas regiões, sobretudo no período noturno — questões que os estudos pretendem quantificar e corrigir.

O prefeito general Silva e Luna destacou que a reformulação do sistema é uma resposta ao crescimento urbano e à complexidade da demanda atual. “Estamos dando um passo fundamental para garantir um transporte mais moderno, eficiente e acessível. A cidade cresceu, e é urgente reestruturar o sistema para atender melhor quem depende dele todos os dias”, disse.

Entre as ações previstas estão a reorganização de linhas e itinerários, revisão de horários, reestruturação da frota, implantação de novos terminais e paradas, e a adoção de tecnologias limpas e veículos mais sustentáveis.

“O transporte público é um dos principais instrumentos de inclusão. É por meio dele que as pessoas chegam ao trabalho, à escola, aos serviços e à cultura”, afirmou Aline. “Nosso planejamento considera todos os perfis de usuários, com atenção especial a quem mais precisa: pessoas com deficiência, idosos, mães com crianças pequenas e moradores de regiões com menor cobertura.”

Além da base técnica, o processo também prevê a participação da população por meio de audiências públicas. A intenção, segundo a prefeitura, é que os dados colhidos nas pesquisas sejam complementados com o olhar dos usuários do dia a dia.

“Queremos um transporte planejado com base em dados técnicos, mas também com a participação dos cidadãos, que são os maiores conhecedores da realidade do dia a dia”, concluiu a secretária.

  • Da redação com PMFi

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