Clima chuvoso faz aumentar incidência de dengue; Foz do Iguaçu já tem mais de 500 casos confirmados

O clima chuvoso, apesar da temperatura amena, faz aumentar de forma considerável a incidência de dengue. Em paralelo a outras infecções, como influenza e covid-19, que também costumam registrar picos de elevação no Outono, é preciso que a população esteja atenta aos cuidados com água parada, acúmulo de lixo e outras situações que possam favorecer a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Em Foz do Iguaçu, conforme dados do último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), há mais de 1,5 mil casos suspeitos e 527 casos confirmados de dengue até o presente.

Embora o volume de ocorrências seja expressivamente menor do que o registrado em anos anteriores na fronteira há sim motivo de preocupação. Isso porque as infecções locais por dengue são bem superiores a outras cidades do Oeste com porte semelhante.

No comparativo com Cascavel, por exemplo, a diferença é gritante. No município, foram contabilizados apenas 140 casos da doença neste ano epidemiológico. A capital paranaense Curitiba, que tem 2 milhões de moradores a mais que Foz, soma até o presente 816 casos.

Além das atenções básicas, já bem conhecidas pelos iguaçuenses, a população pode reforçar a prevenção com o uso de repelentes e garantir a imunização de crianças. A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de forma gratuita, para menores na faixa dos 10 aos 14 anos.

Até o momento apenas 58% do público alvo recebeu a primeira dose da vacina contra dengue, um fato preocupante frente ao aumento de casos também de influenza, covid-19 e vírus sincicial respiratório (VSR). É importante lembrar que uma pessoa pode ser contaminada por duas ou mais infecções ao mesmo tempo, elevando as chances do desenvolvimento de quadros graves.

Em todo Paraná foram registrados até o presente mais 5.767 casos de dengue e dois óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 147.531 notificações, 42.802 diagnósticos confirmados e 33 óbitos em decorrência da dengue no Estado.

Ao todo, 395 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 352 possuem casos confirmados. Os dois novos óbitos são de Apucarana (uma mulher de 65 anos sem comorbidades) e de Toledo (um homem de 75 anos com comorbidades). As mortes ocorreram em março e abril, respectivamente.

As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (9.974); 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (9.127); 15ª RS Maringá (5.188); 12ª RS de Umuarama (2.997) e 19ª RS Jacarezinho (2.773).

Foram confirmados ainda 2.139 casos de Chikungunya, com um total de 5.229 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 43 notificações sem nenhum caso foi confirmado.

 

Imunização contra a gripe

Diante do aumento considerável das amostras positivas para alguns vírus respiratórios, a Sesa orienta a população a redobrar os cuidados com a higienização das mãos, ventilação dos ambientes e imunização adequada.

Também nas UBSs está disponível a vacina contra a gripe para crianças a partir de seis meses até menores de 6 anos, idosos com 60 anos ou mais, gestantes, trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, pessoas em situação de rua e outros grupos.

Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), desde o início da campanha de vacinação contra a gripe no Estado, em 1° de abril, até essa terça-feira (22) foram aplicadas 322.008 doses do imunizante.

  • Da redação
  • Foto: divulgação

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