Em ato de empatia e acolhimento, policial salva mulher em viaduto de Foz
Um ato de empatia e acolhimento salvou a vida de uma mulher em Foz do Iguaçu. Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) trafegava por uma rodovia, na última segunda-feira (23), quando percebeu uma jovem parada à beira de um viaduto. A viatura parou e um policial desceu para conversar com a moça. O ato simples, mas de extrema importância, impediu uma tragédia.
O agente sentou-se à beira do viaduto e, com bastante cautela, iniciou um diálogo com a jovem. Aos poucos, a vítima se abriu, contou sobre o que estava sentido naquele momento e aceitou ajuda. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi chamada e a mulher foi encaminhada ao Hospital Municipal para receber atendimento médico.
Pouco depois do resgate, a jovem fez um desabafo e um agradecimento nas redes sociais, ressaltando a importância de falar e ser ouvida, a importância da sensibilidade humana.
“Quero deixar aqui o meu agradecimento de coração ao policial (o qual não sei o nome) da PRF que na noite de segunda-feira foi enviado por Deus para socorrer a minha vida. Sai de casa depois de uma manhã e tarde inteira chorando, desejando a morte e premeditando em meu coração a tirar a minha vida… muito obrigada ao policial pela atenção que teve comigo, me orientou, aconselhou, chorou comigo. Suas palavras aqueceram meu coração, trazendo alegria e vontade de continuar a viver”, disse a jovem em um trecho de sua publicação.
A imprensa não costuma noticiar suicídios, dada uma “política” não oficial de ética com o objetivo de evitar sensacionalismo. Isso não significa, porém, que o tema não deva ser abordado. Pelo contrário, é preciso falar sobre o assunto, sempre com grande respeito. Mais do que uma questão de humanidade, esta é uma questão de saúde pública.
Uma simples conversa e o sublime ato de ouvir, de colocar a dor para fora, podem salvar uma vida. Por isso, se você precisa de ajuda, mas não tem um amigo ou um profissional de saúde em que possa confiar, saiba que não está sozinho. Voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) podem auxiliar, orientar e ajudar a diminuir a carga de qualquer que seja o problema.
Se você conhece alguém com depressão, ou desconfia que um amigo ou parente precisa de ajuda, não tenha medo de oferecer. Parafraseando o slogan de uma campanha do Sesi/RS: “Às vezes, o outro só precisa de um detalhe para que possa olhar para frente e seguir rumo a um lugar seguro”.
Conheça o CVV
Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Para conversar com um voluntário a pessoa pode entrar em contato pelo número 188 ou pelo chat, disponível no site: www.cvv.org.br. Foz conta com um posto do CVV, que começou a funcionar em outubro de 2018 e hoje possui pouco mais de 10 voluntários, que atendem das 19h às 23h. Por mês são realizados cerca de 1.500 atendimentos.
Para se tornar um voluntário o interessado deve ter 18 anos e fazer o curso gratuito e virtual, que tem a duração de aproximadamente três meses. Para saber mais a respeito, basta entrar em contato pelos e-mails: [email protected] e [email protected]
- Da redação / Foto: PRF