Construção de pista de pumptrack em área verde na Vila A gera protestos
A implantação de uma pista de pumptrack em área verde da Vila A, em Foz do Iguaçu, provocou reações contrárias de moradores do entorno, que levaram suas preocupações diretamente ao Diretor de Planejamento da Prefeitura, Rafael Caetano, em reunião promovida nesta semana pela Associação de Moradores da Vila A (AMVA).
O encontro reuniu lideranças da comunidade e moradores que vivem nas imediações do local destinado à nova estrutura. A pauta principal foi a insatisfação quanto à escolha da área para a construção da pista. As críticas envolvem impactos ambientais, insegurança e transtornos à qualidade de vida dos residentes.
Entre os pontos levantados está o corte de árvores na área verde, supostamente sem a devida autorização, além da degradação dos equipamentos já existentes no local — uma praça de skate, uma quadra de basquete e um campo de futsal — todos, segundo os moradores, abandonados pelo poder público.
“Queremos sossego quando chegamos dos nossos trabalhos. Já convivemos com muito barulho e insegurança. A instalação de mais uma estrutura que atrai movimento intenso e barulhento seria insustentável para quem mora ao redor”, afirmou uma moradora durante a reunião.
Segundo relatos da comunidade, o espaço tem sido usado com frequência para o consumo de drogas, além de registrar barulho elevado à noite, causado por frequentadores que, conforme os moradores, não pertencem à região. Um abaixo-assinado foi entregue às autoridades com essas e outras denúncias.
O presidente da AMVA, Edson Fernando, explicou que a entidade buscou ouvir a comunidade e esclarecer os detalhes do projeto. Ele destacou que a oposição não é ao projeto esportivo em si, mas à sua localização. “Reconhecemos o valor do pumptrack como uma ferramenta de inclusão social e de incentivo ao esporte, principalmente para os jovens. O problema não é o projeto, mas sim o local escolhido, que, por sua peculiaridade, não é o mais adequado para esse tipo de estrutura, considerando a vizinhança e o contexto do entorno”, afirmou.
O Diretor de Planejamento da Prefeitura, Rafael Caetano, afirmou que seu papel é ouvir os moradores e encaminhar as demandas à gestão municipal. “Nosso papel é dialogar e construir soluções em conjunto com a comunidade”, disse ele, esclarecendo que não possui autoridade para suspender ou transferir a obra.
Como alternativa, a AMVA propôs que a pista seja construída no complexo esportivo da Avenida Araucária, espaço já voltado à prática de esportes. A ideia é que a Prefeitura negocie o uso da área com a Itaipu Binacional, que detém a posse do terreno.
A AMVA reforçou que pretende manter o diálogo aberto, mas garantiu que os moradores estão dispostos a adotar todas as medidas legais necessárias para evitar a construção no ponto atual. A entidade reiterou seu compromisso com o desenvolvimento urbano aliado à preservação ambiental e ao bem-estar das famílias da Vila A.
- Da reação com AMVA