Criança de dois anos está entre as vítimas fatais de dengue em Foz

A epidemia de dengue causou mais duas mortes em Foz do Iguaçu. As vítimas são uma criança de 2 anos e 11 meses, que estava internada na UPA Walter Barbosa; e uma mulher de 54 anos, que estava sob cuidados no Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

Os óbitos ocorreram nos dia 26 e 30 de março respectivamente, mas só foram confirmados na manhã de sexta-feira (5) após o resultado de exames encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e investigação dos casos junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

Em situação de emergência desde março, o município tem até o momento 43.112 casos notificados de dengue, dos quais 4.402 já foram confirmados. Oito pessoas morreram vítimas da doença no ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2022. O primeiro óbito ocorreu em setembro do ano passado. Em fevereiro deste ano mais três pessoas foram vítimas. Em março foi confirmada uma morte e em abril mais uma.

A situação segue crítica em todo o Paraná. De acordo com a Sesa, o Estado soma até o momento no ano epidemiológico mais de 91.819 notificações da doença, 35.433 casos confirmados e 21 mortes. As maiores vítimas são mulheres na faixa etária dos 15 aos 29 anos.

A orientação da Secretaria Municipal da Saúde em Foz é que moradores com sintomas de dengue busquem atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Nos finais de semana e feriados os residentes nas regiões Sul, Leste e Oeste podem procurar o Poliambulatório Nossa Senhora Aparecida, no Porto Meira, onde funciona atualmente a Unidade Padre Ítalo 24hs.

Já moradores residentes nos distritos Norte e Nordeste devem buscar atendimento em finais de semana e feriados nas UPA João Samek, no Jardim das Palmeiras ou na UPA Walter Cavalcante Barbosa, no Morumbi.

 

Ações

Equipes da prefeitura de Foz, Vigilância Epidemiológica, secretarias e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) já realizaram diversas ações para tentar conter a epidemia de dengue. Entre as medidas estão à fiscalização e limpeza de terrenos, aplicação de multas, orientação de moradores, aplicação de inseticida, e distribuição de repelentes e raquetes elétricas.

Em menos de quatro meses, a Secretaria Municipal da Fazenda emitiu 700 autos de infração a proprietários e responsáveis de terrenos e imóveis sujos, com mato alto ou com materiais que possibilitam a criação do mosquito da dengue.
A multa está prevista na Lei Complementar 07 de 19 de dezembro de 1991, pelo não atendimento a notificação de acordo com o Decreto n° 31.240, publicado no dia 15 de março de 2023, que instaurou situação de emergência na cidade.

Uma série de mutirões para a remoção de entulhos e lixo também já ocorreram nas regiões mais críticas, apontadas pelo mapa de calor como os pontos com maior incidência de dengue. Em destaque está a região Leste, que engloba os bairros Morumbi e Portal da Foz.

A última força-tarefa ocorre no sábado (29), às margens do Rio Boicy, e contou com o apoio do Exército. Servidores das secretarias e autarquias municipais vestiram luvas e, com sacos de lixo, recolheram materiais descartados de forma irregular.

 

Chikungunya

Outra grande preocupação do município é o crescente número de casos de chikungunya. Na última atualização, emitida nessa sexta-feira (5), Foz possui 1.156 notificações e mais de 514 infecções confirmadas, das quais 276 correspondem a pessoas não residentes na cidade, e 238 de moradores.

 

  • Da redação / Foto: divulgação

 

 

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