Cresce o número de mortes por dengue em Foz do Iguaçu

O número de mortes por dengue continua crescendo em Foz do Iguaçu. Na manhã de sexta-feira (16) a Vigilância Epidemiológica confirmou mais quatro óbitos pela doença. Com estes últimos registros, a cidade chegou a um total de 18 vítimas fatais no ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2022.

Dentre as últimas vítimas da infecção está um idoso, de 61 anos. O homem estava internado no Hospital Costa Cavalcanti e morreu no dia 21 de março. Uma mulher, de 47 anos, entrou em óbito em domicílio no 2 de abril e um homem, de 35 anos, morreu no Hospital Unimed no dia 27 de abril. No Hospital Municipal Padre Germano Lauck foi registrado o óbito de uma jovem de 26 anos, no dia 5 de maio.

Todos os casos passaram por investigação junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e análise de resultados de exames, que foram encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen).

Mesmo com o clima mais ameno, a população não deve relaxar nos cuidados. O mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue e outras infecções, é bastante resistente. Considerando as chuvas dos últimos dias é importante realizar uma varredura no quintal de casa para se certificar que não há recipientes com água acumulada que possam servir de criadouros para larvas.

Para se ter uma ideia da situação atual, Foz contabiliza até o momento 53.303 notificações de dengue e 8.724 casos confirmados da doença. As regiões Leste e Norte, que abrangem os bairros Portal da Foz, Jardim Europa, Jardim Liberdade, Morumbi e outros, são as mais preocupantes, com grande número de infecções confirmadas.

As mulheres na faixa etária dos 15 aos 29 anos são as maiores vítimas da doença, mas a população de todas as idades, especialmente idosos, gestantes e crianças, precisa estar atenta aos cuidados.

Outra grande preocupação é o avanço da chikungunya, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes. Até ontem o município contabilizava 1.699 notificações e 716 casos confirmados, dos quais 406 correspondem a moradores e 310 são referentes a pessoas que não residem na cidade. Felizmente nenhuma morte por esta infecção foi registrada.

Além da limpeza de quintais, as pessoas podem contribuir com o combate à dengue denunciando o acumulo de lixo em terrenos baldios e outras áreas para que a prefeitura possa identificar o proprietário quanto a limpeza e, se necessário, aplicar multa.

Cenário no Paraná

Em todo o Paraná a Sesa contabiliza desde o ano epidemiológico, que começou em 31 de julho de 2022, mais de 93,9 mil casos de dengue e 68 mortes pela doença. Dos 360 municípios das 22 Regionais de Saúde com casos confirmados, 313 possuem casos autóctones (quando a doença é contraída localmente).

O panorama de chikungunyano Estado, por sua vez, revela 3.245 notificações e 630 casos confirmados da doença, sendo 510 autóctones, e três óbitos.A Secretaria da Saúde tem realizado várias ações e investimentos para o enfrentamento das doenças, além de manter acompanhamento de toda a evolução do período epidemiológico.

Atendimento médico

A orientação da Secretaria Municipal da Saúde em Foz é que moradores com sintomas de dengue busquem atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Febre alta, acima dos 39°C, dor no corpo, vômitos e manchas vermelhas na pele são sinais de alarme. É importante buscar o diagnóstico e tratamento adequado para evitar a evolução da doença.

Neste sábado (17) a população pode aproveitar para tirar dúvidas e colocar o caderno de vacinas em dia. Haverá plantão nas 29 UBSs do município com aplicação de doses contra a gripe, covid-19, febre amarela, varicela e outras. Não é necessário agendamento, basta procurar a unidade mais próxima entre as 9h e às 15h.

 

  • Da redação / Foto: divulgação

 

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