Censo deve ser concluído em novembro em Foz do Iguaçu

Apesar do atraso na coleta de dados do Censo em boa parte do país e da falta de recenseadores, Foz do Iguaçu não foi seriamente afetada. De acordo com o escritório regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o levantamento na fronteira deve ser concluído no final de novembro e os dados preliminares serão divulgados em dezembro com a finalização da supervisão do trabalho.

A previsão inicial era de que a pesquisa terminasse em outubro, porém alguns impasses levaram a uma pequena extensão do prazo em Foz. Mesmo assim, o cenário na Terra das Cataratas é melhor do que em outras regiões do Brasil, onde o levantamento deve terminar no último mês do ano.

“O principal motivo da necessidade de um prazo estendido por aqui se deve não tanto pela falta de recenseadores, que tem cerca de 80% da equipe prevista em atividade, mas um alto índice de rotatividade dos mesmos, que acaba tomando tempo que deveria ser de coleta para os treinamentos dos novos contratados”, explicou o coordenador o IBGE em Foz, Alex Castagnaro.

Outro ponto de tornou a operação um pouco mais demorada foi o mal tempo, com quase três semanas de chuvas intensas. Este fato dificultou a presença dos recenseadores em campo.

Mesmo com os impasses, aproximadamente 55% da população estimada para Foz, que é de cerca de 257.971, já foi contada em 65% do prazo original para a coleta de dados. Pouco mais de 45 mil domicílios foram visitados desde o início do Censo em 1° de agosto.

Até o momento foram treinados 190 recenseadores, das 235 vagas ofertadas no município. Há saber, Foz é composta por 523 setores censitários. Cada setor engloba aproximadamente 300 domicílios. Deste total, cerca de 29,4% dos locais já receberam visita dos recenseadores.

Dificuldades

De acordo com o IBGE os recenseadores têm enfrentado diversas dificuldades para colher os dados do Censo, em boa parte por conta da resistência dos moradores em responder o questionário. Frente a isso o órgão lembra que os dados repassados são sigilosos e o procedimento é totalmente seguro.

Outro problema em Foz tem sido a dificuldade de acesso a condomínios e prédios. “O que nós pedimos nesse momento é que os moradores desses locais conversem com os síndicos e administradores para que Censo tenha acesso, para que o recenseador possa realizar o trabalho, mesmo que com um horário programado”, orientou Castagnaro.

A colaboração para o levantamento dos dados é obrigatória, tendo como base a Lei nº 5.534 de 14 de novembro de 1968 e com o Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973. A legislação determina ainda a multa de até dez vezes o maior salário-mínimo vigente no país, se o infrator for primário; e de até o dobro desse limite, quando reincidente.

Entretanto, o pagamento da multa por não atender o recenseador não exonera o infrator da obrigação de prestar as informações dentro do prazo fixado no auto de infração que for lavrado, mas o pagamento poderá ser dispensado se as informações forem prestadas pelo infrator primário.

Questionário remoto

No Censo 2022, além da coleta presencial, é possível responder ao Censo também pelo telefone ou optar pelo autopreenchimento via internet. Em qualquer situação, entretanto, será preciso que o recenseador visite o domicílio, para captar a coordenada e fazer o contato com o morador.

A entrevista por telefone também será utilizada para aqueles que optarem pelo autopreenchimento pela internet, mas não concluírem o questionário. Para isso, o IBGE terá uma central telefônica exclusiva, o Centro de Apoio ao Censo (CAC), disponível via 0800 721 8181.

A mesma lei que obriga a colaboração com o questionário também assegura o sigilo das informações prestadas. Elas serão usadas exclusivamente para fins estatísticos. Não podem ser usadas como prova em processo administrativo, fiscal e judicial, ou para qualquer outra finalidade.

Foto: divulgação / Da Redação

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